COMUNICAÇÃO, CIDADANIA E PROCESSOS DE RESISTÊNCIAS EM COMUNIDADES IMPACTADAS PELA MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA PARAENSE E MARANHENSE

Publicado em 02/05/2024 - ISBN: 978-65-272-0414-5

Título do Trabalho
COMUNICAÇÃO, CIDADANIA E PROCESSOS DE RESISTÊNCIAS EM COMUNIDADES IMPACTADAS PELA MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA PARAENSE E MARANHENSE
Autores
  • Larissa Santos
  • Célia Regina Trindade Chagas Amorim
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 6 - Comunicação, etnicidades e cidadania
Data de Publicação
02/05/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epca2023/762513-comunicacao-cidadania-e-processos-de-resistencias-em-comunidades-impactadas-pela-mineracao-na-amazonia-paraense-
ISBN
978-65-272-0414-5
Palavras-Chave
Comunicação, Cidadania, Resistências, Mineração, Amazônia.
Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de contribuir com as discussões teóricas acerca da cidadania e da comunicação como processos importantes de resistências de comunidades afetadas por projetos de mineração na Amazônia paraense e maranhense. A escolha por esses dois estados se justifica pelo elevado grau de impacto nas populações mais pobres e vulneráveis afetadas pela cadeia produtiva de mineração de ferro da empresa Vale S.A. Para tanto será realizado um estudo bibliográfico sobre comunicação, cidadania e os impactos perversos da mineração de ferro na Amazônia, em populações indígenas, quilombolas, camponesas, etc. A finalidade é compreender como as pesquisas sobre comunicação e cidadania em contextos de resistências aos impactos da mineração vêm abordando o tema; e relacionar tais estudos com as realidades das comunidades amazônicas que sofrem os impactos da mineração em seus modos de vidas. Com isso, apostamos que os sujeitos e sujeitas que enfrentam os impactos da mineração são construtores da cidadania, por meio de práticas comunicativas, da busca pelo direito à comunicação e à palavra. Segundo Gohn (2015, p.17), “ter autonomia é priorizar a cidadania: construindo-a onde não existe, resgatando-a onde foi corrompida”. Partimos da ideia de que as pessoas que vivem em áreas de grandes projetos de mineração constroem leituras de mundo e análises críticas das realidades a partir de suas experiências atuais, de suas construções históricas, culturais, econômicas e políticas. A partilha dessas experiências, através de práticas comunicacionais podem gerar processos de autonomia e ampliação da cidadania (Santos, 2018). Cabe destacar que as comunidades impactadas pela mineração estão inseridas em contextos onde as lutas pelo direito a comunicação e o direito à palavra (Amorim, 2021) são negados em detrimento de estruturas de poderes empresariais e estatais. Por outro lado, muitas pessoas territorialmente conectadas com o chão que pisam, estão produzindo novos saberes ainda pouco disseminados, mas que podem anunciar e ampliar processos de cidadania e de transformação social. Nos estudos sobre os impactos da mineração de ferro da Amazônia paraense e maranhense existem muitas pesquisas importantes que contribuem para o avanço de conhecimentos críticos aos projetos de desenvolvimento instalados nos estados do Pará e Maranhão, muitos deles dialogam com as experiências comunitárias e de resistência que vem dos territórios impactados. É o caso dos estudos do Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), vinculado ao Departamento de Sociologia e Antropologia (DESOC) e ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). “A proposta central do Grupo é aprofundar o debate sobre modernidade e desenvolvimento, com enfoque principal nos seus impactos sociais, culturais e ambientais, principalmente, na Amazônia brasileira e no Estado do Maranhão” (Gedmma, 2020, online). Já no estado do Pará, podemos destacar o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), da Universidade Federal do Pará (UFPA). O tema mineração se tornou muito pesquisado entre os membros e membras desse dois Grupos, o que os colocam como fontes de pesquisa para este trabalho. No âmbito da comunicação, nossas investigações preliminares apontam para poucas relações entre as realidades das comunidades impactadas pela mineração e processos comunicacionais. Deve-se entender a comunicação aqui como processo de interação social, onde valoriza-se o “sujeito interacional”, suas representações sociais, subjetividades e conhecimentos manifestados através do ato comunicativo.
Título do Evento
VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, Larissa; AMORIM, Célia Regina Trindade Chagas. COMUNICAÇÃO, CIDADANIA E PROCESSOS DE RESISTÊNCIAS EM COMUNIDADES IMPACTADAS PELA MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA PARAENSE E MARANHENSE.. In: Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia. Anais...Belém(PA) PPGCOM UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epca2023/762513-COMUNICACAO-CIDADANIA-E-PROCESSOS-DE-RESISTENCIAS-EM-COMUNIDADES-IMPACTADAS-PELA-MINERACAO-NA-AMAZONIA-PARAENSE-. Acesso em: 23/06/2025

Trabalho

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