GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Emily Leonel Ramires; MAURA CRISTIANE E SILVA FIGUEIRA

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Trabalho

Título do Trabalho

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Autores

Emily Leonel Ramires
MAURA CRISTIANE E SILVA FIGUEIRA

Modalidade

Resumo expandido

Área temática

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Data de Publicação

03/01/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/501344-gravidez-na-adolescencia-como-problema-de-saude-publica

ISBN

978-85-5722-522-0

Palavras-Chave

Gravidez na adolescência; Educação em saúde; Papel do profissional de Enfermagem.

Resumo

INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), “entende-se como adolescente a faixa etária de 10 a 19 anos” (BRASIL, 2007a, p.7). Em algumas literaturas pontuam que as dificuldades no sucesso das tarefas de desenvolvimento da adolescência, elevado índice de abandono escolar, diminuição das oportunidades de realização profissional, maior percentagem de divórcios e maior risco de complicações médicas maternas e infantis, são complicações de uma gravidez na adolescência (NETO, 2010; PARIZ, MENGARDA e FRIZZO, 2012; ARAUJO, 2018). Uma gestação na adolescência é considerada de risco tanto para a gestante como quanto para o feto, pois as características fisiológicas e psicológicas da adolescência fazem com que uma gestação nesse período seja de risco. As adolescentes podem sofrer mais intercorrências durante gravidez, e podem ser associadas as inúmeras complicações como tentativas de aborto, hipertensão, desnutrição, sobrepeso, (pré) eclampsia e depressão pós-parto (DIAS, TEIXEIRA, 2010). A enfermagem tem um papel de extrema importância na saúde da família, pois tem uma visão ampla de cuidado, contribuindo para uma assistência humanizada. Os profissionais, juntamente com as escolas e o Programa de Saúde na Escola (PSE), fazem uma junção entre os temas sobre saúde e educação, fazendo com que se tenha a conscientização dos jovens, buscando a diminuição da gravidez na adolescência. OBJETIVO: Pontuar fatores que desencadeiam a gravidez na adolescência; evidenciar a importância do trabalho do enfermeiro nas ações educativas sobre contraceptivos e elencar a importância do Programa de Saúde na Escola (PSE) na prevenção da gravidez na adolescência. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva como revisão integrativa da literatura, cujo objetivo foi elencar as respostas obtidas para a questão norteadora: Quais os fatores desencadeantes para o aumento da gravidez na adolescência? A busca dos estudos foi realizada nas seguintes bases de dados: Banco de Dados em Enfermagem – Bibliografia Brasileira (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) através do Portal Virtual da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) utilizando-se como descritores: Gravidez na adolescência, educação em saúde e papel do profissional de Enfermagem, de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DECS). Foram utilizados materiais institucionais publicados pelo Ministério da Saúde por considerar-se fundamentadores das políticas em saúde nas temáticas. Como critérios de inclusão foram considerados artigos publicados a partir do ano de 2010 cujo conteúdo somou com os objetivos propostos com textos na integra, artigos na língua portuguesa, e exclusão por leitura de título e como exclusão foram artigos que não tiveram consonância com o tema. As associações nas bases de dados foram por meio do operador booleano AND e OR. RESULTADOS: Dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 15 artigos, entre os anos de 2010 e 2021 que tenha consonância com a temática, para compor este estudo. Foi selecionado um artigo na BVS, cinco na LILACS, cinco na BDENF e quatro na SciELO. DISCUSSÃO: Categoria 1: Gravidez na Adolescência-aspectos sociais: Segundo Ribeiro et al (2016a) a gravidez na adolescência é pouco falada e a prevenção é tabu entre as famílias e nas escolas e os profissionais da saúde têm dificuldades para falar a respeito. Dependendo do contexto social em que a adolescente vive, o significado da gestação, assim como o impacto dessa experiência de vida no desenvolvimento da jovem, pode assumir diferentes contornos. Ferreira (2016) destaca que a gravidez na adolescência não é um fenômeno homogêneo, e que falar sobre a prevenção deve ser de acordo com o nível socioeconômico e o modo de criação familiar da adolescente, podendo fazer com que este assunto não seja abordado na fase em que mais precisa de orientação sobre sexualidade, pois julgam desnecessário abordar a respeito por achar o conteúdo vulgar para a idade, e compreender que falar sobre o assunto vai despertar a curiosidade e induzir a erro. Ottoni et al (2012) aborda que a percepção sobre a gravidez na adolescência no nível socioeconômico tem abandono na trajetória profissional e escolar para se dedicarem a um filho, considerando a gravidez um retrocesso nessa fase da vida, tanto social quanto econômica. Lima et al (2017) justifica em seu estudo que a gestação na adolescência é enfrentada com dificuldade pela transformação repentina de realidade, uma vez que a maioria é despreparada fisicamente, psicologicamente, socialmente e economicamente para exercer o papel materno. Afirmam, também, que as adolescentes têm dificuldade em compreender as consequências do próprio comportamento, momento em que, geralmente ocorre a gravidez, pois se sentem invulneráveis e que nada pode acontecer repentinamente. Demonstrando a consequência da falta de educação em saúde sobre os métodos contraceptivos na juventude, ainda pode-se afirmar que esta consequência está vinculada a falta de informação dentro do âmbito familiar, seja a falta por conhecimento ou cultural. Categoria 2-Conhecimento sobre Métodos contraceptivos: Vieira et al (2017) abordam que a prevenção da gravidez é uma troca entre profissionais de saúde e as adolescentes baseadas em ações específicas sobre o sexo seguro e responsável, os métodos contraceptivos, a gravidez não planejada e suas consequências e das infecções sexualmente transmissíveis, mas que existe uma grande dificuldade para alcançar esse público por não ter procura na unidade de saúde para saber a respeito ou eles não levam a sério as ações realizadas. Silva e Silva (2019) apontam que a maioria dos adolescentes usam métodos contraceptivos na primeira relação sexual. O uso de um método diário e contínuo não é frequente, mostrando que o uso mais frequente é de preservativos e anticoncepção de emergência (AE), mas deixa em aberto como é realizado esse uso, se é de forma orientada ou não. Ribeiro et al (2019) apontam que as relações sexuais têm começado a aparecer cada vez mais, fazendo com que a percepção sobre os métodos contraceptivos aconteça precocemente. Com isso, apontou que a maioria dos adolescentes conhece e julgam desnecessário o uso deles. Categoria 3-Papel do Profissional de Enfermagem na Atenção Primária: Ribeiro et al (2016b) abordam que muitos jovens não sentem segurança em falar sobre sexualidade entre os familiares, na escola ou na unidade de saúde, pelo preconceito existente em relação a qual idade é correta para ter ou não relações sexuais, com isso, esses adolescentes acabam realizando de forma incorreta. A Atenção Básica (AB) ou Atenção Primária à Saúde (APS), é essencial no processo de promoção da educação sexual e na prevenção da gravidez na adolescência, mas é preciso que os profissionais estejam capacitados para realizar de forma correta e clara. Ribeiro et al (2016b) dizem que o enfermeiro tem o papel essencial no desenvolvimento de habilidades preventivas e educativas com os adolescentes, criando grupos e estratégia para abranger as temáticas, utilizando de meios diversos para a educação em saúde, como por exemplo fazendo parcerias com as escolas que abrem as portas para a orientação. A equipe de Enfermagem está inclusa em toda ação educativa, uma vez que devem estar providos de conhecimentos para a realização de busca ativa e identificação dos problemas mais encontrados entre os adolescentes, o que facilita na elaboração de intervenções para o problema específico para a realização de métodos que de fato irá fazer uma mudança parcial ou total no problema identificado. Uma porta aberta para a introdução da temática é o Programa Saúde na Escola (PSE), uma política intersetorial instituída em 2007 com a finalidade de levar a atenção primaria em saúde nas redes públicas de educação, disponibilizando a articulação entre escola e Atenção Primária é a base do Programa Saúde na Escola, possibilitando o alcance e adesão da população infantojuvenil levando a promoção e prevenção a saúde dando abertura para trabalhar sobre a gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos (BRASIL, 2007b). CONCLUSÃO: Observa-se que a gravidez indesejada na adolescência é recorrente por diversos fatores, o mais predominante é o conhecimento ineficaz dos métodos contraceptivos por parte desse grupo. Outro fator que está presente, é a acessibilidade dos métodos, mesmo que o SUS forneça o acompanhamento de planejamento familiar, os pais e os adolescentes não têm conhecimento o bastante para procurar essa assistência. Sabe-se que o alcance desse público é difícil, uma vez que, as questões socioeconômicas e culturais influenciam no conhecimento sobre o assunto, tendo assim, como apoio o PSE, que permite a entra da equipe de enfermagem para abordar de forma clara a temática. Portanto a equipe de enfermagem deve estar capacitada para lidar com tal assunto e público, deixando pensamentos pessoais e culturais de lado. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. MARCO LEGAL- saúde, um direito de adolescentes, p.7. Brasília-DF. 2007a. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/07_0400_M.pdf. Acesso em: 26 out. 2021. ________. Ministério da Saúde. Programa Saúde da Escola. Brasília-DF. 2007b. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pse. Acesso em: 29 out. 2021. XIMENES NETO, Francisco Rosemiro Guimarães et al. Gravidez na adolescência: motivos e percepções de adolescentes. Revista Brasileira de Enfermagem. 2010, v. 60, n., pp. 279-285. 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Título do Evento: 3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

RAMIRES, Emily Leonel; FIGUEIRA, MAURA CRISTIANE E SILVA. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/501344-GRAVIDEZ-NA-ADOLESCENCIA-COMO-PROBLEMA-DE-SAUDE-PUBLICA. Acesso em: 04/05/2025