JORNALISTAS NEGRAS NO MARANHÃO: UM MAPEAMENTO SOBRE QUEM SÃO E ONDE ESTÃO SITUADAS AS MULHERES NEGRAS NO JORNALISMO LOCAL

Publicado em 02/05/2024 - ISBN: 978-65-272-0414-5

Título do Trabalho
JORNALISTAS NEGRAS NO MARANHÃO: UM MAPEAMENTO SOBRE QUEM SÃO E ONDE ESTÃO SITUADAS AS MULHERES NEGRAS NO JORNALISMO LOCAL
Autores
  • Renata Evellyn de Lima Rodrigues
  • Aline Xavier Da Silva Cruz
  • Leila Sousa
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 4 - Comunicação e Interseccionalidades: raça, gênero e sexualidades plurais
Data de Publicação
02/05/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epca2023/749073-jornalistas-negras-no-maranhao--um-mapeamento-sobre-quem-sao-e-onde-estao-situadas-as-mulheres-negras-no-jornalis
ISBN
978-65-272-0414-5
Palavras-Chave
Jornalistas Negras, São Luís, Imperatriz, Perfil profissional.
Resumo
Resumo expandido No Maranhão, a população negra representa o percentual de 82,5% (IBGE, 2019), porém, de acordo com o Perfil do Jornalista Brasileiro de 2022, o exercício do jornalismo é de forma geral feito por “mulheres (58%), brancas (68%), solteiras (53%) e de até 40 anos”. (LIMA et al., 2022, p. 1). Este texto objetiva discutir sobre os perfis das jornalistas negras das cidades de Imperatriz e São Luís. A primeira etapa da pesquisa realizou um mapeamento a partir de questionários disponibilizados na plataforma Google Forms, onde foi possível perceber que a maior parte das jornalistas são jovens com a faixa etária de 25 a 34 anos, e com poucos anos de atuação na área do jornalismo. Percebe-se que no Maranhão grande parte dos cargos são ocupados por mulheres, mas os postos de chefia são em maioria de homens brancos, mostrando uma desigualdade estrutural quando se trata de mulheres e principalmente as pretas. Que, de acordo com o levantamento nacional do “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021”, (LIMA, et al., 2022), correspondem só a 9,3% dessas profissionais. Considerando esses dados contraditórios no perfil nacional da profissão e o perfil racial da população do estado, iniciamos em 2022 um mapeamento das jornalistas negras no Maranhão (SOUSA, et al, 2022). O objetivo geral da pesquisa é investigar e elaborar um perfil profissional sobre quem são e onde estão situadas as mulheres negras no mercado jornalístico do Maranhão. Conforme as respostas dos questionários, a maioria das profissionais atuam na área de assessoria de imprensa, que para Lima (2012) são considerados cargos “fora da mídia”. Em Imperatriz, esse perfil é predominantemente ocupado por mulheres com até 5 anos de experiência. Tratando-se de raça, unida ao gênero, em Imperatriz e São Luís, as jornalistas negras têm maiores desvantagens e impactos diretos na carreira, e ainda precisam romper os estereótipos sexistas e racistas que lhes são associados. Além das altas cargas de trabalho, em alguns casos, o não recebimento do piso salarial, cobranças excessivas, descrédito em relação ao cargo ocupado, ainda que as profissionais tenham a capacitação necessária para exercer a função, e salário inferior ao recebido por homens na mesma função. A pesquisa aponta que as profissionais são jovens, solteiras, sem filhos, não atuantes na mídia tradicional, que acreditam na luta feminista e que visualizam a perpetuação do machismo e racismo dentro da máquina jornalista e ocupação hegemônica de homens brancos em cargos de chefia e como isso influencia as dinâmicas de trabalho e produção. Referências bibliográficas: LIMA. S.P. et al. (Coord.). Perfil do jornalista brasileiro 2021: características sociodemográficas, políticas, de saúde e do trabalho. Florianópolis: Quorum Comunicação, 2022. SOUSA. L.L; SOUSA, N.N; NASCIMENTO, S.S.S. Assimetrias de raça e gênero no exercício do jornalismo no Maranhão. In: ANAIS DO 20º ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2022, Fortaleza. Anais eletrônicos... Campinas, Galoá, 2022. Disponível em: <https://proceedings.science/encontros-sbpjor/sbpjor-2022/trabalhos/assimetrias-de-raca-e-genero-no-exercicio-do-jornalismo-no-maranhao?lang=pt-br>. Acesso em: 18 maio. 2023.
Título do Evento
VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RODRIGUES, Renata Evellyn de Lima; CRUZ, Aline Xavier Da Silva; SOUSA, Leila. JORNALISTAS NEGRAS NO MARANHÃO: UM MAPEAMENTO SOBRE QUEM SÃO E ONDE ESTÃO SITUADAS AS MULHERES NEGRAS NO JORNALISMO LOCAL.. In: Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia. Anais...Belém(PA) PPGCOM UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epca2023/749073-JORNALISTAS-NEGRAS-NO-MARANHAO--UM-MAPEAMENTO-SOBRE-QUEM-SAO-E-ONDE-ESTAO-SITUADAS-AS-MULHERES-NEGRAS-NO-JORNALIS. Acesso em: 16/07/2025

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