OBJETOS QUE FICAM E OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA: A CULTURA MATERIAL RESISTENTE NO CONSUMO E NO DESCARTE

Publicado em 02/05/2024 - ISBN: 978-65-272-0414-5

Título do Trabalho
OBJETOS QUE FICAM E OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA: A CULTURA MATERIAL RESISTENTE NO CONSUMO E NO DESCARTE
Autores
  • Vitória Melo Galvão
  • Manuela do Corral Vieira
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
GT 2 - Consumo e Comunicação
Data de Publicação
02/05/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/epca2023/745672-objetos-que-ficam-e-obsolescencia-programada--a-cultura-material-resistente-no-consumo-e-no-descarte
ISBN
978-65-272-0414-5
Palavras-Chave
Comunicação; Consumo; Obsolescência Programada; Cultura Material.
Resumo
Objetos como celulares, televisões, geladeiras, computadores, possuem um “prazo”, correspondente tanto ao seu não correto funcionamento, como também a uma versão mais moderna criada, assim como desejos que prometem ser supridas com a nova tecnologia disponível. No estudo de Anderson Moebus Retondar (2008), o autor elabora como a sociedade do consumo se caracteriza por uma “insaciabilidade”, na qual uma cadeia de ações gera necessidade que por fim caracteriza um ciclo no qual “o final do ato consumista é o próprio desejo de consumo.” (Retondar, 2008, p.138) Conforme, pontua Miller, aceitar a nossa própria materialidade é “fazer dos trecos algo comum, como uma parte necessária de nossa existência no mundo” (Miller, 2013, p. 118). A cultura material, em busca de compreender a relação entre objetos e sujeitos, analisa como as pessoas estão ligadas aos objetos, pois o consumo não é dado apenas pelo ato material, mas também pelo imaterial e pelas construções tanto coletivas quanto individuais. Considerando esta questão, neste estudo será trilhado o caminho metodológico de análise de conceitos aplicada a situações contextuais como lixo eletrônico e lixo têxtil que envolvem a questão da obsolescência programada no mercado, e a lógica de trocas além de dados em fontes primárias, secundárias e terciárias para a construção da bibliografia. Dessa forma, partiremos do conceito de obsolescência programada, a partir da definição dos autores Antônio Carlos Efing e Leonardo Lindroth de Paiva (2016, p.118), que a classificam como “uma prática adotada pelos fornecedores no intuito de abreviar a vida útil dos produtos, em clara prática insustentável e que visa apenas a maximização do lucro, prejudicando-se o meio ambiente e a sociedade”. De acordo com Eliã Amorim et al. (2018, p.75), “consumir sempre foi uma atividade do ser humano, que em sua evolução aprendeu a plantar, armazenar, trocar, consumir; no entanto, a modernidade caracteriza-se por um consumo desenfreado, enlouquecido pelo desejo e pelo prazer imediatos”. A problemática deste estudo, em diálogo com a área de consumo e da cultura material, é compreender a obsolescência programada enquanto uma questão principal para analisar os processos sustentáveis que interferem no (des)equilibrar das vidas no planeta. Portanto, o objetivo principal deste trabalho é traçar um panorama a partir do debate entre obsolescência programada e dos sentidos presentes nas narrativas de comunicação e de consumo do sistema econômico-social capitalista e da cultura material resistente e existente nas aquisições e descartes em sociedade. Referências AMORIM, Eliã Siméia Martins dos Santos et al. O PRINCÍPIO DO PRAZER: O HIPERCONSUMO COMO ESCAPE EM TEMPOS DE MODERNIDADE LÍQUIDA. SIGNOS DO CONSUMO, São Paulo v. 10, n. 2, p. 70-78, jul-dez, 2018. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/144828 >. Acesso em: 15 de out. 2021. EFING, Antônio Carlos; DE PAIVA, Leonardo Lindroth. CONSUMO E OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA: SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. REVISTA DE DIREITO, GLOBALIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, Florianópolis, v. 2, n. 2, p.117-135, jul-dez, 2016. Disponível em: <https://www.indexlaw.org/index.php/revistadgrc/article/view/1356>. Acesso em: 13 de nov. 2021. MILLER, Daniel. Teoria das Coisas. In: Trecos, Troços e Coisas: estudos antropológicos sobre a cultura material. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. RETONDAR, Anderson Moebus. A (re)construção do indivíduo: a sociedade de consumo como “contexto social” de produção de subjetividades. Sociedade e Estado, Brasília, v. 23, n. 1, p.137-160, jan-abr, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/se/a/nvqttKf4ZsZ5zy6ss9V8C7r/?lang=pt&format=pdf>. Acesso em: 23 de out. 2021.
Título do Evento
VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GALVÃO, Vitória Melo; VIEIRA, Manuela do Corral. OBJETOS QUE FICAM E OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA: A CULTURA MATERIAL RESISTENTE NO CONSUMO E NO DESCARTE.. In: Anais do VI Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia. Anais...Belém(PA) PPGCOM UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/epca2023/745672-OBJETOS-QUE-FICAM-E-OBSOLESCENCIA-PROGRAMADA--A-CULTURA-MATERIAL-RESISTENTE-NO-CONSUMO-E-NO-DESCARTE. Acesso em: 10/09/2025

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