A REPRESENTAÇÃO DAS “NOVINHAS”: UM ESTUDO SOBRE JOVENS MULHERES NO WEBSITE AC24HORAS

Publicado em 02/05/2024 - ISBN: 978-65-272-0414-5

Título do Trabalho
A REPRESENTAÇÃO DAS “NOVINHAS”: UM ESTUDO SOBRE JOVENS MULHERES NO WEBSITE AC24HORAS
Autores
  • Pâmela Rocha de Freitas
  • Francielle Maria Modesto Mendes
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 4 - Comunicação e Interseccionalidades: raça, gênero e sexualidades plurais
Data de Publicação
02/05/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epca2023/751575-a-representacao-das-novinhas--um-estudo-sobre-jovens-mulheres-no-website-ac24horas
ISBN
978-65-272-0414-5
Palavras-Chave
ac24horas, mulheres, novinhas, representação.
Resumo
O artigo pretende analisar a forma como a mulher jovem e/ou menor de idade é representada no website ac24horas. Após buscas realizadas dentro do website utilizando o termo “novinha” encontramos oito matérias jornalísticas que levavam no título essa terminação. Dessa forma, surgiu o interesse em pesquisar e entender quem seriam essas pessoas chamadas de “novinhas” em um grande veículo de comunicação do Acre. O trabalho visa auxiliar no entendimento das representações de mulheres jovens no jornalismo acreano on-line, entender a abordagem que eles usam ao se referir às “novinhas” e qual a relevância nessa adjetivação. Com exceção da matéria “‘Novinhas’ de Sena Madureira gravam campanha ‘Brasil que eu quero’ e vídeo bomba nas redes sociais” (DA REDAÇÃO, 2018), onde a matéria surgiu de um vídeo publicado nas redes sociais, todos os outros sete textos jornalísticos trazem exclusivamente a versão da fonte oficial, nesse caso a Segurança Pública. Quando se trata de fontes oficiais no jornalismo, Aldo Antônio Schmitz (2011) afirma que elas são as preferidas dos jornalistas “pois suas ações e estratégias têm impacto direto no interesse público, pela sua capacidade e poder de influência, acesso facilitado e sistemático às pautas da mídia” (SCHMITZ, 2011, p. 48). Nesse sentido, as fontes oficiais teriam um apelo maior das pessoas, por se tratar de um órgão público que é respeitado e relacionado à ordem e organização social, como é a instituição policial no Brasil. Para o pesquisador Wagner da Costa Silva (2019), o termo “novinha” remete à uma hipersexualização das mulheres menores de idade, que no contexto do funk – originalmente entendemos que a expressão surgiu no movimento funk brasileiro -, segundo o autor, desperta fetiches tais como o da virgindade. Para Stuart Hall (2016), o sentido não estaria propriamente nos objetos ou nas pessoas, mas sim em quem fixa esse sentido nas coisas. Em outras palavras, o sentido vem de nós para nós mesmos. Ainda falando sobre representação, mas em diálogo com as questões de gênero, Judith Butler (2017) afirma que “a representação é a função normativa de uma linguagem que revelaria ou distorceria o que é tido como verdadeiro sobre a categoria das mulheres” (BUTLER, 2017, p. 18). Então, dependendo de quem fala sobre as mulheres, nem sempre esse sujeito vai saber conduzir a informação com nitidez ou o assunto da forma correta. Muito disso baseado na vivência e conhecimentos do outro, que por vezes não é o suficiente. A questão aqui não é deixar de noticiar certas situações, e sim como o veículo de comunicação vai tratar essa informação para o leitor. Pensando no estudo das matérias, escolheu-se usar o método Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (2016) que é “um conjunto de técnicas de análises das comunicações” (2016, p. 37). Para isso, trabalhou-se com a categorização como método efetivo de pesquisa. Também foi utilizado o critério de categorização semântico, que inclui a presença do termo “novinha”. Referências: BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições70, 2016. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2017. DA REDAÇÃO. “Novinhas” de Sena Madureira gravam campanha “Brasil que eu quero” e vídeo bomba nas redes sociais. 2018. Disponível em <https://ac24horas.com/2018/07/03/novinhas-de-sena-madureira-gravam-campanha-brasil-que-eu-quero-e-video-bomba-nas-redes-sociais/>. Acesso em 19 de outubro de 2023. HALL, Stuart. Cultura e representação. Tradução: Daniel Miranda e Willian Oliveira. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio. Apicuri, 2016. SCHMITZ, Aldo Antônio. Fontes de notícias: ações e estratégicas das fontes no jornalismo. Combook. SC, Florianópolis. 2011. SILVA, Wagner da Costa. A mulher sem nuances: a representação da novinha no mundo do funk. In: XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte, 2019, Parintins – AM.
Título do Evento
VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FREITAS, Pâmela Rocha de; MENDES, Francielle Maria Modesto. A REPRESENTAÇÃO DAS “NOVINHAS”: UM ESTUDO SOBRE JOVENS MULHERES NO WEBSITE AC24HORAS.. In: Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia. Anais...Belém(PA) PPGCOM UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epca2023/751575-A-REPRESENTACAO-DAS-NOVINHAS--UM-ESTUDO-SOBRE-JOVENS-MULHERES-NO-WEBSITE-AC24HORAS. Acesso em: 03/06/2025

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