DOR EM RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: AVALIAÇÃO DA ENFERMAGEM

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
DOR EM RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: AVALIAÇÃO DA ENFERMAGEM
Autores
  • Maria Alice Vilar Nowak de Lima
  • Maura Figueira
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/502041-dor-em-recem-nascido-pre-termo-na-unidade-de-terapia-intensiva-neonatal--avaliacao-da-enfermagem
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Prematuro; Recém-nascido prematuro; Dor; Cuidado de Enfermagem
Resumo
Introdução: os recém-nascidos pré-termo (RNPT) são bebês nascidos antes das 37 semanas, que em geral apresentam imaturidade de seus órgãos e sistemas, necessitando de um período maior para sua adaptação à vida extrauterina e consequentemente de um cuidado específico (BRASIL, 2016; MONTEIRO et al., 2019). Por muitos anos, acreditou-se que os neonatos pré-termos não conseguiam sentir dor, devido sua imaturidade neurológica, sendo incapazes de receber o estimulo doloroso. No entanto, com o avanço de estudos da fisiologia da dor neonatal, pode-se comprovar que o neonato tem todos os componentes funcionais e neuroquímicos essenciais para a percepção da dor (CARVALHO et al., 2021). Com a promoção de conhecimento dos profissionais da saúde sobre a dor neonatal, é de suma importância realizar uma avaliação sistematizada, e saber reconhecer as respostas não verbais do RN, para uma atuação terapêutica nas situações possivelmente dolorosas ao paciente na UTIN (MARCONDES et al., 2017; CARVALHO et al., 2021). Objetivos: compreender como é realizada a avaliação da dor do recém-nascido pré-termo internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodologia: Revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi direcionada a partir da questão norteadora: “Como é a avaliação da dor do recém-nascido pré-termo, internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?”. Os artigos que retratam a temática referente a essa revisão integrativa, foram pesquisados nas seguintes bases de dados: Banco de Dados de Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), as quais foram selecionadas a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS): Prematuro; Recém-Nascido Prematuro; Dor; Cuidado de Enfermagem. A pesquisa ocorreu no mês de fevereiro e março de 2022. Como critério de inclusão temos artigos nacionais em português, disponíveis em texto completo na íntegra, com recorte de período de 2017 a 2021. Os critérios de exclusão foram: fora do recorte de período, manuais, estudos duplicados, teses e dissertações. Sendo assim, a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) filtrou-se as bases de dados BDENF e LILACS e utilizou-se os operadores booleanos AND e OR para associação dos DECS: “Prematuro” OR “Recém-Nascido Prematuro” AND “Dor” AND “Cuidado de enfermagem”. Resultados: levando em consideração os critérios de inclusão e exclusão, e após a leitura dos mesmos foram selecionados cinco artigos, entre os anos 2017 e 2021, para compor este estudo. Sendo três artigos na base de dados LILACS e dois artigos na base de dados BDENF. Quanto a metodologia empregada, houve predomínio de estudos com a abordagem qualitativa (três) seguidos do quantitativos (dois). Discussão: na pesquisa de Marcondes et al (2017), os profissionais da enfermagem apresentaram dificuldade na identificação da dor nos RNPT, porém reconhecem a exposição diária a procedimentos dolorosos nos bebês, mas identificam a dor principalmente pelo choro, não utilizando avalições sistemáticas ou aplicação de escalas e instrumentos que podem auxiliar na identificação da dor. O estudo ressalta, também, a dificuldade de realizar a capacitação dos profissionais, devido o fluxo intenso e rotinas do setor da UTIN, o que gera obstáculos para interpretação e mensuração de sinais álgicos dos RN’s (MARCONDES et al., 2017). O estudo de Carvalho et al (2021) relatou que a avaliação comportamental, como a presença de choro e expressão facial são as mais utilizadas pelas enfermeiras para identificação da dor no RN, entretanto, esta avaliação é realizada tardiamente, quando os neonatos já estão extremamente estressados. Portanto, no local estudado, não há padronização na avaliação e manejo da dor dos RNPT, sendo necessário a implementação de protocolo e escalas de dor como estratégia educativa com a equipe de enfermagem (CARVALHO et al., 2021). Foi identificado também o desconforto e dor relacionado aos dispositivos no RNPT, principalmente quando a equipe manipula demais o paciente. Em pesquisa realizada por Moretto et al (2019), o objetivo foi analisar a dor do RN sob a perspectiva da equipe multiprofissional da UTIN. Concluiu-se que, mais da metade dos profissionais (55,6%) não utilizam estratégias para a identificação da dor nos RN’s, o que indica que o avanço do conhecimento científico sobre a dor neonatal é, muitas vezes, obscuro aos profissionais, na qual dificulta o entendimento da equipe sobre a temática para a devida avaliação (MORETTO et al., 2019). No mesmo estudo, destacou-se que além dos colaboradores não utilizarem escalas para avaliação da dor, desconheciam o uso de medidas não farmacológicas como intervenção e prevenção da dor. Sendo assim, se faz necessário a capacitação profissional e implementação de protocolos institucionais, que estimulem a avaliação e tratamento da dor do RN (MORETTO et al., 2019). No estudo de Araújo et al (2021), foi realizada a aplicação de um questionário que abordava sobre a aplicação da escala Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) para avaliação da dor do RN. A escala é composta por seis indicadores de dor: cinco comportamentais e um fisiológico, e os indicadores avaliados apresentam uma pontuação que varia de zero a dois, na qual o escore total pode variar de zero a sete, considerando-se dor quando o resultado da soma for igual ou maior que quatro pontos (ARAÚJO et al., 2021). Os profissionais da equipe de enfermagem que participaram do estudo, demonstram o conhecimento sobre a importância da avaliação e manejo da dor neonatal, e ressaltam que realizam a aplicação da escala de NIPS e utilizam medidas não farmacológicas de prevenção e redução da dor (ARAÚJO et al., 2021). Todavia, no mesmo estudo, há um fator limitante na avaliação, pois dos 40 profissionais, 19 não aplicavam a escala, justificado pelo local em que a escala de dor aparece no sistema do hospital. A escala encontrava-se na evolução de enfermagem, tornando assim a sua utilização exclusiva aos enfermeiros, tirando a acesso aos técnicos de enfermagem e também por toda a equipe multiprofissional da unidade (ARAÚJO et al., 2021). Da Silva et al (2021), enfatiza que todos os profissionais da equipe de enfermagem que foram entrevistados utilizam as alterações fisiológicas e comportamentais observadas no RNPT para avaliar sua dor, e aplicam as intervenções não farmacológicas para o alivio e prevenção. As intervenções mais utilizadas foram: administração de soluções adocicadas, sucção não nutritiva com a técnica do dedo enluvado, diminuição da luz e aquecimento do bebê. Entretanto, apesar das profissionais de enfermagem utilizarem as medidas não farmacológicas para o alivio da dor, apresentam incompreensão relacionado a utilização dessas medidas (DA SILVA et al., 2021). Conclusão: os profissionais da enfermagem atuam de forma relevante no manejo da dor no recém-nascido pré-termo na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. O enfermeiro da equipe é o profissional de referência, e cabe a ele garantir que a infinidade de instrumentos para uma avaliação sistematizada da dor seja aplicada satisfatoriamente. Entretanto, é notável a existência da dificuldade da adesão de protocolos e escalas que visam uma avaliação sistematizada da dor do recém-nascido pré-termo pela equipe de enfermagem. Diante disso, é valido enfatizar a importância e a necessidade da capacitação profissional sobre a implementação de escala e protocolos institucionais, que visam avaliação e tratamento da dor neonatal. Pontua-se a escassez de estudos sobre a temática e espera-se que os resultados encontrados neste estudo fomentem mais pesquisas e estratégias sobre a dor neonatal, aumentando assim estudos e abordagem a respeito do manejo da dor neonatal. Referências: ARAÚJO, Beatriz Silva et al. Assessment and management of pain in the neonatal unit/Práticas de avaliação e manejo da dor na unidade neonatal. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 13, p. 531-537, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Guia de orientações para o Método Canguru na Atenção Básica: cuidado compartilhado. Brasília, 2016. CARVALHO, Silas Santos et al. Percepção da equipe de enfermagem acerca da avaliação da dor em recém-nascidos prematuros. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, v. 10, n. 2, 2021. DA SILVA, Shalimar Farias et al. Intervenções não farmacológicas no controle da dor em recém-nascidos pré-termo: conhecimento da equipe de enfermagem. Nursing (São Paulo), v. 24, n. 278, p. 5892-5901, 2021. MARCONDES, Camila et al. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre a dor no recém-nascido prematuro. Rev. enferm. UFPE on line, p. 3354-3359, 2017. MONTEIRO, Laressa Manfio et al. Benefícios do Toque Mínimo no Prematuro Extremo: Protocolo Baseado em Evidências. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 89, n. 27, 2019. MORETTO, Lidiane Cortivo Asolini et al. Dor no recém-nascido: perspectivas da equipe multiprofissional na unidade de terapia intensiva neonatal. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 23, n. 1, 2019.
Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Maria Alice Vilar Nowak de; FIGUEIRA, Maura. DOR EM RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: AVALIAÇÃO DA ENFERMAGEM.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/502041-DOR-EM-RECEM-NASCIDO-PRE-TERMO-NA-UNIDADE-DE-TERAPIA-INTENSIVA-NEONATAL--AVALIACAO-DA-ENFERMAGEM. Acesso em: 25/06/2025

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