AVALIAÇÃO DA SECA NO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE, NA FAIXA LESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Fernanda dos Santos; Sheila do Socorro Souza Mattar; Marcos Veiga Pereira; Mário Quadro; Adriano Vitor

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Trabalho

Título do Trabalho

AVALIAÇÃO DA SECA NO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE, NA FAIXA LESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Autores

Fernanda dos Santos
Sheila do Socorro Souza Mattar
Marcos Veiga Pereira
Mário Quadro
Adriano Vitor

Modalidade

Resumo

Área temática

Eventos Extremos, Variabilidade e Mudanças do clima

Data de Publicação

23/01/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/esbmet2023/618028-avaliacao-da-seca-no-parque-nacional-da-lagoa-do-peixe-na-faixa-leste-do-rio-grande-do-sul

ISBN

978-65-272-0222-6

Palavras-Chave

Lagoa do Peixe; Estiagem; Desertificação

Resumo

O Parque Nacional Lagoa do Peixe está localizado no litoral médio do estado do Rio Grande do Sul, abrangendo os municípios de Tavares (80%), Mostardas (17%) e São José do Norte (3%), totalizando uma área de 34,400 ha e perímetro de 138,84 km. A unidade, criada na década de 80 é formada por uma sucessão de pequenas lagoas interligadas que servem de abrigo para grandes concentrações de aves migratórias, berçário natural para espécies marinhas, como, camarão rosa, tainha e linguado. O ecossistema é ameaçado por conflitos fundiários como desapropriações para a cultura do arroz. A pesca artesanal é predominante na região, ao todo 201 pescadores são cadastrados para atuarem dentro do parque. Elementos recorrentes, como a falta de chuvas, associado a ventos fortes e altas temperaturas têm sido determinantes para alterar a paisagem da lagoa comprometendo não só a manutenção da biodiversidade, mas sobretudo a renda e subsistência, gerando um prejuízo de 5 milhões, dos pescadores artesanais. A paisagem já alterada pela estiagem assemelha-se a uma imagem de deserto, cerca de 50% da lagoa secou passando a expor peixes e milhares de camarões mortos, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Nesse sentido, baseado no agravamento de secas recorrentes na região que abriga berço de aves migratórias, produção de arroz e pesca artesanal, torna-se necessário uma análise das séries climáticas temporais registradas na região. Com isso, este trabalho tem por objetivo compreender a variabilidade temporal da atuação deste fenômeno meteorológico e seus efeitos sobre o ambiente e economia local. A metodologia do estudo é destacada nos seguintes tópicos: 1) Análise das séries climáticas temporais de 30 anos (entre 1992 à 2022) por meio da aplicação de filtros de médias móveis sobre os extremos destas séries e o uso do teste de hipótese de mann kendall; 2) Elaboração de métrica para análise da intensidade e distribuição espacial da precipitação na região de interesse; 3) Análise observacional de imagens com sensoriamento remoto via satélite. Pretende-se com essa pesquisa compreender se os fatores climáticos são os agentes causadores do processo de desertificação da região. Resultados preliminares mostram que a precipitação tem diminuído na região, amplificando o processo de seca e desertificação da Lagoa do Peixe, que tem afetado principalmente a economia local.

Título do Evento: IX Encontro Sul Brasileiro de Meteorologia
Cidade do Evento: Santa Maria
Título dos Anais do Evento: Anais do IX Encontro Sul Brasileiro de Meteorologia
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SANTOS, Fernanda dos et al.. AVALIAÇÃO DA SECA NO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE, NA FAIXA LESTE DO RIO GRANDE DO SUL.. In: Anais do IX Encontro Sul Brasileiro de Meteorologia. Anais...Santa Maria(RS) UFSM, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/esbmet2023/618028-AVALIACAO-DA-SECA-NO-PARQUE-NACIONAL-DA-LAGOA-DO-PEIXE-NA-FAIXA-LESTE-DO-RIO-GRANDE-DO-SUL. Acesso em: 21/07/2025