O PAPEL DO ENFERMEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
O PAPEL DO ENFERMEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Autores
  • Anna Carolina Berrocal Barreto
  • Janaina Michelle Oliveira do Nascimento
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502618-o-papel-do-enfermeiro-durante-a-pandemia-da-covid-19
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Enfermagem; Covid-19; Atendimento a saúde
Resumo
RESUMO EXPANDIDO – ENFERMAGEM O PAPEL DO ENFERMEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 Anna Carolina Berrocal Barreto – (012.1029@alunos.unigrancapital.com.br) Dra. Janaina Michelle de Oliveira – ( janaina.oliveira@unigran.br ) INTRODUÇÃO: Causada pelo coronavírus denominado SARS-CoV-2, a covid-19 foi identificada na China em dezembro de 2019. Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou epidemia mundial e Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) e em 11 de março de 2020, uma pandemia. O vírus se alastrava pelos cinco continentes em decorrência da sua alta transmissibilidade (FERMO et al., 2021; MAGALHÃES et al., 2020). O trabalho desenvolvido pelos profissionais da Enfermagem sofreu transformações e passou a ser um desafio em decorrência das várias medidas adotadas para prevenção, controle e contenção dos riscos a fim de evitar a disseminação da doença (BRASIL 2021). A covid-19 se mostrou uma doença em que o distanciamento é essencial para o combate. As unidades de atendimento tiveram que se adaptar no atendimento prestado ao paciente positivo para o vírus, inclusive para a proteção dos enfermeiros, como a introdução de equipamentos de proteção individual com uso obrigatório em todos os atendimentos. OBJETIVO: descrever o papel do enfermeiro com a deflagração da pandemia pelo SARS-CoV-2. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão da literatura com a questão norteadora: Com a necessidade de distanciamento após a declaração da pandemia de Covid-19 em todo o mundo, como ficou o papel do profissional Enfermeiro durante a pandemia da covid-19? Foram utilizados os descritores: enfermagem, covid-19 e assistência a saúde. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos publicados entre 2019 a 2021 indexados na base de dados da SciELO e as cartilhas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. RESULTADOS: Foram selecionados nove artigo com metodologia predominantemente de estudo exploratório com abordagem qualitativa sobre a epidemia da covid-19. Os resultados foram separados três categorias: Pandemia e assistência em saúde; 2) Pandemia e profissionais da linha de frente. 3) Covid-19, protocolo e desafios para a enfermagem. DISCUSSÃO: Categoria 1 – Segundo Barros et al. (2020) a pandemia de covid-19 trouxe uma nova realidade de assistência à saúde em que decisões deveriam ser tomadas rapidamente visando o cuidado do paciente e suporte para os profissionais da linda de frente. O cenário pandêmico evidenciou o quanto as infraestruturas de saúde pública se mostraram incompatíveis com as necessidades da população, em especial aos fragilizados econômica, educacional e socialmente. Scarcella et al. (2020) pontua que esta fragilidade ressoa no número de mortes causado pelo covid-19, no Brasil foram 665 mil óbitos até maio de 20220, e o fato de a doença ter avançado por todos os continentes tornou os profissionais de enfermagem ainda mais essenciais na linha de frente. Barros et al. (2020) relatam que período da pandemia foi um grande desafio para a saúde, onde novos modelos tiveram que ser implementados, trazendo transformações para a enfermagem. Segundo Lima (2021) em caso de suspeita de covid-19, o profissional deve realizar o processo de enfermagem para prestar um atendimento planejado para o paciente, a fim de realizar uma assistência qualificada e com base em evidências. É preciso dar a devida atenção colhendo os dados a partir da anamnese, identificando a queixa principal, história da doença, dados sobre o histórico familiar e hábitos de vida, cumprindo a primeira etapa do histórico da Enfermagem. A cartilha do Ministério da Saúde (2021) trouxe mudanças uma vez que com a doença, o quadro de assistência em saúde passou a ter em coexistência à demanda por atendimentos com quadros agudos suspeitos ou confirmados, trazendo pressão conforme o momento. E a demanda já existente relativa às condições crônicas, que já havia sido apontada antes e que passou a ter risco de continuidade (BRASIL, 2021). O profissional Enfermeiro precisou organizar o atendimento da unidade de modo a responder a essa diversidade de demandas da população, mantendo a rotina de atendimento presencial para todas as situações necessárias, ao mesmo tempo precisou aprender a utilizar e inserir na rotina os atendimentos por meio da teleassistência, que foi uma das principais mudanças (BRASIL, 2021). Ventura et al (2020) aponta que a manutenção da integridade dos atendimentos precisou mais uma vez da decisão rápida, ficando a cargo da equipe definir a modalidade de atendimento, presencial ou teleassistência, considerando a estratificação de risco do usuário, estabilidade do quadro, vulnerabilidade social e condição de autocuidado, sendo recomendada a discussão prévia do caso e orientação para necessidade de atendimento presencial no ambulatório especializado (BRASIL, 2021). O Ministério da Saúde e os conselhos representativos de classe autorizaram a utilização da tecnologia para a realização de consulta, orientação, monitoramento e encaminhamentos à distância para usuários, a troca de informações e opiniões entre os profissionais a respeito dos casos de usuários acompanhados. O Conselho Federal de Enfermagem por meio da resolução 634/2020 autorizou e normatizou a teleconsulta de enfermagem mediante consultas, esclarecimentos, encaminhamentos e orientações com uso de meios tecnológicos (BRASIL, 2021). Categoria 2 - Desde o distanciamento necessário para evitar a contaminação, passando pelo uso de determinados EPIs várias mudanças ocorreram, conforme evidencia Ventura et al. (2020) foi uma fase onde houve um processo de reestruturação hospitalar, onde a gestão em enfermagem foi fundamental para responder as solicitações no âmbito do combate a Covid-19, e devido à rápida transmissibilidade do SARS-CoV-2, a preocupação com a criação de procedimentos para assim manter a integridade da rede de saúde pública, por meio do planejamento, treinamento dos profissionais envolvidos, e a eliminação de potenciais ou efetivos riscos de contágio do vírus, tornou-se uma preocupação constante do órgão governamental. Segundo Scarcella et al. (2020) outro ponto foi à necessidade de proteção dos trabalhadores e até mesmo afastamento de muitos profissionais devido à comorbidades e fatores de saúde laboral, fato que acabou sobrecarregando ainda mais as equipes. Ventura (2020) menciona que o acesso e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) foi amplificada, uma vez que, no âmbito da COVID-19, ficou preconizada o fornecimento adequado e suficiente de EPI aos profissionais e ainda “constituir” uma reserva estratégica local que corresponda às necessidades que emergem em contexto de pandemia. Para tal, a orientação é que os serviços de saúde devem garantir a adoção de medidas e mecanismos de proteção e promoção à saúde para todos os trabalhadores que atuam nos serviços, independente do vínculo. Para a proteção destes profissionais os órgãos responsáveis trouxeram manuais e cartilhas orientativas, uma vez que segundo o Ministério da Saúde foi necessário adotar medidas de prevenção e controle voltadas a todos os serviços de saúde, ou seja, além de atender as pessoas que necessitavam de assistência em saúde, também era preciso proteger a saúde dos trabalhadores destes serviços, fundamentais para o seu funcionamento e para preservação da vida humana (Brasil, 2021). Categoria 3 – Sobre o protocolo de manejo clínico da COVID-19 na Atenção Primária à Saúde (APS), elaborado pelo Ministério de Saúde do Brasil viu-se o protagonismo da enfermagem no combate à doença na atenção primária de saúde onde, conforme destacado por Fermo (2021) o enfermeiro exerce o cuidado profissional aos usuários com sintomas de covid-19. Nesse prisma toda densidade teórica e a complexidade estrutural do processo de trabalho dos envolvidos na atenção primária à saúde, necessita de envolvimento das equipes de saúde e ações colaborativas e comprometidas com a manutenção do direito à saúde da população. Isso eleva ainda mais o papel essencial do enfermeiro no que diz respeito ao cuidado e vigilância à saúde das comunidades. Scarcella (2020) aponta para um novo desafio para enfermagem: como assistir aos pacientes, mediante a uma crise sanitária mundial, onde recursos humanos em saúde estariam escassos e ao mesmo tempo manter o necessário isolamento social para segurança dos trabalhadores? A orientação do Ministério da Saúde foi calçada em informação, conforme diretiva os trabalhadores tinham que estar informados, treinados, conscientizados e mobilizados para ações de proteção necessárias, para ser feita a promoção de um ambiente de trabalho seguro e pleno acesso a medidas de proteção compatíveis com suas atividades de rotina e as excepcionais, como aquelas decorrentes do atendimento a covid-19. Nas consultas de enfermagem pode-se utilizar protocolos clínicos assistenciais, o que proporciona maior segurança para usuários e profissionais, previnem erros, otimizam recursos, apoiam na tomada de decisão e colaboram para a coordenação do cuidado. No atual cenário brasileiro, com respaldo legal e diante de um movimento internacional que buscou fortalecer a visibilidade e a valorização da profissão, o enfermeiro, no contexto da APS se destacou por realizar a consulta de enfermagem as pessoas com sintomas de COVID-19 de forma autônoma, resolutiva e eficaz, envolvendo o cuidado integral a pessoa e educação em saúde que reforçam as práticas de prevenção a disseminação do vírus conforme pontuou Fermo et al. (2021). Nascimento et al. (2021) aponta que a atuação do enfermeiro durante a pandemia demonstra a importância deste profissional frente as demandas de saúde da população e no enfrentamento da covid-19, assim, ampliar e legalizar as práticas assistenciais da enfermagem é crucial. CONCLUSÃO: Com a “explosão” da pandemia da covid-19 em todo o mundo e no Brasil, a Enfermagem precisou se readaptar ao novo cenário de distanciamento devido à alta taxa de transmissão covid-19, mantendo da mesma forma o atendimento de atenção primária à saúde em consonância com a nova realidade trazida pelo vírus, tendo que buscar informações sobre o assunto, entender e aplicar os protocolos apresentados pelos órgãos orientadores. O advento da vacina que veio rapidamente, os artigos e estudos sobre a covid-19 também trouxeram novos caminhos para que o papel do profissional enfermeiro, passasse um por processo de transformação para que as pessoas não ficassem sem a assistência em saúde e para a proteção dos mesmos. No que se refere à pergunta norteadora, apesar das mudanças que o distanciamento trouxe, o papel do profissional enfermeiro e todo o processo de atendimento continua primordial para o enfrentamento da Covid-19 e de outros males possa acometer a sociedade e que estes profissionais conseguiram adaptar-se as mudanças impostas e entraves da transmissibilidade do vírus, utilizando a tecnologia como grande aliada e além de tudo buscando proteger-se no exercício profissional. REFERÊNCIAS BARROS, A. Et al. Contribuições da rede de pesquisa em processo de enfermagem para assistência na pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 73, n.supl.2, p. e20200798, out. 2020. DOI: 10.1590/0034-7167-2020-0798. BRASIL. Covid-19: Guia Orientador para o enfrentamento da pandemia na Rede de Atenção à Saúde. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 254 p. v. 1. Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Covid-19_guia_orientador_4ed.pdf. BRASIL. 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Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BARRETO, Anna Carolina Berrocal; NASCIMENTO, Janaina Michelle Oliveira do. O PAPEL DO ENFERMEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502618-O-PAPEL-DO-ENFERMEIRO-DURANTE-A-PANDEMIA-DA-COVID-19. Acesso em: 06/06/2025

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