A POTENCIALIDADE DAS REDES SOCIAIS E DO MAPA DE REDE COMO RECURSOS À PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL

Publicado em 31/05/2019 - ISBN: 978-85-5722-221-2

Título do Trabalho
A POTENCIALIDADE DAS REDES SOCIAIS E DO MAPA DE REDE COMO RECURSOS À PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL
Autores
  • Mônica Sperb Machado
  • Bruna Fragoso Cousseau
  • Karina Scapin Teixeira
  • Caroline Rubin Rossato Pereira
Modalidade
Resumo expandido - poster
Área temática
EIXO C - Aberturas de novas abordagens em saúde mental: outros domínios de intervenção
Data de Publicação
31/05/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/136680-a-potencialidade-das-redes-sociais-e-do-mapa-de-rede-como-recursos-a-promocao-de-saude-mental
ISBN
978-85-5722-221-2
Palavras-Chave
mapa de rede; promoção de saúde; redes sociais; saúde mental.
Resumo
Destaca-se a importância da ampliação dos instrumentos de trabalho do psicólogo em diferentes contextos, visando o fortalecimento da rede comunitária e o desenvolvimento de recursos de cuidado/autocuidado dos sujeitos e grupos familiares. Assim, o presente trabalho objetiva apresentar a relação das redes sociais com a saúde dos sujeitos, bem como o uso do instrumento mapa de redes, a fim de defendê-lo enquanto um recurso potencial em contextos comunitários e de saúde mental. As redes sociais compõem importantes recursos no que se refere ao apoio percebido e recebido pelo indivíduo, sejam estas individuais, familiares ou institucionais, tendo sido associadas à saúde e ao desenvolvimento humano. (MORÉ; CREPALDI, 2012). Com relação às redes, Sluzki (1997) as define como a totalidade de vínculos com os quais o sujeito interage, sendo a rede pessoal significativa considerada como “a soma de todas as relações que um indivíduo percebe como significativas ou define como diferenciadas da massa anônima da sociedade” (p. 41), podendo incluir família, amigos, relações de trabalho ou de estudo, além da comunidade. Para Sluzki (1997), tal rede pode ser geradora de saúde, no que ativa e estável, atuando como fonte de ajuda e encaminhamentos, afetando a rapidez da utilização de serviços e acelerando processos de cura, ao passo em que o indivíduo também tem condições de acessá-la. Por sua vez, uma rede com poucos vínculos afeta negativamente a qualidade de vida do sujeito, ao passo em que a presença de doença na vida deste pode deteriorar sua interação social e reduzir a possibilidade de acesso à rede social. Assim, a qualidade e situação dos vínculos estabelecidos com as pessoas significativas podem interferir tanto positiva quanto negativamente na saúde do sujeito. Alguns estudos sugerem a importância de reconhecer e trabalhar as redes sociais de apoio aos usuários dos serviços de saúde mental na perspectiva de promover o olhar integral ao sujeito junto aos seus diferentes contextos, preconizado pela Política Nacional de Saúde Mental, permitindo-lhe maior protagonismo e empoderamento. Esses abordam que quando a rede de saúde mental atua como rede ao usuário, ela permite que ele se sinta capaz de (re)estabelecer relações saudáveis e fortalecer ou ampliar sua rede, oferecendo-lhe outras possibilidades e sentidos de viver e de se relacionar e afetando sua condição geral de saúde (BORGES; SCHNEIDER, 2017; BORGES; FARIA, 2017; BRUSAMARELLO; GUIMARÃES; LABRONICI; MAZZA; MAFTUM, 2011) Para mapear a rede pessoal significativa do indivíduo, Sluzki (1997) propôs o instrumento denominado Mapa de Rede (MORÉ; CREPALDI, 2012). O instrumento consiste em uma representação gráfica que indica o conjunto de todas as relações que um indivíduo percebe como significativas e/ou diferenciadas do restante, através das relações estabelecidas no seu contexto familiar e social. Sua estrutura é composta por quatro quadrantes, que representam as diferentes relações sociais: família, amizades, relações de trabalho ou escolares e relações comunitárias ou de credo, subdividida em sistemas de saúde e agências sociais. Os quadrantes, por sua vez, são divididos em três círculos concêntricos que indicam a proximidade das relações: íntimas, intermediárias ou de relações ocasionais. Assim, o Mapa permite evidenciar tanto características estruturais da rede, quanto o grau de compromisso ou intimidade das relações que a compõem, as funções e as características de cada vínculo. A partir disso, é possível analisar qualitativamente o impacto da rede social na saúde e desenvolvimento do indivíduo (SLUZKI, 1997). Entende-se que a utilização do mapa de rede pode configurar-se numa estratégia de reconhecimento de potencialidades (redes sociais) presentes no contexto dos próprios indivíduos e de consideração dos âmbitos sociais, familiares e institucionais como influenciadores do seu processo de saúde/adoecimento. Assim, por comporem o universo relacional do sujeito, as redes sociais podem ser consideradas enquanto recursos potenciais ao cuidado integral e à promoção de saúde, podendo compor as estratégias e intervenções terapêuticas em políticas de saúde mental. Referências: BORGES, C. D.; FARIA, J. G. Redes Sociais e Atenção em Saúde Mental: Uma Revisão da Literatura. Revista de Psicologia da IMED, v. 9, n. 1, p. 159-174, 2017. BORGES, C. D.; SCHNEIDER, D. R. Rede social significativa de usuários de um CAPSad: perspectivas para o cuidado. Pensando famílias, v. 21, n. 2, p. 167-181, 2017. BRUSAMARELLO, T. G. et al. Redes sociais de apoio de pessoas com transtornos mentais e familiares. Texto & Contexto Enfermagem, v. 20, n. 1, p. 33-40, 2011. MORÉ, C. L. O. O.; CREPALDI, M. A. O mapa de rede social significativa como instrumento de investigação no contexto da pesquisa qualitativa. Nova Perspectiva Sistêmica, v. X, n. 43, p. 84-98, 2012. SLUZKI, C. E. A rede social na prática sistêmica. (C. Berliner, Trad.). São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
Título do Evento
Encontro Internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Cidade do Evento
Santa Maria
Título dos Anais do Evento
Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MACHADO, Mônica Sperb et al.. A POTENCIALIDADE DAS REDES SOCIAIS E DO MAPA DE REDE COMO RECURSOS À PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL.. In: Anais do encontro internacional da Gestão Autônoma da Medicação. Anais...Santa Maria(RS) UFSM, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/encontrointernacionalgam/136680-A-POTENCIALIDADE-DAS-REDES-SOCIAIS-E-DO-MAPA-DE-REDE-COMO-RECURSOS-A-PROMOCAO-DE-SAUDE-MENTAL. Acesso em: 13/06/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes