PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM CARDIOPEDIATRIA NO HOSPITAL DE MESSEJANA DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-111-5

Título do Trabalho
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM CARDIOPEDIATRIA NO HOSPITAL DE MESSEJANA DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES
Autores
  • Paula Maria Pereira Freire
  • Cristine Mayara Cavalcante Camerino
  • Cecília De Lima Barbosa
  • Ivna De Moura Brasil Ramos
  • Francisco Jocelio Leite De Moura
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Pandemia e novas tecnologias
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ecrs2020/324709-projeto-terapeutico-singular-como-abordagem-multiprofissional-em-cardiopediatria-no-hospital-de-messejana-dr-car
ISBN
978-65-5941-111-5
Palavras-Chave
Cardiopediatra, Projeto Terapêutico Singular, Atendimento Humanizado
Resumo
Introdução: Em 2010, o Ministério da saúde, através do Sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC), notificou 1.377 casos de crianças nascidas com cardiopatia congênita, o que corresponde a cerca de 5,3% do estimado para o Brasil. Dentre as cardiopatias, pode-se encontrar comunicação interventricular (7.498), comunicação interatrial (4.693), persistência do canal arterial (2.490), estenose pulmonar (1.431) tetralogia de fallot (973), coarctação da aorta (973), transposição das grandes artérias (887), estenose aórtica (630) (PINTO JUNIOR, et al, 2015). De fato, as cardiopatias congênitas são frequentes no Brasil, a incidência representa cerca de 25.757 casos novos por ano, sendo a maior parte deles na região Sudeste do País. Em relação a prevalência, no ano de 2009, em crianças e adolescentes foi de 675.495 e, em adultos, foi de 552.092 (PINTO JUNIOR, et al, 2015). Várias abordagens podem ser realizadas pela equipe multidisciplinar para propiciar uma prática mais humanizada no atendimento com crianças e seus cuidadores, propiciando mais autonomia para a família (BRASÍLIA, 2012). Dentro dos vários tipos de abordagem possíveis, escolheu-se trabalhar com o Projeto Terapêutico Singular (PTS), pois traz a possibilidade da tríade: equipe multidisciplinar-paciente-família, construindo e produzindo um cuidado e assistência integral ao paciente (LIMA; MOURA; CAVALCANTE, 2017). A paciente A.I.N.S foi escolhida para o desenvolvimento do PTS, usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), sexo feminino, quatro meses, procedente de Fortaleza - Ceará, com diagnóstico de cardiopatia congênita do ventrículo direito com dupla via de saída, comunicação intraventricular, taquicardia, hipoplasia do arco aórtico e coartação da aorta. Em relação aos dados sociodemográficos, a paciente pertence a um núcleo familiar de vulnerabilidade econômica e social. É recém-nascida a termo, de parto cesárea, evoluiu no 3º dia de vida com desconforto respiratório e sopro cardíaco, sendo encaminhada para o setor de cardiopediatria do hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, para acompanhamento e condutas necessárias. A paciente encontrava-se aos cuidados dos pais, ambos desempregados e participantes de programa social. Descrição da experiência: Paciente admitida no dia 26/08/2020, alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial no dia 11/11/2020. Passou a ser acompanhada pela equipe durante o período 05/10/2020 até o momento de sua alta hospitalar. Participaram do desenvolvimento do PTS residentes multiprofissionais da equipe 1 da turma VII do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes composta por uma Farmacêutica, uma Fisoterapeuta, uma Fonoaudióloga, uma Nutricionista e um Terapeuta Ocupacional. As ações planejadas e pactuadas pela a equipe com o PTS foram: Transição de via de administração da dieta (sonda orogástrica para via oral); aumento de peso e estatura; acompanhamento do estado nutricional após alta hospitalar (ambulatório); desmame do suporte ventilatório e oxigenoterapia; acompanhamento do desenvolvimento psicomotor; manutenção de via aérea pérvia; adequação da coordenação sucção/deglutição/respiração; desmame de sonda orogástrica; promoção da coordenação psicomotora mão-boca e experiência sensorial; detecção precoce de possíveis eventos adversos; prevenção a problemas relacionados aos medicamentos quanto à dose, frequência e duração superior ou inferior à necessária; verificação de possíveis interações medicamentosas e incompatibilidades e promoção do uso racional de medicamentos. O Projeto Terapêutico Singular possibilita a prática da realização reuniões com a finalidade de promover a discussão do atendimento do paciente de uma forma mais humanizada, a partir do desenvolvimento de quatro momentos diferentes: o primeiro, traçar um diagnóstico biopsicossocial; o segundo, definir as metas a serem alcançadas; o terceiro, a divisão das responsabilidades de cada integrante da equipe e o último momento a reavaliação de todo o projeto traçado. Principais resultados: O PTS possibilitou que fossem alcançadas todas as metas traçadas inicialmente. Dessa forma, obteve-se, com sucesso, a transição da via de administração da dieta, consequentemente, promovendo uma melhora do estado nutricional. Houve melhora do padrão respiratório através da reabilitação da fisioterapia, assim como o desenvolvimento psicomotor. Além disso, obteve-se efetivamente a adequação da coordenação sucção/deglutição/respiração, transicionando-a para via oral. E, por fim, a ausência de eventos adversos e de problemas relacionados aos medicamentos quanto à dose, frequência e duração da administração necessária e a promoção do uso racional de medicamentos junto à família. Conclusão: A partir da elaboração do plano terapêutico singular, a importância do atendimento e acompanhamento multiprofissional ao paciente, considerando todo o contexto de saúde da criança e o meio em que está inserida, promovendo um desfecho positivo (alta hospitalar), com a inserção de um tratamento humanizado que proporcionou autonomia a família no processo saúde-doença na tomada de decisão de cada meta traçada. Referências bibliográficas: LIMA, Camila Vasconcelos Carnaúba et al.. Projeto Terapêutico Singular como Abordagem Multiprofissional no Hospital. Revista Portal: Saúde e Sociedade, Maceió, v. 2, n. 2, p. 472-482, 2017. Acesso em: 03 jan. 2021. BRASÍLIA. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção À Saúde. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. 33. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 272 p. Acesso em: 04 jan. 2021. PINTO JÚNIOR, Valdester Cavalcanteet et al. Epidemiology of congenital heart disease in Brazil Approximation of the official Brazilian data with the literature. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, [S.L.], p. 219-224, 2015. Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Acesso em: 03 jan. 2021.
Título do Evento
VIII Encontro Cearense de Residências em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FREIRE, Paula Maria Pereira et al.. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM CARDIOPEDIATRIA NO HOSPITAL DE MESSEJANA DR. CARLOS ALBERTO STUDART GOMES.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ecrs2020/324709-PROJETO-TERAPEUTICO-SINGULAR-COMO-ABORDAGEM-MULTIPROFISSIONAL-EM-CARDIOPEDIATRIA-NO-HOSPITAL-DE-MESSEJANA-DR-CAR. Acesso em: 27/05/2025

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