PRODUÇÃO DE FOLDER PRÓ-ADESÃO PARA PACIENTES EM USO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE: UMA SISTEMATIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Publicado em 03/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-111-5

Título do Trabalho
PRODUÇÃO DE FOLDER PRÓ-ADESÃO PARA PACIENTES EM USO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE: UMA SISTEMATIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA
Autores
  • Tatiara Maria Batista Lima
  • Cleidiane de Sousa Rocha
  • Gerciane Dos Anjos Gonçalves
  • Mara Dalila Vitor Vieira
  • Lucielmo Faustino Souza
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Processo formativo do/a residente
Data de Publicação
03/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ecrs2020/324205-producao-de-folder-pro-adesao-para-pacientes-em-uso-de-inibidores-de-tirosina-quinase--uma-sistematizacao-da-expe
ISBN
978-65-5941-111-5
Palavras-Chave
Leucemia Mieloide Crônica, adesão ao medicamento, profissionais de saúde.
Resumo
INTRODUÇÃO A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) representa 15-20% das leucemias e é um tipo de neoplasia hematológica caracterizada pela modificação citogenética de translocação dos cromossomos 22 e 9 (cromossomo Philadelfia), formando o gene BCR-ABL, o produto desse gene é uma tirosina quinase que estimula as vias de transdução de sinais intracelulares de proliferação celular, suprimem a apoptose e a adesão celular (OLIVEIRA, MUNHOZ, NARDIN E CARNEIRO, 2013; MENEZES E FRAIJI, 2020). O tratamento inicial da LMC se dava por meio de hidroxiureia por via oral e bussulfano por via endovenosa, que controlavam os sintomas porém não controlava a progressão da LMC. Com o advento de estudos a nível celular e molecular surgiram os Inibidores de Tirosina Quinase (TKI), os principais Imatinibe, Dasatinibe, Nilotinibe, melhoraram a sobrevida do paciente com LMC, além de ter uma melhor aceitação e utilização mais conveniente para o paciente (SILVA, NETO, JÚNIOR, ARAÚJO, VIANA E FONTELES, 2016; MENEZES E FRAIJI, 2020). Porém, pela administração se dar em domicílio existe uma maior probabilidade de erros e descontinuidade do tratamento, o que pode acarretar uma falha terapêutica relacionada à adesão ao tratamento. Essa terapia também possui efeitos adversos que podem tornar-se intoleráveis e influenciar na descontinuidade do tratamento (SILVA, NETO, JÚNIOR, ARAÚJO, VIANA E FONTELES, 2016). Diante dessas constatações, durante um estágio de rede em um hospital universitário da cidade Fortaleza, foi acompanhado durante o período de um mês pacientes com LMC que faziam uso de inibidores de Tirosina Quinase, e faziam acompanhamento ambulatorial e relatavam a dificuldade de adesão devido principalmente reações adversas e dificuldades na administração do medicamento. No próprio ambulatório a Farmacêutica responsável fazia as intervenções e recomendações verbalmente para manejo de reações adversas. Ao retornar para um Hospital Geral de Fortaleza, por atender também pacientes em uso de Inibidores de Tirosina Quinase e que possuíam dúvidas em relação ao uso, a residência fez seu papel de propor intervenções na forma de educação em Saúde para melhorar a adesão dos pacientes. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA A partir da problematização, os residentes multiprofissionais elaboraram um folder com manejo não farmacológico das principais reações adversas relacionadas ao uso de TKI (recomendações de alimentos que preveniam ou abrandavam náuseas, diarreia e câimbras – principais queixas dos pacientes atendidos no ambulatório- revisadas pela residente de nutrição, além de recomendações de não farmacológicas de fisioterapia para o manejo de câimbras) e com as principais recomendações de armazenamento e uso dos antineoplásicos orais (interação com alimento, por exemplo) retirados das bulas dos medicamentos. O folder foi elaborado no mês de Novembro e foi encaminhado para avaliação do setor de Farmácia do Hospital Geral em Fortaleza. RESULTADOS O folder foi produzido com linguagem acessível e gravuras para facilitar o entendimento do paciente. Após a aprovação pelo setor de Farmácia, será feita a Educação em Saúde juntamente com os residentes de Nutrição, Fisioterapia e Enfermagem, com as orientações necessárias de forma verbal e a distribuição dos folders para enfatizar as recomendações que normalmente são essenciais para a adesão do tratamento. Durante o período de janeiro será feito a educação em saúde, a entrega de folders se dará diariamente pelos residentes de farmácia no ambulatório, juntamente com as orientações necessárias e no mês de fevereiro será avaliado se houve impacto a distribuição dos folders. CONCLUSÃO Segundo Barbosa (2015), facilitar a adesão pode ser um procedimento difícil, é um desafio que sofre oscilações e demandam atenção permanente. Alguns métodos podem ser utilizados para melhorar a continuidade do tratamento: educar o paciente, melhorar o esquema de doses, facilitar o acesso do paciente ao tratamento e melhorar a comunicação entre o doente e os profissionais de Saúde. A confecção do folder com intuito de ser uma alternativa para educar o paciente e melhorar a comunicação entre o doente e os profissionais de saúde, papel fundamental do residente profissional da saúde. O paciente e os familiares que recebem explicações claras e compreendem a lógica do tratamento tem mais vontade de cooperar, e em adição se acreditarem que os profissionais estão envolvidos no processo de adesão ao medicamento é mais provável que cooperem (BARBOSA, 2015). REFERÊNCIAS BARBOSA, A. P. Intervenção educativa pró-adesão farmacológica em pacientes com leucemia mieloide crônica tratados com mesilato de imatinibe em Goiânia Goiás. Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos da Cunha. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina (FM), Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Goiânia, 2015. Disponível em: < https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4768/5/Tese%20-%20Adriana%20do%20Prado%20Barbosa%20-%202015.pdf>. Acesso em Dez de 2020. MENEZES, A. D.; FRAIJI, N. A. Uso de inibidor de tirosina quinase por pacientes com leucemia mieloide crônica em uma instituição pública de hematologia do estado do Amazonas, Brasil. Rev Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. 11(4), 2020. Disponível em: <https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/510/498>. Acesso em Dez de 2020. OLIVEIRA, A.; MUNHOZ, E. C.; NARDIN, J. M.; CARNEIRO, M. B. Avaliação da adesão ao mesilato de imatinibe de pacientes com leucemia mieloide crônica. Rev Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. São Paulo: v.4, n.3, 6-12, 2013. SILVA, A. V. B. A; NETO, E. M .R.; JÚNIOR, F. J. G.; ARAÚJO, P. M. A.; VIANA, E. D. R. N.; FONTELES, M. M. F. Acompanhamento farmacoterapêutico em leucemia mieloide crônica: avaliação das intervenções farmacêuticas. Boletim Geum. V 7, n 1, p 82-92. 2016. Disponível em:< https://revistas.ufpi.br/index.php/geum/article/view/4174/2920>. Acesso em Dez de 2020.
Título do Evento
VIII Encontro Cearense de Residências em Saúde
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Tatiara Maria Batista et al.. PRODUÇÃO DE FOLDER PRÓ-ADESÃO PARA PACIENTES EM USO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE: UMA SISTEMATIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ecrs2020/324205-PRODUCAO-DE-FOLDER-PRO-ADESAO-PARA-PACIENTES-EM-USO-DE-INIBIDORES-DE-TIROSINA-QUINASE--UMA-SISTEMATIZACAO-DA-EXPE. Acesso em: 16/12/2025

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