A PERSPECTIVA DE NÍSIA FLORESTA PARA A INCLUSÃO DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS (1831-1878)

Thainá Araujo Bonfim; Kesia Caroline Ramires Neves

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Trabalho

Título do Trabalho

A PERSPECTIVA DE NÍSIA FLORESTA PARA A INCLUSÃO DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS (1831-1878)

Autores

Thainá Araujo Bonfim
Kesia Caroline Ramires Neves

Modalidade

Resumo

Área temática

Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática

Data de Publicação

17/01/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/e2gsem/861961-a-perspectiva-de-nisia-floresta-para-a-inclusao-das-mulheres-nas-ciencias-(1831-1878)

ISBN

978-65-272-1121-1

Palavras-Chave

Gênero, História da educação matemática, educação feminina

Resumo

Partindo da hipótese de que a matemática ensinada, no Brasil oitocentista, retrata uma diferenciação de gêneros, no que tange à prescrição de assuntos a serem ensinados a meninas e meninos, como na Lei de 15/10/1827, busca-se, na pesquisa, mostrar como a matemática foi empregada, considerando o cenário educacional da época e os papéis designados, às mulheres, na sociedade operante. Às meninas, determinava-se o ensino das quatro operações básicas: soma, subtração, multiplicação e divisão. Todavia, aos meninos, o ensino abrangia, ainda, a prática dos quebrados, decimais, proporções e as noções mais gerais de geometria prática. Como problematização, a pesquisa investiga esse cenário e a trajetória histórica de Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885): educadora, escritora e poetisa, considerada por alguns pesquisadores a precursora do feminismo no Brasil. Nísia defendia a posição de que a educação era o caminho para a valorização das mulheres, uma educação centrada tanto em princípios morais, quanto acadêmicos. No Colégio Augusto (1838-1856), fundado por ela, inseriu assuntos que eram costumeiramente orientados apenas aos currículos masculinos, como ciência, história e latim, empregando uma pedagogia que mostrava evoluções nos currículos femininos. Foi, também, autora de obras que abordaram temáticas fora dos padrões para o período, como o direito das mulheres, dos povos indígenas e das pessoas escravizadas. Assim, a pesquisa se fundamenta na história cultural e em procedimentos historiográficos para analisar livros publicados pela educadora e para encontrar pistas sobre o posicionamento de Nísia acerca de sua defesa de um ensino das ciências, sobretudo da matemática, para as mulheres, visando uma educação mais ampliada do que a prescrita pela Lei de 1827. Analisa, dessa forma, indícios que apontam para a matemática sendo utilizada como um instrumento de diferenciação de gêneros. Ao final, discute-se o papel da matemática na construção e reprodução das hierarquias de gênero na sociedade brasileira do século XIX, destacando o trabalho pioneiro de Nísia Floresta Brasileira Augusta para modificar esse contexto, promovendo a inclusão das mulheres no ensino das ciências e da matemática, o que parece ser um tema de período distante, mas favorece um debate muito atual.

Título do Evento: Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática - E²GSEM - 1ª Edição
Título dos Anais do Evento: Anais da Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BONFIM, Thainá Araujo; NEVES, Kesia Caroline Ramires. A PERSPECTIVA DE NÍSIA FLORESTA PARA A INCLUSÃO DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS (1831-1878).. In: Anais da Escola de Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/e2gsem/861961-A-PERSPECTIVA-DE-NISIA-FLORESTA-PARA-A-INCLUSAO-DAS-MULHERES-NAS-CIENCIAS-(1831-1878). Acesso em: 07/08/2025