FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Publicado em 02/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-013-2

Título do Trabalho
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Autores
  • Letícia Cristina Lima Carvalho
  • Iriana Moraes Eduardo
  • Paulo Fernando Lobo Correa
Modalidade
E-pôster
Área temática
Trabalho Científico | Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
02/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/279907-funcao-respiratoria-em-pacientes-com-esclerose-lateral-amiotrofica
ISBN
978-65-5941-013-2
Palavras-Chave
Esclerose Amiotrófica Lateral, Atividades cotidianas, Doenças neuromusculares.
Resumo
INTRODUÇÃO A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta os motoneurônios superiores e inferiores, o que resulta na perda progressiva da funcionalidade e distúrbios respiratórios graves que podem levar a óbito1. Apesar das características destes distúrbios terem sido investigados, ainda carece de informações sobre a relação da funcionalidade com os aspectos respiratórios.2 Por isso, este estudo visou relacionar as alterações respiratórias com a funcionalidade global em pacientes com ELA. MÉTODOS O estudo é quantitativo com delineamento transversal, analítico e retrospectivo realizado no Centro de Reabilitação Dr.º Henrique Santillo (CRER) entre 2015 e 2018. Esse trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Goiás (CAAE 41497515.5.0000.5083). A amostra foi composta por indivíduos com diagnóstico definido de ELA, que possuíam marcha, de ambos os sexos, idade acima de 18 anos e que fossem pacientes do CRER. Para a avaliação da funcionalidade global foi utilizada a Amyotrophic Lateral Sclerosis Functional Rating Scale-Revised in Portuguese language (ALSFRS-R/BR)3, escala composta por 12 itens, na qual cada item recebe uma pontuação de 0 a 4. Desse modo, o escore total dessa escala varia de 0 a 48. Quanto maior a pontuação melhor é o nível de funcionalidade. Dentro da ALSFRS-R/BR podemos avaliar também, de forma subjetiva, a função respiratória por meio de 3 itens: dispneia, ortopneia e insuficiência respiratória; sendo que a pontuação 4 indica nenhuma alteração e 0, dificuldade máxima. RESULTADOS E DISCUSSÃO Participaram do estudo 59 adultos (37 homens e 22 mulheres) com diagnóstico definido de ELA. A amostra foi composta por indivíduos de ambos os sexos, sendo a maioria do sexo masculino, 37 (62,71%) e 22 do sexo feminino (37,28%). A idade média dos participantes foi de 57,91 anos (±11,21) o que está de acordo com os resultados encontrados no estudo de Silva et al. 2018,4 e o tempo médio de diagnóstico foi de 13,9 meses (±17,2). A média do tempo do 1º sintoma foi de 24,2 meses (±18,6). Do total dos participantes, a maioria, 40,67% apresentou dispneia com pontuação 4 segundo a escala ALSFRS-R/BR, isto é, houve prevalência de nenhuma dificuldade respiratória presente. A maioria apresentou pontuação 3 no item de ortopneia (n=50), 50,84%, ou seja, apresentou alguma dificuldade para dormir e/ou relatou falta de ar. A maioria (n=41), 69,49% apresentou pontuação 4 no item de insuficiência respiratória, isto é, não foi relato insuficiência respiratória grave a ponto de necessitar de ventilação mecânica. Até 50% da pontuação na ALSFRS-R/BR para dispneia, ortopneia e insuficiência respiratória, houve apenas 10 indivíduos que se enquadravam nessa categoria. Em relação a funcionalidade global, de acordo com o escore total, os indivíduos foram organizados em 3 grupos: os que possuíam pontuação de 13 a 24, 15 indivíduos (<50%), os que possuíam pontuação total de 26 a 36, 34 indivíduos (50 a 75%), e por último, os que tinham pontuação entre 37 e 45 (>75%) totalizando 10 participantes. CONCLUSÃO Este estudo mostrou que há predominância da ELA no sexo masculino e na idade de 57,91 anos. Sobre as queixas respiratórias, houve predominância de dispneia, seguida de ortopneia. A insuficiência respiratória foi pouco relatada, sendo que a maioria dos indivíduos não relatou necessidade de suporte ventilatório no momento da avaliação. REFERÊNCIAS 1. CIRNE, G. N. M.; BEZERRA, L. A. P.; CACHO, R. O.; FERREIRA, T. B.; CAVALCANTI F. A. B. Perfil funcional de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica ao longo de 14 meses de tratamento fisioterapêutico. Cad. Bras. Terapia Ocupacional, v. 24, n. 3, p. 557-562, 2016. 2. ORSINI, M., JUNIOR, M. F. C.; FREITAS, M. R. G.et al., Esclerose Lateral Amiotrófica: novas possibilidades fisioterapêuticas em um arcabouço fisiopatológico ainda em construção. Rev. Bras. Neurologia, v. 53, n.4, p. 27-37, 2017. 3. GUEDES K, PEREIRA C, PAVAN K, CATALDO B, VALÉRIO O. Cross-cultural adaptation and validation of ALS Functional Rating Scale-Revised in Portuguese language. Arquivos de Neuropsiquiatria, v. 68, n. 1, p.44–7, 2010. 4. SILVA, L. P.; GUSMÃO, C. A.; PITHON, K. R.; GOMES, T. B. P.; PINTO JUNIOR, E. P. Esclerose Lateral amiotrófica: descrição de aspectos clínicos e funcionais de uma série de casos comuns numa região de saúde do nordeste do Brasil. J. Health & Biol. Sciences, v. 6, n. 3, p. 293-298, 2018.
Título do Evento
Jornada Científica Integrativa da Agir
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARVALHO, Letícia Cristina Lima; EDUARDO, Iriana Moraes; CORREA, Paulo Fernando Lobo. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA.. In: Anais da Jornada Científica Integrativa da Agir. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/excelenciaemsaude/279907-FUNCAO-RESPIRATORIA-EM-PACIENTES-COM-ESCLEROSE-LATERAL-AMIOTROFICA. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes