DESEMPENHO NA MARCHA DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Publicado em 02/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-013-2

Título do Trabalho
DESEMPENHO NA MARCHA DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Autores
  • Paloma Nepomuceno Araujo
  • Paulo Fernando Lobo Correa
  • Jakeline Ferreira de Araújo Lôbo
Modalidade
Apresentação Oral
Área temática
Trabalho Científico | Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
02/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/282290-desempenho-na-marcha-de-pacientes-com-esclerose-lateral-amiotrofica
ISBN
978-65-5941-013-2
Palavras-Chave
Esclerose Amiotrófica Lateral, Marcha, Análise da Marcha.
Resumo
INTRODUÇÃO A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva idiopática e fatal, que leva a destruição dos neurônios motores superiores e inferiores (1). Lesão que compromete as funções corporais e inviabiliza, principalmente, o controle muscular como da fala e da marcha. Pode comprometer as funções cognitivas e geralmente leva a morte por insuficiência respiratória em cerca de três anos (2). Diante disso o objetivo desse estudo foi analisar os distúrbios temporais e espaciais da marcha em pacientes com ELA. MÉTODOS Trata-se de um estudo transversal, descritivo e laboratorial, realizado no Serviço de Análise do Movimento do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), entre 2015 e 2018. Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Goiás (CAAE 41497515.5.0000.5083). Foram analisados os seguintes parâmetros temporais e espaciais da marcha de pacientes com ELA: cadência, velocidade, comprimento da passada, comprimento do passo, largura do passo, tempo de suporte simples, tempo de suporte duplo e proporção de apoio. Participaram do estudo pacientes adultos com diagnóstico confirmado de ELA, segundo critérios de El Escorial World Federation of Neurology (3), de ambos os sexos, residentes no estado de Goiás e que foram capazes de realizar marcha de forma independente, com ajuda de dispositivos auxiliares ou auxílio de terceiros. Para coleta e análise dos dados foi utilizado o sistema VICON® com 10 câmeras de infravermelho e 2 câmeras de vídeo.Os pacientes foram preparados e orientados a caminhar ao longo de 10 metros,em um ambiente climatizado,com velocidade auto selecionada e confortável.Para cada paciente foram realizadas cinco capturas da marcha e foi utilizada a média das cinco coletas para análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO A epidemiologia resultante da pesquisa condiz com a literatura (4). Os pacientes apresentaram em sua maior parte hipotonia muscular nos quatro membros. Os parâmetros temporais e espaciais mostraram-se bastante alterados, principalmente o tempo de suporte duplo aumentando em 295,8% para o sexo feminino. Foi observado redução de 57% na velocidade para o sexo feminino e cerca de 25% na cadência. O comprimento do passo e da passada apresentou-se reduzido em média 30,5cm e 60,5cm, respectivamente. A largura do passo mostrou pouca variação, em que a média para o sexo feminino foi equivalente à dos sujeitos saudáveis. Os resultados desses parâmetros foram correlacionados à fraqueza muscular decorrente das alterações de tônus e da própria alteração dos parâmetros, à instabilidade corporal devido a dificuldade do deslocamento centro de massa corporal e possível risco de quedas pela presença de redução na velocidade da marcha. O sexo feminino apresentou alterações mais significativas que o sexo masculino, em especial ao tempo de suporte duplo. CONCLUSÃO Foram observadas alterações nos parâmetros temporais e espaciais da marcha possivelmente provocadas por fraqueza muscular e distúrbios do tônus, sua consequente busca de equilíbrio e estabilidade corporal, o que resulta em risco de quedas. É importante que esses indivíduos sejam submetidos à terapia motora funcional com estratégias voltadas à melhora do equilíbrio e coordenação, fortalecimento muscular e ganho de estabilidade articular com o intuito de aumentar mobilidade e proporcionar o maior grau de independência funcional possível. Por isso, estas informações podem nortear profissionais que atuam nessa área, é um grande passo para o desenvolvimento de posteriores pesquisas que culminarão na melhora da qualidade de vida de pacientes diagnosticados com a doença. REFERÊNCIAS 1. Kiernan MC, Vucic S, Cheah BC, et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet. 2011; 377(9769):942-955. 2. Sánchez-López CR, Perestelo-Pérez L, Ramos-Pérez C, López-Bastida J, Serrano-Aguilar P. Calidad de vida relacionada con la salud en pacientes con esclerosis lateral amiotrófica [Health-related quality of life in patients with amyotrophic lateral sclerosis]. Neurologia. 2014;29(1):27-35. 3. Traynor BJ, Codd MB, Corr B, Forde C, Frost E, Hardiman O. Amyotrophic Lateral Sclerosis Mimic Syndromes. Arch Neurol. 2000;57:109–13. 4. Talbott EO, Malek AM, Lacomis D. The epidemiology of amyotrophic lateral sclerosis. Handb Clin Neurol. 2016;138:225-238.
Título do Evento
Jornada Científica Integrativa da Agir
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ARAUJO, Paloma Nepomuceno; CORREA, Paulo Fernando Lobo; LÔBO, Jakeline Ferreira de Araújo. DESEMPENHO NA MARCHA DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA.. In: Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/282290-DESEMPENHO-NA-MARCHA-DE-PACIENTES-COM-ESCLEROSE-LATERAL-AMIOTROFICA. Acesso em: 13/09/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes