CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

Publicado em 03/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-522-0

Título do Trabalho
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Autores
  • Marciane cruz da macena
  • Michele Batiston Borsoi
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Data de Publicação
03/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/501996-cuidados-paliativos-em-pacientes-oncologicos
ISBN
978-85-5722-522-0
Palavras-Chave
Cuidados, Paliativos, Oncologia
Resumo
Introdução: Ao abordar os cuidados paliativos associando-o com o cuidado oncológico, acredita-se que haja uma melhor qualidade de vida ao paciente, por meio de um diagnóstico de terapias adequadas. Cuidados paliativos referem-se a tratamentos que reduzem a aflição e outros sintomas, mas não combatem a doença. O objetivo é reduzir a dor e o desconforto aumentando o bem-estar (MENDONÇA; MOREIRA; CARVALHO, 2014). Assim, foi relevante apontar como se deu o cuidado de enfermagem ao paciente oncológico? Pois deve se frisar a atenção aos sintomas para que haja, de maneira de maneira eficaz o cuidado dos profissionais em enfermagem de forma ética e humanizada procurando sempre o bem-estar do paciente. Objetivos: Logo, o objetivo geral é discutir os cuidados paliativos na assistência em enfermagem, que consiste em alternativa de atenção profissional e humana aos pacientes que não podem mais ser curados, e visam preservar a mais alta qualidade de vida possível para os pacientes e seus parentes mais próximos. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa. através da busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library (SCIELO). Os descritores utilizados para a busca de dados foram definidos de acordo com os Descritores em Saúde caracterizando-se em: oncologia, cuidados paliativos e enfermagem para melhor refinar a busca de artigos nas bases de dados escolhidas para a revisão. A coleta de dados ocorreu no mês de agosto de 2021 a março de 2022. Como critérios de inclusão foram os artigos publicados no período de 10 anos, em português, que apresentam textos completos e que respondessem ao tema proposto, e já de exclusão, artigos na forma de resumos, relatos de casos, dissertações, teses, publicações não correspondentes ao período e artigos repetidos em uma das outras bases de dados pesquisadas. Resultados: No total foram selecionados 15 (quinze) artigos, entre 2012 e 2022, para compor este estudo. Quanto a metodologia empregada houve predomínio de estudos de revisão bibliográfica (6) qualitativa (3), quantitativa (2) transversal (2), descritiva (2). Discussão: De acordo com Alves et al (2019) o fim da vida e os cuidados paliativos devem ser iniciados no início do processo da doença para ajudá-lo a manter a melhor qualidade de vida, de acordo com seus desejos, pelo maior tempo possível. Os cuidados paliativos também fornecem apoio emocional e espiritual para as mulheres que lutam por suas vidas. O fim da vida e os cuidados paliativos também fornecem ajuda prática nas tarefas diárias, o objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e da sua família e amigos. O fim da vida e os cuidados paliativos baseiam-se nas suas necessidades, não no seu diagnóstico. De acordo com Andrade, Costa e Lopes (2013) os cuidados paliativos são cuidados de saúde integrados ao plano de tratamento. Para Araújo e Silva (2012) os cuidados paliativos não tratam doenças, mas ajudam a aliviar a dor e outros sintomas, ajudando o paciente que passa pelo câncer e seus entes queridos a aproveitar ao máximo o seu tempo juntos. E possível obter ajuda na dor, fadiga, ansiedade, falta de ar, náusea e depressão, em alguns casos, o médico pode fornecer cuidados paliativos. Castro e Barreto (2015) demonstram que os cuidados paliativos devem tratar sintomas físicos, sofrimento psicossocial e necessidades de planejamento de cuidados no final da vida ao mesmo tempo, é claramente necessário definir ferramentas aos Pacientes com câncer com ênfase no cuidado holístico ao paciente e à família prestado por equipes multidisciplinares. O encaminhamento precoce permite que os cuidados forneçam avaliação precoce e alívio do sofrimento e discutam o planejamento de cuidados avançados. Assim de acordo com Carvalho et al (2018) os Cuidados Paliativos são uma abordagem que melhora a qualidade de vida do paciente e das suas famílias, abordando os problemas associados a uma doença fatal, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, avaliação e aplicação de tratamentos adequados para a dor e outros problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais, desde o momento do diagnóstico da doença até a morte do paciente, continuando com o cuidado da família enlutada. Pacientes com câncer avançado e suas famílias de acordo com Cunha et al (2021) têm necessidades complexas que, quando não atendidas, podem resultar em sofrimento grave e prejudicar sua qualidade de vida, essa tarefa requer o envolvimento total de uma abordagem interdisciplinar dos cuidados paliativos, com forte ênfase na avaliação de necessidades e necessidades antecipadas, terapêutica especializada e um compromisso com a continuidade dos cuidados, o papel da equipe multidisciplinar inclui proporcionar qualidade de vida e tentar afastar o sofrimento que resulta do confronto de pacientes com perdas biológicas e psicológicas significativas. Pra Fonseca e Geovanini (2013) pacientes com câncer geralmente precisam escolher entre diferentes opções de tratamento, que podem incluir cirurgia, quimioterapia e radiação. Mas os tratamentos têm vários efeitos colaterais, como dor, náusea, vômito, fadiga, falta de ar, depressão e prisão de ventre. É aqui que entram os cuidados paliativos. Os cuidados paliativos são adequados em qualquer idade e em qualquer estágio da doença e podem ser fornecidos juntamente com o tratamento curativo. Assim para Silva et al (2014) qualquer pessoa, independentemente da idade, tipo e estágio do câncer, pode receber esse tipo de atendimento. E geralmente funciona melhor quando é iniciado logo após um diagnóstico de câncer. As pessoas que recebem cuidados paliativos juntamente com o tratamento para o câncer geralmente apresentam sintomas menos graves, melhor qualidade de vida e relatam que estão mais satisfeitos com o tratamento. Assim para Mendonça, Moreira e Carvalho (2014) pessoas com câncer em UTI sentem se preocupadas com familiares e amigos em função da distância que a doença causa, dessa maneira as equipes de cuidados paliativos são altamente capacitadas na comunicação com os pacientes e suas famílias e podem ser muito importantes para ajudar todos os envolvidos a corresponderem aos seus objetivos com suas opções de tratamento. Queiroz et al (2013) descrevem os membros da equipe de cuidados paliativos na atenção primária como primordiais para conversar sobre depressão, ansiedade e preocupações com a imagem corporal. As equipes de cuidados paliativos fornecem apoio não apenas aos pacientes, mas também a suas famílias, que também sofrem angústia diante da doença. Sentindo-se apoiados por especialistas em cuidados paliativos, os membros da família são mais capazes de apoiar seus entes queridos. Hermes e Lamarca (2013) descrevem que quando as equipes de cuidados paliativos como os profissionais em enfermagem trabalham em parceria com especialistas em câncer, as pessoas que vivem com câncer experimentam sintomas reduzidos, melhor comunicação e atendimento psicológico e espiritual, eles também têm alguém para ajudá-los a planejar o futuro. Uma vez controlados os sintomas, os pacientes podem voltar às atividades diárias. Contudo Theobald et al (2016) o profissional de enfermagem deve ser capaz de ajudar o paciente a lidar com todos os pensamentos e sentimentos que está sendo vivenciando, se assim desejar, e ajudá-lo a manter a esperança de que haja vida após a morte. Claramente, o papel do enfermeiro em cuidados paliativos é essencial. Contudo a área de enfermagem vem avançando acerca do tema cuidados paliativos nos últimos anos, e isso é uma realidade não apenas no Brasil, mas também em todo o mundo. Conclusão: Os pacientes com câncer têm necessidades físicas, psicossociais e espirituais complexas que evoluem ao longo da trajetória da doença. Os cuidados paliativos incluem o tratamento dos sintomas físicos, bem como a abordagem das necessidades psicossociais e espirituais. Quando essas necessidades são atendidas, a qualidade do atendimento melhora, os custos diminuem e as metas são alinhadas entre a assistência prestada ao paciente e sua família. Dessa forma pode-se dizer que os cuidados paliativos têm efeito sinérgico na sobrevida global, ao mesmo tempo em que melhora os resultados na satisfação do paciente e na qualidade de vida, merece sua inclusão no tratamento oncológico padrão. É papel do enfermeiro não só tratar apenas da doença, mas também apresenta- lá como possibilidade de fortalecimento do indivíduo que é cuidado. Pesquisas são necessárias para avaliar a integração e expansão de serviços de cuidados paliativos de alta qualidade para atender às demandas de uma população crescente de câncer REFERÊNCIAS ANDRADE Cristiane Garrido; COSTA Solange Fátima Geraldo, LOPES Maria Emília Limeira. Cuidados paliativos: a comunicação como estratégia de cuidado para o paciente em fase terminal. Revista Ciência saúde coletiva. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v18n9/v18n9a06.pdf Acesso em 7 de abr. de 2022. ARAÚJO, Mônica Martins Trovo de; SILVA, Maria Júlia Paes da. 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Título do Evento
3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MACENA, Marciane cruz da; BORSOI, Michele Batiston. CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/501996-CUIDADOS-PALIATIVOS-EM-PACIENTES-ONCOLOGICOS. Acesso em: 10/07/2025

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