ARQUITETURA TUMULAR: CEMITÉRIO E MEMORIAL CICLO DA VIDA

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
ARQUITETURA TUMULAR: CEMITÉRIO E MEMORIAL CICLO DA VIDA
Autores
  • Alan Monteiro Pereira
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Arquitetura e Urbanismo
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502322-arquitetura-tumular--cemiterio-e-memorial-ciclo-da-vida
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Arquitetura Tumular; Cemitério; memorial
Resumo
(i) Introdução: Muitas vezes deixamos questionamos a real importância de um cemitério. Dentro de um planejamento urbano a cidade fica dívida em várias áreas como; lazer, moradia, educação, saúde. A temática se encaixa em uma responsabilidade da sociedade, pois seu mau planejamento pode acarretar em contaminação do lençol freático como também a poluição do ar devido aos gases tóxicos, e outro ponto que não é observado seria seu alto valor por m2, sendo até 3 vezes mais caro que o m2 imobiliário por exemplo. Com base no exposto, elaborou-se o seguinte questionamento: Como a arquitetura pode auxiliar no planejamento de cemitérios que não agridam o meio ambiente e a saúde pública, como também minimizar espaço devido seu alto valor, e que suavize as questões psicológicas e sensoriais?(iii) Objetivo: Propor um anteprojeto de um cemitério vertical e um memorial, por meio da arquitetura tumular e jardins sensoriais, na cidade de Campo Grande, MS. (iii) Metodologia: A pesquisa classifica-se como qualitativa, ou seja, não dá para ser traduzida em números pois considera que existe uma relação entre mundo e o sujeito feita em um determinado tempo e local, sendo apresentada de forma escrita. Para o levantamento das informações, buscas foram realizadas nas plataformas do Google Acadêmico, Scielo, e Catalogo de teses de Dissertações da Capes com foco em na temática buscando palavras chaves Arquitetura sensorial, Arquitetura Tumular, Cemitério Vertical. A partir dos dados encontrados, traçou-se os estudos dos autores que falam sobre a proposta para desenvolvimento e solução da problemática. (iv) Resultados e discussão: No sentido de manifestar o entendimento optou-se por dividido em tópicos e seriam eles: Tipologias de Cemitérios, Detalhes sobre cemitérios ecumênicos, Estudos sobre jardins sensoriais, Impactos Ambientais que a temática apresenta. Segundo CAMPOS, Ana Paula Silva (CAMPOS,2007,p.16) “ A palavra cemitério vem do grego koimetérion, e do latim coemeteriu, que consequentemente significa lugar onde se dorme, lugar onde se enterra os mortos, ou somente dormitório. Popularmente conhecido como cidade dos pés juntos, cidade dos mortos, necrópoles, entre outras terminologias”. Primitivamente, cemitério era o lugar onde se dormia. Foi somente no início do século XIV, que a palavra assumiu o sentido de necrópole, de campo-santo, campo de descanso eterno. Para o embasamento será exposto as formas primitivas de sepultamento, a primeira delas é a Grécia que inicialmente uma arquitetura monumental foi criado como solução grandes blocos de pedras, as chamadas megálitos, que serviam de túmulos coletivos e tinham a hierarquia dos sepultamentos sucessivos. Já no Egito Antigo eram feitos no solo, porém com as cheias do Rio Nilo, desenterramento desses corpos era algo incontrolável. Com o passar do tempo, as primeiras medidas apresentadas pelos Egípcios são as pirâmides, construídas por pedras que no seu interior tinham tumbas, que por sua vez possuíam contato com o ar, auxiliando na decomposição dos corpos. Em Roma, deu-se início ao método de incineração ou o embalsamento do corpo. Desenvolvendo catacumbas, as quais, eram ambientes subterrâneos com aberturas retangulares que suportavam em média de 3 corpos. Na Idade Média, os cemitérios começaram a ser implantados nas cidades, no solo e sarcófagos em pedra das igrejas, tendo seu sepultamento hierarquizado de acordo com a classe social do indivíduo. Nessa época Segundo Ariès apud Thompsom (2015, p. 8) “Com esses espaços mais perto da rotina e do visual das pessoas, estes acabavam por não causar estranhamento, mas ser um espaço de convívio da população.” O cemitério, nessa época, deixou de ser somente o lugar em que se enterravam mortos, pois, assim como a igreja, era o centro da vida social. Os refugiados que, a princípio, se localizavam temporariamente nos cemitérios, começaram a permanecer em definitivo, construindo habitações e vivendo com habitualidade.Com isso, o local de paz e tranquilidade, tornou-se lugar de barulho, de comércio, devido justamente a preferência de todos por ali em travarem relações sociais e comerciais. Ali, se realizavam as procissões, os cortejos civis e militares e até a justiça, ou seja, a prestação jurisdicional do Estado, de um modo geral, era realizada nos cemitérios. Então no século XIX surge uma preocupação com a salubridade pública e se pedem mais cuidados com as sepulturas e mais decência na manutenção dos cemitérios. ocorreu uma discussão higienista que defendia o afastamento dos cemitérios em relação às cidades e às igrejas. Isso porque, os estudos realizados nas necrópoles apontaram contaminação nas águas subterrâneas, no solo e no ar. Desta forma, afetando a saúde pública com a presença de doenças. Com isso fica em evidencia o grau de importância de um cemitério, pois ele pode trazer uma serie de problemas para sociedade, devemos também sempre levar em consideração o seu alto valor de M2. Portanto para a implantação da proposta, é importante antes de tudo, a análise da legislação e normas responsáveis por essa tipologia, direcionando o projeto para uma instalação segura e dentro das leis do meio ambiente. É importante apresentar informações levantadas sobre jardins sensoriais segundo a Associação Americana de Terapia Hortícola, existe uma mudança nas plantas de acordo com seu crescimento além disso ela vai responder aos cuidados proporcionados a ela sua cor verde remete a esperança. São qualificados de elevar a autoestima, aliviar a depressão, melhorar as funções motoras, e concentração, a motivação, a resistência no trabalho e a destreza manual daqueles que manipulam. Essa é uma das razoes na grande parte dos cemitérios e crematórios existem jardins, isso é feito com a intenção de trazer paz e harmonia ao local. Quando tentamos entender melhor a sua real função, percebe-se que a existência de vegetação é benéfica em vários aspectos, entre eles; psicológico, sensorial, além do ponto de vista higiênico e sanitário, como também purifica o ar e oxigena o solo e subsolo. Consequentemente o paisagismo deve ser formado de elementos que tragam sensações positivas, composto por pedras, cascalhos, fibras, iluminação, vegetação, espelhos d’água entre outros. (V) Considerações Finais: Refletindo situação que o mundo vive com relação a pandemia do novo Corona vírus, deduziu a necessidade de discutir a temática, para que haja um planejamento melhor desses espaços com intuito de minimizar problemas tanto ambientais quanto psicológico de quem vivencia o luto. Portanto criaram-se alguns métodos para alcançar o objetivo geral, ou seja, considerar a arquitetura como principal ponto de auxílio para melhoria psicológica do público e a sustentabilidade dos cemitérios, através da análise de tipologias de cemitérios para compreender qual espécie agride menos o meio ambiente, concluindo-se que a melhor opção é o cemitério vertical. Explorando também, os aspectos de jardins sensoriais por meio de pesquisas bibliográficas para desenvolver soluções psicológicas. Pretende-se avançar em pesquisas para comprovar qual o melhor meio de construção, visando solucionar a contaminação do solo e do ar. Aprofundar no estudo de cerimonias fúnebres não só o do nosso continente como outros para propor uma proposta de cemitério ecumênico e com isso concluir um anteprojeto com soluções pontuais.
Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PEREIRA, Alan Monteiro. ARQUITETURA TUMULAR: CEMITÉRIO E MEMORIAL CICLO DA VIDA.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502322-ARQUITETURA-TUMULAR--CEMITERIO-E-MEMORIAL-CICLO-DA-VIDA. Acesso em: 09/09/2025

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