A AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO NA DETERIORAÇÃO PRECOCE DO PACIENTE NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO: PROTOCOLO MEWS

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
A AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO NA DETERIORAÇÃO PRECOCE DO PACIENTE NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO: PROTOCOLO MEWS
Autores
  • MAURA CRISTIANE E SILVA FIGUEIRA
  • Vanessa Pinto Oleques Pradebon
  • Gabriela Lourenço de Almeida
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502523-a-avaliacao-do-enfermeiro-na-deterioracao--precoce-do-paciente-na-unidade-de-internacao--protocolo-mews
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Protocolo MEWS, Avaliação de Enfermagem, Deterioração Precoce
Resumo
Introdução: O protocolo MEWS (Modified Early Warning Scores) foi originalmente proposto como uma ferramenta para informar os provedores de saúde sobre o potencial de desenvolvimento de doenças críticas em salas de emergência e unidades de alta terapia, mas rapidamente foi adotado para uso em enfermarias de hospitais. Estudos subsequentes avaliaram os benefícios de sistemas de alerta precoce, como MEWS, mas relataram respostas conflitantes, com alguns estudos mostrando benefícios, enquanto outros estudos não mostraram efeitos benéficos (ROCHA; NEVES; VIEGAS, 2016). Assim, ao abordar implementação do protocolo MEWS (Modified Early Warning Scores) que traduzido significa Sistema de Escore de Alerta Precoce, constituindo um parâmetro fisiológico utilizado em cada paciente permitindo observar o nível de consciência, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, frequência respiratória e temperatura, verificando valores como = 3. Objetivos: o objetivo demonstrar como a avaliação com o protocolo mews pode determinar a implementação na intervenção precoce para o cuidado com o paciente, identificar como ocorre a deterioração clínica de pacientes instáveis. A importância do profissional de enfermagem na identificação da deterioração precoce do paciente na unidade de internação. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica integrativa. A pesquisa foi orientada a partir da questão norteadora: “Qual a importância do protocolo MEWS no alerta precoce para reconhecimento de sinais de deterioração do paciente?” A revisão tornou-se possível a partir da sistematização de etapas, tais quais: definição do tema, pergunta norteadora, critérios de inclusão e exclusão, seleção dos estudos, análise dos estudos, interpretação e apresentação dos resultados de modo que houve a revisão e analise das fontes pesquisadas antes de organizá-las em torno de denominadores comuns encontrados (PRODANOV; FREITAS, 2013). Critérios de inclusão: A seleção dos estudos obteve a amostra da revisão a partir de critérios de inclusão basearam-se em: artigos publicados no período de 2012 a 2022 em português, que apresentassem textos completos na íntegra e publicações que respondessem ao tema proposto. Critérios de exclusão: Foram excluídos deste estudo: artigos na forma de resumos, relatos de casos, dissertações, teses, publicações não correspondentes ao período e artigos repetidos em uma das outras bases de dados pesquisadas. Estratégia de busca: A coleta de dados ocorreu no mês de agosto de 2021 a março de 2022, utilizando o operador booleano and para combinação de termos: “avaliação de enfermagem protocolo mews” and “deterioração precoce”. Dessa maneira foi elaborado através da busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library (SCIELO), artigos da Saúde. Do material obtido, encontrou-se 483 resultados os quais passaram por uma leitura completa e filtros, resultando em uma amostra de 11 artigos selecionados para o estudo, organizados contendo as seguintes variáveis: título, autor/ano/objetivo, periódico, métodos utilizados e enfoque do estudo. Resultados: No total foram selecionados 11 (quinze) artigos, entre 2012 e 2022, para compor este estudo. Quanto a metodologia empregada houve predomínio de estudos, quantitativo (5) transversal (1), descritivo (2), bibliográfico (1) de revisão integrativa (2). Discussão: Separados por categoria temática de acordo com os objetivos propostos para a resolução da questão norteadora: Categoria 1 - demonstrar como a avaliação com o protocolo mews pode determinar a implementação na intervenção precoce para o cuidado com o paciente: De acordo com Bonfada, Santos e Lima (2017) no início da década de 1990, indicadores comuns de deterioração clínica foram identificados nos prontuários de pacientes que tiveram parada cardiorrespiratória nas enfermarias dos hospitais. Os indicadores identificados foram principalmente alterações fisiológicas (frequência cardíaca elevada, pressão arterial baixa ou estado neurológico alterado) e é comum observá-los várias horas antes da própria parada cardíaca. A capacidade de identificar essas mudanças constituiu uma oportunidade potencial para intervenção precoce. Mendes, Silveira e Galvão (2018) observam, na avaliação de enfermagem, em deterioração precoce do paciente na unidade de internação, a busca por fornecer rapidamente, aos cuidadores clínicos, informações filtradas de forma inteligente sobre as condições específicas do paciente à beira do leito, o que pode melhorar o suporte à decisão clínica. Para ajudar na detecção precoce, os métodos de rastreamento e ativação do protocolo MEWS, atribui-se uma pontuação numérica a sinais e sintomas específicos que o paciente pode estar exibindo ou verbalizando. Minuzzi et al (2016) observa que além dos cinco parâmetros fisiológicos originais incluídos na maioria dos MEWS, a saturação de oxigênio e o débito urinário estão incluídos em alguns gráficos de observações do MEWS. Sinais clínicos de deterioração (palidez, sudorese, aparência indisposta) são incorporados ao MEWS. Uma multiplicidade de sistemas resulta na consistência, no reconhecimento e na resposta à deterioração clínica, necessitando de um sistema de alerta precoce MEWS padronizado. De acordo com Montenegro e Miranda (2019) e Monzon e Boniatti (2020) concordam que a implementação MEWS para monitorar os parâmetros (frequência respiratória, saturações de oxigênio, temperatura, PA sistólica, frequência cardíaca e nível de consciência) não é obrigatória em todos os hospitais, mas é defendida para melhorar os resultados dos pacientes. Dessa forma o MEWS foi proposto para alertar os profissionais de saúde sobre o desenvolvimento potencial de eventos adversos graves, incluindo o aumento não planejado do atendimento. Ademais o uso de sistemas de alerta precoce, como o MEWS, pode ser benéfico na redução da mortalidade em pacientes hospitalizados. Categoria 2 -Identificar como ocorre a deterioração clínica de pacientes instáveis: Logo para Morales (2016) pacientes com risco de deterioração rápida e doença crítica em UTI geralmente apresentam alterações anteriores em seus parâmetros fisiológicos. Atrasos no reconhecimento e no tratamento dessas alterações aumentam o risco de parada cardiorrespiratória e morte em ambientes de cuidados intensivos. Os sistemas de rastreamento e ativação, como o MEWS, demonstraram ter utilidade na identificação desses pacientes, particularmente entre pacientes médicos e cirúrgicos gerais. Assim Neto et al (2020) observa que ao passar dos anos a implementação do protocolo MEWS reduziu a taxa de mortalidade em UTIs, mas para continuar a melhorar os resultados dos pacientes, serão necessários métodos melhores para prever os estágios iniciais de deterioração e iniciar intervenções. Olino et al (2019) analisa que apesar das melhorias nos sistemas MEWS com as novas tecnologias e no monitoramento, os profissionais de saúde precisarão continuar a intervir em tempo hábil, oferecer prontamente diagnósticos diferenciais apropriados, coletar dados adicionais relevantes quando apropriado e iniciar terapias. Categoria 3 - A importância do profissional de enfermagem na identificação da deterioração precoce do paciente na unidade de internação: Quadrado e Tronchin (2012) demonstram o papel da enfermagem no reconhecimento e gestão da deterioração precoce na UTI é fundamental e para isso será importante realizar e documentar avaliações fisiológicas frequentes do paciente. Sistemas de alerta precoce são alternativas que podem melhorar a qualidade e segurança do sistema de saúde. Para Reis (2013) as escalas de alerta clínico permitem padronizar o acompanhamento, unificar formulários e aprimorar registros. Dessa forma Rocha, Neves e Viegas (2016) avaliam a escala de alerta clínico precoce como uma prevenção de deterioração evitável em indivíduos hospitalizados. Logo torna-se necessário treinar a equipe para comunicar informações e responder de forma eficaz já que, a função assistencial é o pilar sobre o qual se baseia o trabalho da enfermagem, profissão dedicada ao cuidado do paciente e, portanto, preocupada ao máximo com sua segurança. Precisamente, a implementação de um protocolo de detecção precoce de sinais de alerta permite que os profissionais de enfermagem observem, precocemente, a deterioração de um paciente hospitalizado. Conclusão: Foi possível evidenciar que a pontuação de sinais vitais e parâmetros fisiológicos básicos remove a subjetividade da avaliação do paciente e dá aos profissionais de saúde confiança na busca de aconselhamento sobre a melhor forma de gerenciar mudanças sutis na condição de um paciente. O MEWS também ajuda a qualificar as instituições e os enfermeiros de que um paciente vai se deteriorar, o que geralmente depende de mudanças sutis nos sinais vitais e comportamento antes que os sinais clínicos de deterioração apareçam. Dessa forma o monitoramento dos sinais vitais deve ser central para as iniciativas de segurança do paciente e revisões de morbidade e mortalidade nas instituições hospitalares. Assim foi possível na presente revisão integrativa que a pontuação do MEWS fornece algoritmos que são como um roteiro e um plano consistentes para a intervenção de enfermagem e promovem a comunicação imediata entre enfermeiros e outros prestadores de cuidados. Um algoritmo específico da população ou da instituição hospitalar pode ser usado em conjunto com a pontuação MEWS para aumentar a frequência e consistência da avaliação, registro e análise de dados de sinais vitais com base na condição do paciente. Contudo pesquisas, estudos e treinamentos são necessários para avaliar a integração e expansão de serviços para lidar com o protocolo MEWS atender o paciente ao menor sinal de deterioração. Referências: BONFADA, Diego; SANTOS, Marquiony Marques; LIMA, Kenio Costa, GARCIA, Ana Altés. Análise de sobrevida de idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva. 2017. Disponível em: http://www.scielo/10.1590/1981-22562017020.16013 . Acesso em: 12 de out de 2021. MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 17, n. 4, p. 758–764, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artte . Acesso em: 15 mar. 2022. MINUZZI, Ana Paula et al. Contribuições da equipe de saúde visando à promoção da segurança do paciente no cuidado intensivo. v. 20, n. 1, p. 121-129, 2016. 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Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FIGUEIRA, MAURA CRISTIANE E SILVA; PRADEBON, Vanessa Pinto Oleques; ALMEIDA, Gabriela Lourenço de. A AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO NA DETERIORAÇÃO PRECOCE DO PACIENTE NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO: PROTOCOLO MEWS.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502523-A-AVALIACAO-DO-ENFERMEIRO-NA-DETERIORACAO--PRECOCE-DO-PACIENTE-NA-UNIDADE-DE-INTERNACAO--PROTOCOLO-MEWS. Acesso em: 03/05/2025

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