PSEUDO ‘EUS’: A EXISTÊNCIA DA COMPLACÊNCIA DA IDENTIDADE PARA ATUAR NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Publicado em 17/01/2025 - ISBN: 978-65-272-1121-1

Título do Trabalho
PSEUDO ‘EUS’: A EXISTÊNCIA DA COMPLACÊNCIA DA IDENTIDADE PARA ATUAR NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Autores
  • Emilson Afonso de Carvalho Filho
Modalidade
Resumo
Área temática
Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática
Data de Publicação
17/01/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/e2gsem/861997-pseudo-eus--a-existencia-da-complacencia-da-identidade-para-atuar-na-educacao-matematica
ISBN
978-65-272-1121-1
Palavras-Chave
COMPLACÊNCIA; IDENTIDADE; EDUCAÇÃO MATEMÁTICA; PSEUDO ‘EUS’
Resumo
Knudsen (2007) ao discutir o conceito gênero, analisa a estruturação do “ato performativo” na dimensão da psicanálise com intersecções nas concepções de Butler, a qual sustenta que tal ação preordena a manifestação das identidades de gênero e orientações sexuais, ressaltando que essas são inerentes ao ser e não consequência da prática, contudo, necessitam existir. Entretanto, alguns recorrem a mecanismos de defesa psíquicos e sociais de repressão da condição humana. A partir do exposto, surgem, nesta produção, indagações quanto aos docentes de matemática, sendo: como os profissionais desta área performam o(s) gênero(s) e as identidades sexuais para serem incluídos nos espaços educacionais? Há criação de múltiplos “eus” para atuar nesses ambientes? Quais são as consequências psicológicas e sociais dessa complacência? Esses questionamentos não surgem de devaneios, são frutos da explicita realidade de professores da área, os quais são estereotipados, principalmente os compreendidos como minoria dentro da Educação Matemática, estes, majoritariamente, criam os “eus” por medo da não aceitação, o que implica em reprimir-se, apesar de necessitar/desejar viver suas individualidades sem receio de qualquer abjeção. E o Estado, assim como toda a comunidade das ciências “exatas”, abstém de discutir essa temática e acolher esses corpos/sujeitos oprimidos. Para corroborar com essa perspectiva, tem-se a pesquisa de Esquincalha, Detoni e Lemos Junior (2023), que apontam que há uma possível neutralidade de forma ampla das ciências ditas exatas, na discussão de assuntos similares, principalmente na matemática. Fato que está sendo modificado significativamente por alguns pesquisadores. Portanto, é preciso conscientizar-se que “[...] Deixar ao indivíduo o confronto inevitável com a sociedade e seus preconceitos, suas limitações de ordem ideológica e política é furtar-se a uma responsabilidade social (Knudsen, 2007, p. 72). Assim, negligenciar esta luta, é ser conivente, com os opressores. E os argumentos nefastos que são pautados com o discurso de que há para todos a escolha de ‘ser quem quiser ser’, e que não é preciso apoiar e proteger os sujeitos que não estão com condições de manifestar suas essências, é uma forma de fugir de tal realidade, talvez da própria existência. Ademais, para Butler (2003), o sujeito ao tentar enquadrar-se no ilusório ideológico dos gêneros “inteligíveis” e orientações sexuais socialmente aceitas, cria um/vários personagens, os “eus”, com a pretensão de tornar-se um agente social “aceito” pela cultura dominante, essa fantasia decorre do “fio” condutor da repressão e gera o recalque, implicando na rejeição/negação da própria identidade. Para Lacan (1958) é impossível sustentar tal delírio, pois haverá fuga, o real sempre escapa através da linguagem, o que pode ludibriar o consciente com o sofrimento, no entanto, torna-se 'gozo' no inconsciente. Esse conflito psíquico dos indivíduos (é o sujeito dentro da esfera social, não apenas na subjetividade) que vivem nessas condições, está em torno dessa dialética existencial. Que para Kristeva (1982) é uma desestruturação da identidade, negação do ser, o que faz surgir do enfartamento da abjeção. Por fim, este trabalho, pretende gerar inquietações acerca dos sujeitos que estão negando os aspectos da verdadeira identidade em prol de uma adequação social e profissional.
Título do Evento
Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática - E²GSEM - 1ª Edição
Título dos Anais do Evento
Anais da Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, Emilson Afonso de Carvalho. PSEUDO ‘EUS’: A EXISTÊNCIA DA COMPLACÊNCIA DA IDENTIDADE PARA ATUAR NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.. In: Anais da Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/e2gsem/861997-PSEUDO-EUS--A-EXISTENCIA-DA-COMPLACENCIA-DA-IDENTIDADE-PARA-ATUAR-NA-EDUCACAO-MATEMATICA. Acesso em: 08/08/2025

Trabalho

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