VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PAPEL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO

dhanyely pereira motta de oliveira; Maura Figueira

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Trabalho

Título do Trabalho

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PAPEL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO

Autores

dhanyely pereira motta de oliveira
Maura Figueira

Modalidade

Resumo expandido

Área temática

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Data de Publicação

03/01/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conigran2022/498679-violencia-intrafamiliar-contra-criancas-e-adolescentes--papel-do-profissional-enfermeiro

ISBN

978-85-5722-522-0

Palavras-Chave

Violência Doméstica, Criança e Adolescente, Família, Rede de Proteção, Enfermagem

Resumo

Introdução: A violência intrafamiliar no Brasil é toda ação ou omissão que prejudique o bem estar e a integridade física ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família, é um problema de saúde pública onde inclui a gestão do sistema único de saúde e abrange profissionais de saúde de várias áreas. (BRASIL, 2002), Por isso é importante a capacitação dos mesmos, bem como a capacitação dos que atuam na linha de frente dos hospitais como os enfermeiros. Este tem o primeiro contato com a vítima, realizando entrevista, histórico, registro exame físico. Os dados fornecidos pela entidade apontam ainda que durante a pandemia os casos aumentaram, como consequência do isolamento social e fechamento de escolas, que mantém as crianças e adolescentes em casa por mais tempo, logo mais suscetíveis e vulneráveis a violência intrafamiliar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2020). Objetivos: A pesquisa tem como objetivo descrever quais as ações o enfermeiro realiza frente a violência intrafamiliar de crianças e adolescentes na atenção primária a saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa que buscou elencar as ações realizadas pelo profissional de enfermagem em frente da violência intrafamiliar de crianças e adolescentes. Para a busca dos artigos foi adotada as bases de dados Scielo, biblioteca virtual em saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) no período de 2016 a 2021, foram realizados os cruzamentos dos descritores: Violência Doméstica; Criança e Adolescente; Família; Rede de Proteção e Enfermagem. Realizou-se a junção dos descritores ¨Violência intrafamiliar¨ e ¨Criança e Adolescente¨ presentes na base de Descritores em Ciências de Saúde (DECS) combinados com o operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, dentro do período proposto e que preenche os critérios do assunto. E os excluídos foram artigos publicados em outras línguas, como inglês e espanhol. resumos fora do tema escolhido, e fora do período. Resultados: Após as associações de descritores, a pesquisa em base de dados resultou em 83 artigos na LILACS, 119 na BVS e 51 na SciELO, após a leitura dos resumos, foram excluídos os artigos que não responderam não alcançando o objetivo proposto, ao total permaneceram 07 artigos que estavam no critério de inclusão e assim selecionados 2 na base LILACS, 1 na BVS e 4 na SciELO. Discussão: Atualmente na sociedade vem crescendo o número de casos de violência contra crianças e adolescentes, principalmente no ambiente familiar. Por ser uma questão de saúde pública é necessário acompanhamento dos profissionais de saúde e jurisdição pública, por isso o profissional enfermeiro é imprescindível nesse caso tendo a obrigação de não se calarem diante de um caso como esse, denunciando e promovendo cuidado as vítimas de violência. (FREITAS, et al, 2021). Com a pandemia da COVID-19, foram registrados aumentos nos casos de violência da população infantil, pois pelas medidas de distanciamento social foram fechadas creches e escolas atingindo mais de 23 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. As atividades do ensino foram feitas por meio de vídeo conferência em suas casas, e assim teve um aumento de convivência das crianças e seus familiares, sendo registrados de 2018 a 2019 um aumento de 13,9% em dados de denúncias de violências (CABRAL, et al, 2021), de acordo com Ribeiro, Fernandes e Melo (2021) demonstrou que, na visão dos profissionais de saúde, a rede de proteção é um conjunto de serviços para prevenir, acompanhar e diminuir a violência, envolvendo instituições, recursos humanos e organizações, trabalhando em conjunto com uma equipe multiprofissional, porém os profissionais contam com alguma limitações e dificuldades como o desconhecimento dos serviços integrantes da rede de proteção, a falta de estrutura e recursos humanos e o medo dos profissionais em atuarem nesses casos de violência, é por isso que Ribeiro, Fernandes e Melo (2021) afirmaram que dessa maneira necessita incluir no seu trabalho, pesquisas, ensinamentos e estudos de acordo com o código de ética de enfermagem para proporcionar aos profissionais mais segurança na atuação nessa temática, bem como para a assistência que deve ser prestada, realizando a análise da situação para a identificação de sinais de violência. Entretanto, muitos profissionais têm déficit no conhecimento sobre esta abordagem para lidar com a situação, e a enfermagem por ter um contato mais direto com a comunidade precisa ter um cuidado maior com as crianças e adolescentes. A responsabilidade do enfermeiro com as crianças e adolescentes no momento da admissão, é fazer uma anamnese e exame físico detalhado para identificar suspeita de violência, mas agindo com cuidado no atendimento para detectar suspeita ou confirmação da violência. As ações do enfermeiro em relação a casos de violência contra crianças e adolescentes é orientada pelo artigo 13 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, no que diz, que todos os casos de suspeitos ou confirmados de maus tratos devem ser comunicados ao conselho tutelar (FREITAS, et al, 2021). Na consulta de enfermagem podem ser identificados casos de violência física, sexual, psicológica e negligência. A característica que mais é manifestada na vítima é o silêncio, pois as vítimas sofrem ameaças e tem medo de denunciar os agressores. Na consulta podemos suspeitar de violência, comportamentos suspeitos dos responsáveis durante a explicação do motivo que levou a paciente a se consultar, insegurança da paciente ao falar na consulta, por isso precisa ter o conhecimento científico sobre o assunto para saber prosseguir diante de uma suspeita de violência (SCHEK, et al, 2017), o conselho tutelar e o setor de saúde precisam integrar-se, sendo a atenção primária a porta de entrada da população e o setor de saúde, nesse contexto, é responsável pelo diagnóstico dessas ocorrências, e deste modo identificá-los e encaminhá-los ao conselho tutelar para prosseguir com o encaminhamento e tomar as providências necessárias, atuando centrado nos princípios legais que constam no Estatuto da Criança e do Adolescente. (LIRA, et al, 2018). Deste modo, é indispensável a capacitação do profissional enfermeiro para prevenir, identificar e realizar o diagnóstico da violência recorrendo a investigações no momento da assistência assegurando a integridade física e emocional da criança e adolescente (RIBEIRO, FERNANDES, MELO, 2021). Conclusão: A pesquisa permitiu demonstrar os tipos de violência intrafamiliar e o papel do profissional enfermeiro no serviço de atenção primária, bem como identificar os sinais realizando a anamnese e exame físico, e a sua conduta diante de confirmação de violência. Os dados analisaram a falta de capacitação de profissionais sobre o assunto, por isso é importante o conhecimento e capacitação na área para realizar o atendimento na atenção primária. O estudo mostrou as dificuldades dos profissionais de saúde em identificar os sinais de violência intrafamiliar por não ter conhecimento necessário sobre o assunto e por isso acaba não intervindo da maneira certa. Conclui-se o artigo com o intuito de oferecer informações importantes sobre o tema e assim disponibilizar material para contribuir na capacitação dos profissionais de enfermagem. Referências BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: Acesso em: 17 out. 2021. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Mais de 100 mil crianças e adolescentes morreram vítimas de agressões na última década. Sociedade Brasileira de Pediatria. 2021. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/mais-de-100-mil-criancas-eadolescentes-morreram-vitimas-de-agressoes-na-ultima-decada/>. Acesso 17 de outubro de 2021. RIBEIRO, Fernanda Maria Araújo; FERNANDES, Flávia Emília Cavalcante Valença; MELO, Rosana Alves. Rede de proteção a crianças e adolescentes em situação de violência na visão dos profissionais. Rev baiana enferm. 2021;35:e42099. FREITAS, Rodrigo Jácob Moreira de; LIMA, Catariny Lindaray Fonseca de; COSTA, Tereza Amélia de Morais; BARROS, Andressa de Sousa; MOURA, Andressa de Sousa; MONTEIRO, Ana Ruth Macêdo. Violência intrafamiliar contra criança e adolescente: o papel da enfermagem. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, [S. l.], v. 13, p. 1154–1160, 2021. DOI: 10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.8822. Disponível em: http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/8822. Acesso em: 27 abr. 2022. CABRAL, Ivone Evangelista; CIUFFO, Lia Leão; SANTOS, Márcia Pestana; NUNES, Yan do Rosario; LOMBA, Maria de Lurdes. Diretrizes brasileiras e portuguesas de proteção à criança vulnerável à violência na pandemia de COVID-19. Rio de Janeiro. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0045. LIRA, Samira Valentim Gama; MOREIRA, Deborah Pedrosa; CARNEIRO, Gerarda Maria Araújo; NORONHA, Ceci Vilar; VIEIRA, Luiza Jane Avre de Souza. 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Título do Evento: 3º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2022
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, dhanyely pereira motta de; FIGUEIRA, Maura. VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PAPEL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO.. In: Anais do 3º CONIGRAN - Congresso Integrado da UNIGRAN Capital 2022.. Anais...Campo Grande(MS) Rua Abrão Júlio Rahe, 325, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2022/498679-VIOLENCIA-INTRAFAMILIAR-CONTRA-CRIANCAS-E-ADOLESCENTES--PAPEL-DO-PROFISSIONAL-ENFERMEIRO. Acesso em: 28/06/2025