DESPATOLOGIZAÇÃO DA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Publicado em 31/05/2019 - ISBN: 978-85-5722-221-2

Título do Trabalho
DESPATOLOGIZAÇÃO DA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Autores
  • Heloíse Mota Braga
  • Karine Lima De Brito
Modalidade
Resumo Simples - apresentação poster
Área temática
EIXO C - Aberturas de novas abordagens em saúde mental: outros domínios de intervenção
Data de Publicação
31/05/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/137654-despatologizacao-da-infancia--uma-revisao-bibliografica
ISBN
978-85-5722-221-2
Palavras-Chave
Medicalização, Criança, Diagnóstico
Resumo
A medicina moderna implica em um crescente processo de patologizaçao da criança, principalmente no domínio escolar e tem como principal medida o uso da medicação, algo que vem sendo estudado e debatido na atualidade. (MOYSÉS, 2008.). É crescente a demanda de crianças em busca dos serviços de saúde mental movida, principalmente, por queixas relativas ao comportamento e a dificuldades escolares, é comum verificar o relato da existência de comportamentos agressivos, impulsivos, desobediência, raiva, desatenção, agitação e dificuldades escolares presentes no discurso daqueles envolvidos no cuidado da criança, seja a família seja a escola. (OKAMOTO, 2013, p. 85). Tendo em vista a importância de ampliar os conhecimentos acerca da despatologização, que é de grande relevância para diminuir o estigma e preconceito da sociedade relacionado aos comportamentos e dificuldades da criança considerados como desviantes, abordaremos uma revisão bibliográfica, apresentando uma reflexão crítica acerca do uso desses psicofármacos, uma vez que vem aumentando expressivamente o número de crianças sujeitas a medicalização. Luengo (2010, p. 63) traz que patologizar é algo externo que influencia e modifica a subjetividade do indivíduo, ou seja, patologizar é o próprio ato de apontar no diferente uma doença que, mesmo inexistente, passa a ser reconhecida e diagnosticada pela equipe escolar e de saúde. Esse ato, além de estigmatizar o indivíduo classificando o como anormal, ainda busca, através de justificativas sociais, afirmar a patologia, o que pode desencadear como consequência o ato da medicalização. Conforme Okamoto (2013, p. 88) a medicação surge como uma promessa de solução rápida para o mal vivido pela criança e sua família. Porém esses tratamentos, que por vezes se prolongam por tempo longo e indeterminado, não podem ser considerados isentos de efeitos indesejados. Diante desses aspectos que os autores acima colocam, observamos a importância de uma intervenção com novas abordagens terapêuticas assim como valorizar a Gestão Autônoma da Medicação que é uma estratégia que visa dar autonomia para o indivíduo, sendo um aspecto a ser tratado entre os serviços de saúde e da escola. No entanto ressaltar que não devemos utilizar apenas condutas de medicalização onde riscos podem ser eminentes, e sim visar ações e estratégias que mantenha a singularidade de cada criança, permitindo que sua subjetividade permaneça assim como sua livre expressão, onde sujeito possa se constituir a partir de seus fazeres e dentro de suas limitações, assim sendo, se faz cada vez mais necessário buscar novos recursos, para que as crianças não cresçam dependentes de medicações e sim, que tenham um desenvolvimento infantil saudável reduzindo o estigma existente em nossa sociedade. REFERÊNCIAS LUENGO,F.C. A vigilância punitiva: a postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 142 p. MOYSÉS, M.A.A. A institucionalização invisível: crianças que não-aprendem na escola. Reimpressão, edição revista ampliada. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2008. OKAMOTO, Y. M. A patologização e a medicalização da infância: um olhar sobre a família e as crianças. Psicologia e seus campos de atuação: demandas, 2013. Disponível em <http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/364975.pdf#page=86> Acesso em: 10 nov. 2018
Título do Evento
Encontro Internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Cidade do Evento
Santa Maria
Título dos Anais do Evento
Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BRAGA, Heloíse Mota; BRITO, Karine Lima De. DESPATOLOGIZAÇÃO DA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.. In: Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação. Anais...Santa Maria(RS) UFSM, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/137654-DESPATOLOGIZACAO-DA-INFANCIA--UMA-REVISAO-BIBLIOGRAFICA. Acesso em: 07/06/2025

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