PALAVRAS QUE CURAM: BENZEDEIRAS COMO COMUNICADORAS POPULARES NA LUTA PELA RESISTÊNCIA DA ANCESTRALIDADE NA AMAZÔNIA PARAENSE.

Publicado em 02/05/2024 - ISBN: 978-65-272-0414-5

Título do Trabalho
PALAVRAS QUE CURAM: BENZEDEIRAS COMO COMUNICADORAS POPULARES NA LUTA PELA RESISTÊNCIA DA ANCESTRALIDADE NA AMAZÔNIA PARAENSE.
Autores
  • Marcos Wesley Castro Pedroso
  • Otacílio Amaral Filho
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 5 - Comunicação, política, colonialidades e insurgências
Data de Publicação
02/05/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epca2023/762949-palavras-que-curam--benzedeiras-como-comunicadoras-populares-na-luta-pela-resistencia-da-ancestralidade-na-amazon
ISBN
978-65-272-0414-5
Palavras-Chave
Comunicação popular; Cultura; Benzedeiras; Ancestralidade; Amazônia paraense.
Resumo
As benzedeiras são consideradas comunicadoras populares, pois estabelecem diálogos com a comunidade e lutam pela preservação da cultura amazônica e da floresta ao transmitir seus conhecimentos.Sua prática visa manter viva a tradição, representando uma forma de resistência cultural e de comunicação popular. Fanon (2008) conceituou essa resistência como uma "zona de não-ser", que se rompe diante das forças coloniais, resultando na luta pela preservação dos saberes ancestrais.Peruzzo (2006) define a comunicação popular como uma expressão dos excluídos que busca atingir interesses e participação política. Wanderley (1979) a caracteriza como resistência contra-colonial, onde a classe oprimida confronta a classe dominante. O benzimento, uma prática comum na Amazônia desde o período colonial, envolve principalmente mulheres que utilizam folhas, ervas, orações e gestos para curar pessoas, sendo uma alternativa de medicina em áreas rurais e comunidades carentes (Silva et al., 2021). Essas benzedeiras são encontradas em diversas comunidades, incluindo aldeias indígenas, quilombos e contextos urbanos. A pesquisa visa entender como esses saberes ancestrais resistiram às forças coloniais, especialmente na região do Baixo Amazonas, no estado do Pará. A metodologia utilizada inclui pesquisa descritiva apoiada em contribuições de autores como Vergara (2009) e pesquisa qualitativa para compreender a lógica desses fenômenos (Minayo, 2002). Além disso, a pesquisa inclui a observação participante e entrevistas narrativas com três benzedeiras do Pará para coletar dados. A comunicação das benzedeiras vai além do tradicional modelo emissor-código-canal-receptor, pois é uma prática que envolve oralidade, preces, gestos e orações (Silva et al., 2020). É um ato de resistência que ajuda a preservar memórias, corpos e terras (Castro e Guerreiro Neto, 2021). A comunicação das benzedeiras desempenha um papel crucial na luta pela preservação dos saberes ancestrais e é uma forma de blindagem anticolonial, contribuindo para a resistência cultural e a comunicação popular na região amazônica. Esse estudo busca compreender como essas comunicadoras populares desempenham um papel fundamental na preservação da cultura e na resistência contra as forças coloniais na Amazônia. Referências AMARAL FILHO, Otacílio. Os artifícios da cultura e da resistência pelo pensamento criativo. In MARTINS, Zilda & GABBAY, Marcelo. Muniz Sodré, uma escola disruptiva. Rio de Janeiro: Mauad, 2022, p. 175-214. BORGES, Moema da Silva; SHIMIZU, Helena Eri; PINHO, Diana Lúcia Moura. Representações Sociais de Parteiras e Benzedeiras sobre o Cuidado. Cienc Cuid Saude , [s. l.], ano 2009, v. 8, ed. 2, p. 257 - 263. BORGES, Moema da Silva; SHIMIZU, Helena Eri; PINHO, Diana Lúcia Moura.ano 2009, v. 8, ed. 2, p. 257 - 263. CASTRO, Edna: LAGE, Leandro R. Imagens da resistência: dimensões estéticas e políticas. Salvador: EDUFBA, 2021, p. 125-157. CASTRO, Paulo César (org.). A circulação discursiva – entre produção e reconhecimento, Maceió, EDUFAL – Editora da Universidade Federal de Alagoas, 2018. DELIBERADOR, Luzia M. Y.; . MARTÍN-BARBERO, J. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da comunicação na cultura. São Paulo: Ed. Loyola, 2004. MINAYO, M. C. Pesquisa social: teoria, método e criatividade.Petrópolis: Vozes, 2002, 80p. PERUZZO, C. M. K. P. Revisitando os Conceitos de Comunicação Popular, Alternativa e Comunitária. PERUZZO,C.M.K. Ideias de Paulo Freire aplicadas à Comunicação popular e comunitária. Revista FAMECOS, v.24, n.1, p. 24207, 2 jan. 2017. VIEIRA, N. C.; OLIVEIRA, M.V. As práticas de cura das benzedeiras da Amazônia paraense: saberes, identidades e lugares de gêneros. Revista Ártemis, v.29, n.1, p. 243–259, 17 jul.2020. VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009, 102p. WANDERLEY, Luiz E. Apontamentos sobre educação popular. In:VALLE, J. Edênio; QUEIROZ, J.J. (Orgs.) A cultura do povo. São Paulo: Cortez, 1979. p.58-79
Título do Evento
VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PEDROSO, Marcos Wesley Castro; FILHO, Otacílio Amaral. PALAVRAS QUE CURAM: BENZEDEIRAS COMO COMUNICADORAS POPULARES NA LUTA PELA RESISTÊNCIA DA ANCESTRALIDADE NA AMAZÔNIA PARAENSE... In: Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia. Anais...Belém(PA) PPGCOM UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epca2023/762949-PALAVRAS-QUE-CURAM--BENZEDEIRAS-COMO-COMUNICADORAS-POPULARES-NA-LUTA-PELA-RESISTENCIA-DA-ANCESTRALIDADE-NA-AMAZON. Acesso em: 26/05/2025

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