A PSICOLOGIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: DESAFIOS E REFLEXÕES

Gabriela Sarturi Rigão; Mikaela Aline Bade München; Pedro Henrique Machado; Vanessa Cirolini Lucchese

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Trabalho

Título do Trabalho

A PSICOLOGIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: DESAFIOS E REFLEXÕES

Autores

Gabriela Sarturi Rigão
Mikaela Aline Bade München
Pedro Henrique Machado
Vanessa Cirolini Lucchese

Modalidade

Resumo expandido - Apresentação oral

Área temática

EIXO C - Aberturas de novas abordagens em saúde mental: outros domínios de intervenção

Data de Publicação

31/05/2019

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/137790-a-psicologia-na-estrategia-de-saude-da-familia--desafios-e-reflexoes

ISBN

978-85-5722-221-2

Palavras-Chave

Psicologia da Saúde, Saúde da Família, Atenção Básica.

Resumo

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o modelo preferencial de organização da atenção básica, ou Atenção Primária à Saúde (APS), no Brasil de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Espera-se que essa estratégia seja capaz de abordar o processo de saúde-doença dos indivíduos de modo singular e articulado ao contexto familiar e comunitário (Brito, Mendes & Santos Neto, 2018). Para entender os paradigmas da saúde de hoje, é importante lembrar que essa construção vem há anos e para refletir à respeito da relação do local com a Psicologia da Saúde observamos a necessidade de retomar sucintamente a ideia do que é a ESF. Encontramos em Camargo-Borges e Cardoso (2005) que a ESF é uma política pública que foi instaurada para que se pudesse auxiliar a reorganização do sistema de saúde e também a solidificar o SUS através da inter relação entre os profissionais da saúde e os usuários, tendo como foco principal a produção de vínculos e consequentemente a criação de laços de compromisso e o exercício da corresponsabilidade no que tange à epistemologia da psicologia teremos os conhecimentos e técnicas psicológicas aplicadas à saúde e às doenças, incluindo também os cuidados de saúde. Por meio deste trabalho, se visa entender como a Psicologia pode ser aplicada na ESF, tanto na saúde mental, quanto em diversas potencialidades da atenção básica. Para este trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica narrativa. A partir de relatos de experiências de psicólogos atuando em ESF, podemos perceber as ações e desafios que a categoria passa no serviço e com a equipe. Um dos relatos encontrados foi de um psicólogo que descreveu sua experiência em uma Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade na cidade de João Pessoa-PB. Seus colegas manifestaram uma alta expectativa em relação a ele fazer atendimentos clínicos no serviço, demonstrando, dessa forma, um saber estereotipado do profissional da psicologia, sendo aquele profissional que apenas atende separadamente, individualmente e aborda somente saúde mental (Meira & Silva, 2011). A mesma visão por parte da população e equipe, centrada no atendimento clínico, foi uma dificuldade encontrada na experiência de residência multiprofissional relatada por Nascimento e Avarca (2017), as autoras destacam que a partir do envolvimento da categoria nesses novos espaços, com os desafios e as dificuldades que a categoria enfrenta é que a identidade do psicólogo da saúde vai sendo formada e delineada e, desse modo, seu trabalho valorizado (Nascimento & Avarca, 2017). Nascimento e Avarca (2017) apontam sobre a ampliação das práticas “psis”, no cenário da saúde pública, definida por uma visão integral do indivíduo a partir das várias alternativas que ainda irão ser produzidas a partir do saber-fazer da categoria. Segundo Nepomuceno e Brandão (2011), é ampla a gama de possibilidades de atuação da Psicologia na ESF, desde um fazer ligado ao atendimento das demandas de sofrimento psíquico e transtornos mentais, aos processos de organização de coletivos, aos processos de interação e às ações que visam ao desenvolvimento humano e social. Atentando aos desafios já referidos e ao contexto de trabalho da psicologia da ESF, Nepomuceno e Brandão (2011) identificam que esse fazer não se limita às ações de tratamento-cura em saúde mental, vincula-se a uma compreensão integral dos indivíduos, às suas redes de interação e às suas necessidades e potenciais de saúde, com olhar ampliado para as relações sociais, que se constroem nos modos de vida de famílias e comunidades. É notável que a inserção do profissional de psicologia na equipe de saúde da família é pouco explorado, visto que as experiências de residência mostram-se como inovações. Percebe-se que os psicólogos que trabalham na ESF enfrentam a desconstrução de estereótipos e buscam inovações no seu fazer adaptando-se ao contexto. Isso porque o papel do psicólogo e suas atribuições na ESF não estão devidamente formalizados, estão sendo delineadas e construídas com base nos impasses do cotidiano, nos enfrentamentos das dificuldades e dos problemas de saúde na Atenção Básica (Nascimento & Avarca, 2017). Acredita-se que é de grande importância a discussão dessa temática na formação universitária, a qual precisa estar atenta aos diversos domínios de intervenção, que além da saúde mental, necessita de uma visão integral do sujeito e contexto social. REFERÊNCIAS Brito G.E.G., Mendes A.C.G. & Santos Neto P.M. (2018). O objeto de trabalho na estratégia saúde da família. Interface, (vol. 22, n. 64,77-86). Botucatu. Camargo-Borges, C. & Cardoso, C. L.(2005). “A Psicologia e a estratégia saúde da família: compondo saberes e fazeres”. Psicologia & Sociedade, (vol.17 ed. 2, 26-32). Porto Alegre. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n2/27041.pdf. Meira, M. A. & Silva, M. O. (2011). Atuação da Psicologia na Estratégia Saúde da Família: a Experiência de um Psicólogo em uma Residência Multiprofissional. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, (vol. 15, n. 3, 369-376). Recuperado de <http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/10726 > Nascimento, A. K. B. & Avarca, C. A. C. (2017). Inserção do psicólogo na estratégia de saúde da família: relato de experiência na residência multiprofissional. Revista. Psicologia da. Saúde, (vol. 9, n. 3, 107-118.) Campo Grande. Recuperado de <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2017000300008&lng=pt&nrm=iso> Nepomuceno, L. B. & Brandao, I. R.(2011). Psicólogos na estratégia saúde da família: caminhos percorridos e desafios a superar. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 31, n. 4, p. 762-777. Recuperado de <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000400008&lng=pt&nrm=iso>

Título do Evento: Encontro Internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Cidade do Evento: Santa Maria
Título dos Anais do Evento: Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

RIGÃO, Gabriela Sarturi et al.. A PSICOLOGIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: DESAFIOS E REFLEXÕES.. In: Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação. Anais...Santa Maria(RS) UFSM, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/137790-A-PSICOLOGIA-NA-ESTRATEGIA-DE-SAUDE-DA-FAMILIA--DESAFIOS-E-REFLEXOES. Acesso em: 20/05/2025