HEMANGIOMA CAVERNOSO EM PROCESSO NASAL DA MAXILA – RELATO DE CASO

Publicado em 02/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-013-2

Título do Trabalho
HEMANGIOMA CAVERNOSO EM PROCESSO NASAL DA MAXILA – RELATO DE CASO
Autores
  • Marina Nahas Dafico Bernardes
  • André Valadares Siqueira
  • Natália Carasek Matos Cascudo
  • LAURICE BARBOSA FREITAS
  • Jhessica Lima Garcia
  • Pauliana Lamounier e Silva Duarte
Modalidade
E-pôster
Área temática
Trabalho Científico | Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
02/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/280246-hemangioma-cavernoso-em-processo-nasal-da-maxila--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-013-2
Palavras-Chave
“Hemangioma”, “Deformidades Adquiridas Nasais”, “Malformações Arteriovenosas”, “Neoplasias Nasais”.
Resumo
1. Introdução: Hemangiomas são tumores benignos originados do tecido vascular da pele, mucosa, músculo, glândula salivar e ossos, classificados histologicamente em ósseos e não-ósseos. Os hemangiomas ósseos são mais comuns no crânio e nas vértebras. Apresentam crescimento lento, podendo causar deformidades ao paciente.1 Diagnosticados na maioria dos casos ao nascimento, grande parte involui espontaneamente até a vida adulta. Raramente são encontrados na cavidade nasal ou nos seios paranasais e apresenta três subtipos principais: capilar, cavernoso e misto.2 O primeiro caso descrito na literatura de hemangioma de ossos nasais data de 1954, cujo tratamento realizado foi a ressecção tumoral com reconstrução utilizando enxerto ósseo. Há ainda pouca informação na literatura acerca deste tumor, cuja etiologia permanece desconhecida. Em geral, os exames de imagem pré-operatórios são indicados para melhor avaliação da lesão, podendo ser visualizado o grau de acometimento dos ossos nasais e da maxila.3 Este estudo tem por objetivo relatar um caso raro, de acometimento do processo nasal da maxila, por um hemangioma cavernoso, em paciente do sexo feminino, de 51 anos. 2. Relato de Caso: Mulher, 51 anos, sem comorbidades prévias, história de traumas ou de cirurgias otorrinolaringológicas. Compareceu ao ambulatório de Otorrinolaringologia, de um Hospital de Referência, com queixa de abaulamento em dorso nasal à direita há 4 anos, de crescimento lento, acompanhado de dor local discreta e cefaleia há 1 ano, sem queixas de epistaxe. Apresentava, ao exame físico, lesão arredondada aderida a planos profundos, localizada em região de dorso nasal à direita, sem sinais flogísticos associados ou infiltração cutânea, com diâmetro aproximado de 1 cm (Figura 1). A Tomografia Computadorizada (TC) de seios da face demonstrou lesão de aspecto insuflante em processo nasal da maxila à direita, medindo 0,9 x 0,7 x 0,6 cm, associada à destruição óssea. Realizou videonasofibroscopia, que não identificou alterações em mucosa nasal na topografia da lesão. Na Ressonância Magnética (RM) de face foi visualizada nodulação bem delimitada, com 0,8 cm de diâmetro, de aspecto sólido, com margens regulares e hipersinal em T2, centrada em asa nasal à direita, determinando insuflação/remodelamento da cortical óssea local, com impregnação positiva pelo contraste (Figuras 2A, 2B e 2C). Foi submetida à excisão endonasal total da lesão. Enviada peça cirúrgica para o anatomopatológico, que demonstrou lesão angiomatosa benigna (Figura 3) e imunohistoquímica revelou lesão vascular malformativa, com padrão de hemangioma cavernoso. 3. Discussão: Ainda que os hemangiomas sejam comuns na região de cabeça e pescoço, são raros em cavidade nasal e seios paranasais.4 O hemangioma cavernoso é em geral encontrado no septo ósseo ou na parede nasal.1 Pode se manifestar durante a vida adulta e não involui espontaneamente.2 Este tumor é mais prevalente no sexo feminino geralmente na quarta década de vida1. Embora desconhecida sua etiologia, pode haver histórico de trauma local.4 A queixa principal dos pacientes é o crescimento de uma massa em região nasal, geralmente indolor ou associada à desconforto nasal leve e cefaleia. Epistaxe e obstrução nasal são raros.1 Na investigação através de exames de imagem, a TC de seios da face vai demonstrar lesões bem delimitadas, com densidade de tecido mole, que impõem um remodelamento à cortical óssea e realçam após contraste e a RM lesões isointensas ou hipointensas em T1 e hiperintensas em T2, com intensificação pós contraste. Outras opções que permitem o diagnóstico e o tratamento são a angiografia e a embolização transarterial.2 Os diagnósticos diferenciais mais importantes são metástases ósseas, osteossarcoma e displasia fibrosa.3 Como opções terapêuticas temos a excisão ampla do tumor, juntamente com o tecido mole ou mucosa subjacente e cauterização ou ligação dos vasos nutrizes. Sendo necessária a embolização preoperatória nos casos de lesões extensas e com maior risco de sangramento.2 4. Conclusão: Tumores vasculares, como o hemangioma cavernoso, devem ser lembrados na investigação diagnóstica de lesões tumorais da cavidade nasal. O caso clínico exposto reforça os dados encontrados na literatura e contribui para a disseminação do conhecimento científico acerca deste tumor ósseo de localização rara. Os exames de imagem contribuem fortemente para a elaboração da hipótese diagnóstica e para o planejamento cirúrgico, porém, apenas o anatomopatológico fornece o diagnóstico definitivo. O tratamento preconizado é cirúrgico, e, de preferência, conservador.
Título do Evento
Jornada Científica Integrativa da Agir
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BERNARDES, Marina Nahas Dafico et al.. HEMANGIOMA CAVERNOSO EM PROCESSO NASAL DA MAXILA – RELATO DE CASO.. In: Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/280246-HEMANGIOMA-CAVERNOSO-EM-PROCESSO-NASAL-DA-MAXILA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 01/05/2025

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