ANTEPROJETO DE ESPAÇO DE COWORKING PARA CRIADORES DE CONTEÚDO EM CAMPO GRANDE - MS

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
ANTEPROJETO DE ESPAÇO DE COWORKING PARA CRIADORES DE CONTEÚDO EM CAMPO GRANDE - MS
Autores
  • ANDRE AUGUSTO AGUILAR DOS SANTOS
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Arquitetura e Urbanismo
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502667-anteprojeto-de-espaco-de-coworking-para-criadores-de-conteudo-em-campo-grande---ms
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Coworking, network, colaboração, criador de conteúdo
Resumo
(i) Introdução: Este resumo é um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso de Arquitetura e Urbanismo (TCC), que visa a criação de um espaço coworking voltado a criadores de conteúdo para facilitar a rede de contatos (“network”) entre os indivíduos e a inclusão de novos empregos à sociedade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS). Como resultado final será desenvolvido um anteprojeto de um coworking. Todavia a premissa é agregar diversos tipos de pessoas que trabalham no trâmite digital já que esta é uma área crescente e que faz parte da cibercultura atual. Além disso, a capital carece de um local do qual criadores de conteúdo possam se reunir para discutir sobre “collabs” (colaborações em vídeo), recomendar diretor de arte e entre outros tipos de serviço que derivam desse mesmo meio. Este coworking pretende ser um ponto de interesse onde alguém que não mora na cidade possa usufruir dos benefícios caso esteja a passeio ou tenha algum evento na capital. A localização do edifício arquitetônico é em uma área de alta movimentação de veículos e pessoas, e facilita o contato entre os indivíduos, o que torna o objetivo desse projeto ainda mais preciso. (ii) Objetivos: O objetivo geral a proposta é desenvolver um anteprojeto arquitetônico de um Coworking voltado para Criadores de Conteúdo em Campo Grande, MS. Para isso, esta pesquisa busca especificamente: compreender a constante mudança da cibercultura dentro da sociedade: sua função e seu impacto social nos últimos anos; fomentar a utilização de um espaço que estimula a criatividade e cria meios de network e; propor um ambiente de trabalho que atenda a diversos tipos de criadores de conteúdo. (iii) Metodologia: Este estudo baseou-se em uma estratégia qualitativa de pesquisa, com caráter descritivo, por meio de pesquisas bibliográficas e análises preliminares sobre o tema. Foram utilizados livros e plataformas digitais como periódicos que são chaves da consulta das monografias, Google Acadêmico teses e dissertações de obras correlatas. A pesquisa qualitativa busca diminuir os dados coletados e a teoria existente através de análises de uma profunda compreensão do contexto investigado através de discussões ou compreensão a uma interpretação dos fenômenos estudados. Dentre as pesquisas consultadas destacam-se autores como Pierre Levy (1999), Davies e Tollervey (2013), Ramon Suarez (2014), Simon Caulkin (2015). São bibliografias pertinentes sobre os conceitos de cibercultura e coworking. Em um primeiro momento, as análises foram de cunho geral, onde são citados de forma sucinta, devido a delimitação do tema, a cibercultura e o ciberespaço. Em seguida, as funções do coworking e seus principais atributos arquitetônicos. (iv) Resultados: Importante conhecer os conceitos que definem as alterações sociais cibernéticas e a cultura a ela intrínseca, a criação de conteúdo como forma de trabalho está fortemente presente na cibercultura e tem tomado a frente de outros meios de propagação de comunicação na medida em que o ciberespaço evolui (LEVY, 1999). Mas o que é cibercultura? Para Levy (1999, p 16) cibercultura é “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. Algo que teve um vasto aumento no mercado no período da pandemia, foi a criação de conteúdos digitais, que, basicamente, é gerar materiais do quais serão acessados por um grupo de pessoas que tem interesse naquele conteúdo. Isso envolve professores com seus cursos e videoaulas ou até mesmo influenciadores digitais com sua comunidade virtual que gera um entretenimento via Rede Mundial de Computadores (“World Wide Web” – WWW). Como todas as partes da cadeia de valor do negócio agora podem ser terceirizadas para plataformas habilitadas para tecnologia, isso multiplica os empregos e oportunidades para uma geração que alcançou níveis de educação sem precedentes e vê as grandes empresas com desconfiança, preferindo trabalhar por conta própria ou em um ambiente “startup” (CAULKIN, 2015). Isso também se aplica aos criadores de conteúdo já que conseguem exercer sua função em qualquer lugar do planeta. Para facilitar ainda mais o estímulo e qualidade de conteúdo dos criadores, inicia-se a proposta de um ambiente que atenda a necessidade de elaborar novos conteúdos e gerar formas de network com pessoas que partilham do mesmo ideal. O espaço coworking é a resposta para tal objetivo, pois fornece esses meios de interligação. SUAREZ (2014) tem a definição que aponta que o coworking não é meramente um espaço físico, usado pelos indivíduos como seu local de trabalho, mas um sistema onde redes sociais e recursos estão interligados formando uma economia colaborativa. O “Spiral Muse Coworking” foi o primeiro espaço de coworking criado por Brad Neuberg, em San Francisco, em 2005. Ele rapidamente superou sua primeira localização e se mudou para um “loft” industrial em uma antiga fábrica de chapéus ao qual deu nome ao espaço de coworking. A dificuldade de definir o coworking surge da dualidade que está embutida na prática do coworking. Por um lado, o espaço de coworking é uma organização que hospeda indivíduos e outras organizações. Não é à toa que isso leva a uma grande variação no que é uma característica definidora do coworking. Por outro lado, o coworking está fortemente associado à comunidade. Espaços de coworking pretendiam se tornar uma alternativa aos escritórios clássicos, um novo tipo de local de trabalho com valores defendidos pelo movimento de código aberto. Seu apelo imediato era oferecer uma solução para grupos crescentes de trabalhadores independentes que escapavam do isolamento de suas casas trabalhando e reunindo-se em. O coworking é agora um fenômeno generalizado que não está apenas presente em muitos países em todos os continentes, mas também está crescendo a um ritmo vertiginoso, quase dobrando a cada ano em número. Os espaços de coworking visam assim recriar o espaço físico que permite aos utilizadores individuais maximizar a sua produtividade combinando os melhores elementos de um espaço de trabalho (social, energético, criativo) e os melhores elementos de um espaço de trabalho produtivo e funcional (BOTSMAN; ROGERS, 2011). Assim, Kenline analisou o coworking como um ecossistema e o definiu como “ecossistema sociocultural de troca baseado na comunidade onde a rede de as pessoas estão conectadas por redes sociais compartilhadas e recursos compartilhados” (KENLINE, 2012, p. 1). Surgem, então, novas formas organizacionais que respondem à nova realidade da economia do conhecimento, favorecendo a colaboração em detrimento da competição, em redes abertas e não fechadas de indivíduos, pequenas empresas e corporações gigantes. Um exemplo é o aumento de trabalhadores independentes e freelancers porque querem controlar seus destinos profissionais ou porque o mercado de trabalho os pressionou a criarem seus próprios negócios. A vantagem de ter pessoas que trabalham com serviços específicos interligados é que facilita a comutação de trabalhos internos: um criador de conteúdo que não sabe como editar, manusear uma câmera ou gravar um áudio de qualidade, por exemplo, pode encontrar com facilidade alguém que entende e domina do assunto. O produto final não seria obtido caso o criador de conteúdo tivesse feito sozinho. “Quando você está trabalhando por conta própria, você tem que descobrir tudo sozinho” (SUAREZ, 2014). As indústrias tecnológicas e criativas que formam a espinha dorsal da economia do conhecimento em ascensão. Milhões de profissionais independentes estão conectados uns aos outros e a empresas em todos os continentes, localidades e redes por meio de várias plataformas tecnológicas e estão cada vez mais integrados ao sistema de produção global à medida que as grandes empresas confiam cada vez mais neles para especialização especializada, inovação e trabalho criativo. (vi) Conclusões: Ambientes de coworking favorecem a criatividade porque facilitam a cultura da troca de informações, além de ser um trabalho em conjunto, pois várias pessoas trabalham em cima de um mesmo ideal. Torna-se mais prático conhecer um sujeito que partilha do mesmo interesse em um local próprio para a criação e desenvoltura de tópicos/objetivos específicos, que englobam o interesse individual que podem se tornar coletivos. A cocriação fica mais ávida, os diálogos tomam rumos diferentes que, uma vez sozinho, não seriam tão despertos de outra forma. Em análise ao constante crescimento de influenciadores digitais e de criadores de conteúdos nas plataformas de entretenimento nos últimos anos, dá-se que a rede social é uma forte forma de comunicação e influência entre todos os gêneros e idades, além de ser uma das profissões do futuro na era digital global. Hoje, carreiras são construídas dentro das plataformas de comunicação digital, como cita Levy (1999, p. 10), “o ciberespaço entrou na era comercial - Os vendedores invadem a Internet”. Todavia, nem todos dispõem de recursos financeiros ou de um local próprio destinado a seu trabalho. O propósito é o foco na criação de conteúdo, onde o espaço atende suas necessidades pois, além de favorecer aqueles que possuem um nome no mercado, também é acessível para qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos que possuem cargos ou interesses nesse setor, além de abrir uma vasta gama de oportunidades como o de gerar empregos específicos do âmbito digital (editor de vídeo, mestre de áudios, fotógrafos, etc.), freelancers e serviços essenciais dentro do estabelecimento (diaristas, jardineiros, seguranças, etc.). A partir desta análise, a premissa é o desenvolvimento de um anteprojeto de Coworking para Campo Grande – MS: um ambiente que possua estrutura, suporte e direção para as necessidades de diversos indivíduos, principalmente criadores de conteúdo. Não se trata de apenas um nicho, mas sim como pontapé para autônomos em sua área de atuação. E, por fim, este resumo do TCC justifica-se pelo benefício que o coworking traz consigo ao oferecer uma forma mais fácil de seguir, planejar e estimular a criação, através de um anteprojeto que atenda às necessidades básicas e específicas dos indivíduos que farão uso desse estabelecimento. (vi) Referências: BOTSMAN, Rachel; ROGERS, Roo. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Bookman Editora, 2009. CAULKIN, Simon (2015): High Anxiety, FT Business Education Supplement, September, 2015. DAVIES, Alice; TOLLERVEY, Kathryn. The style of coworking: Contemporary shared workspaces. Prestel Verlag, 2013. KENLINE, Christine (2012): Defining a culture. The Paradigm Shift Toward a Collaborative Economy. Indiana University Purdue University Fort LEVY, Pierre. Cibercultura. Editora 34, 2010. SUAREZ, Ramon; SEGRETI, A. The Co-working Handbook: Learn How to Create and Manage a Successful Co-working Space. Bedfordshire: Amazon, 2014.
Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, ANDRE AUGUSTO AGUILAR DOS. ANTEPROJETO DE ESPAÇO DE COWORKING PARA CRIADORES DE CONTEÚDO EM CAMPO GRANDE - MS.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502667-ANTEPROJETO-DE-ESPACO-DE-COWORKING-PARA-CRIADORES-DE-CONTEUDO-EM-CAMPO-GRANDE---MS. Acesso em: 25/05/2025

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