COMPLICAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE PREENCHIMENTO FACIAL

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
COMPLICAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE PREENCHIMENTO FACIAL
Autores
  • Patricia Goncalves da Silva Barcelos
  • THABATA ATHAYDE TEIXEIRA
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/374249-complicacoes-nos-procedimentos-de-preenchimento-facial
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Ácido hialurônico, Complicações, Envelhecimento, Preenchimento.
Resumo
Introdução: O sistema tegumentar é constituído pela pele e tela subcutânea, juntamente com os anexos cutâneos. Recobre toda a superfície corporal, sendo constituído por uma porção epitelial, a epiderme, e uma porção conjuntiva, a derme. Abaixo e em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme, também denominada de tela subcutânea, que embora tenha a mesma origem e morfologia da derme não faz parte da pele, servindo apenas de suporte e união desta camada com os órgãos subjacentes e permitindo à pele uma considerável amplitude de movimento (RIBEIRO,2010). O processo de envelhecimento é o principal responsável pelas mudanças da anatomia superficial da face, conferindo a ela um aspecto desarmônico. É um processo multifatorial que tem sido amplamente estudado. As mudanças na pele, no esqueleto facial e nos tecidos moles desempenham papéis contributivos e são considerados os pilares do envelhecimento, a flacidez da pele resultante do adelgaçamento epidérmico, da perda de colágeno e da elastose dérmica que ocorrem ao longo do tempo contribuem para o aparecimento de rugas características da face envelhecida, conforme descrito por Luvizuto (2019). O mesmo, relata que os preenchedores injetáveis são indicados especialmente nas regiões de sulco nasogeniano, sulco labiomentoniano, periorbital, rugas da glabela, e aumento de áreas deprimidas, como contorno maxilar e mandibular, corrigindo alterações precoces e tardias. O autor Luvizuto (2019) explica que o objetivo principal do tratamento deve ser avaliado para cada paciente, bem como a seleção do material de preenchimento e a técnica de injeção, sendo necessário considerar a anatomia facial para definir o planejamento estético e obter resultados equilibrados e naturais, idade do paciente, comorbidades médicas, disposição para o tempo de inatividade e custo. Objetivo: discutir em revisão de literatura as Complicações nos Procedimentos de Preenchimento Facial de conhecimentos para as pessoas que buscam realizar algum procedimento de preenchimento facial, bem como aos profissionais que aplicam a técnica, tendo ainda por objetivo demonstrar as principais complicações que podem ocorrer em procedimentos de preenchimento facial, as quais podem levar à danos físicos decorrentes possivelmente de erros do profissional ou por rejeição do organismo ao produto injetado. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica do tipo descritivo, exploratório e qualitativo, com o tema Complicações nos Procedimentos de Preenchimento Facial por meio de pesquisas em artigos científicos publicados no intervalo de 2010 a 2020 nas bases Scielo e Google acadêmico, bem como livros de uso pessoal e do acervo da biblioteca da Unigran Capital do ano 2010 a 2020. Os materiais obtidos foram pesquisados de forma independente pelos autores seguindo os critérios de inclusão: artigos relacionados a envelhecimento e pele, preenchedores e complicações. Sobre o processo de envelhecimento, o autor Luvizuto (2020), relata que é o principal responsável pelas mudanças da anatomia superficial da face, conferindo a ela um aspecto desarmônico. Resultados: Tedesco (2019), relata que algumas situações sistêmicas podem desencadear complicações advindas do uso do AH como preenchedor, embora pouco frequentes. O mesmo, ainda relata que é importante que o profissional e o paciente entendem que reações como dor leve, edema e eritema no local são consideradas reações normais e esperadas. Estes sinais e sintomas são observados entre 2 e 3 dias e podem ser minimizados por terapias adjuvantes. Conforme relatado por Luvizuto (2019), previamente após a realização do procedimento de preenchimento, o paciente deve ser orientado quanto ao surgimento de efeitos colaterais, que não são considerados complicações, pois são reações comuns ao uso do ácido hialurônico. Discussão: O autor, TEDESCO (2019) afirma que situações sistêmicas podem desencadear complicações advindas do uso do AH como preenchedor, embora pouco frequentes. Previamente à realização do procedimento de preenchimento, o autor LUVIZUTO (2019) afirma que o paciente deve ser orientado quanto ao surgimento de efeitos colaterais, que não são considerados complicações, pois são reações comuns ao uso do ácido hialurônico. SOUZA (2020) relata que não tem como evitar totalmente o surgimento da equimose, pois, existem fatores importantes relacionados com a paciente como uso de determinadas medicações e também pacientes geneticamente predisponentes à equimose por deficiência de proteína C e proteína S. Diferente do autor TEDESCO (2019), o mesmo afirma que diferente da equimose, no hematoma o coágulo sanguíneo forma uma massa palpável com aumento de volume da pele. LUVIZUTO (2019), afirma que o angioedema ocorre em algumas horas após a exposição, embora as reações podem ser graves e durar várias semanas, mas que ele irá diminuir dentro de dias e com uso de medicações para se obter a melhora. Em relação à dor, pode ser prevenida através da anestesia, conforme SOUZA (2020) detalha dentro do seu contexto. Existe dificuldades da aplicação da anestesia na face por conta do nervo trigêmeo que é o responsável pelas inervações de toda a face. No enfisema é observado um inchaço macio dos tecidos conforme descrito por TEDESCO (2019). O mesmo ainda relata que relata que a morte tecidual é como resultado de isquemia, apesar de rara, é uma complicação potencial na injeção de preenchedores faciais. Contudo, em relação a prevenção da ptose e de alterações da função muscular da face, SOUZA (2020) relata que está relacionada com a precisão da dose injetada, e afirma que com isso conseguimos ter a prevenção da ptose em quase 100% dos casos. Em relação à infecção, LUVIZUTO (2019) afirma que qualquer procedimento que quebre a superfície da pele possui o risco de infecção e a injeção de preenchedores dérmicos não é exceção, e ainda afirma que essas infecções podem ser de origem bacteriana ou viral. O mesmo relata ainda, que abscesso é uma complicação rara em preenchimentos e que pode ocorrer a qualquer momento entre 1 semana e 1 ano após o procedimento, podendo permanecer durante meses. SOUZA (2020) explica que nem para a toxina, nem para o preenchedor, nós invadimos a órbita e que a forma de prevenção para uma alteração de função ocular está relacionada com o desenvolvimento da técnica aplicada. Em relação às complicações tardias, SOUZA (2020) relata que a prevenção de alguns processos inflamatórios crônicos como nódulo, granuloma e lesões crônicas envolve o cuidado de anamnese e exame físico e os protocolos de prevenção de infecção. O mesmo ainda relata sobre o surgimento de cicatrizes hipertróficas e queloides, onde detalha que é muito importante ter todo o cuidado no manuseio do tecido que está sendo manipulado, já que se trata de um tecido vivo. Onde ocorre menos trauma, menor a reação do tecido, e menor a chance de cicatriz hipertrófica ou surgimento de um queloide. LUVIZUTO (2019) relata que reações alérgicas podem se iniciar na primeira semana após a aplicação do produto, podendo se estender até o período de 1 a 6 meses. No trajeto de aplicação do preenchedor há edema, eritema e hiperemia. TEDESCO (2019) relata que o efeito tyndall se apresenta na pele com uma coloração azulada que pode ser observada em situações onde um bolus particulado de ácido hialurônico implantado na derme superficial dispersa a luz que o atinge. Todos os autores concordam que independentemente da quantidade ou modo de aplicação de um produto preenchedor o paciente poderá ter algum tipo de complicação durante ou após o procedimento. Além disso, entre essas complicações apresentadas foram mencionadas as cicatrizes inestéticas, podendo ser hipertrófica ou queloide, da qual podemos considerar uma complicação grave para o paciente, levando-se em conta principalmente a autoestima do mesmo. Considerações finais: Concluiu-se que as complicações podem ocorrer tanto imediatas quanto tardias, podendo levar à danos físicos decorrentes possivelmente de erros por parte do profissional que aplicou a técnica, ou mesmo por rejeição do organismo ao produto que foi injetado. Pode-se sugerir que tenha mais estudos relativos sobre as complicações nos procedimentos de preenchimento facial, para que outras possíveis dúvidas possam ser esclarecidas. Referências 1. LUVIZUTO,E.; QUEIROZ, T. Arquitetura Facial. 1ª ed. Nova Odessa – SP: Napoleão, 2019, p.26-28-70-264-265-425. 2. RIBEIRO, C. de J. Cosmetologia aplicada à dermoestética. 2ª ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. 3. SOUZA, A. Guia Prático da Anatomia da Beleza e do Rejuvenescimento MIPPS Procedimentos Minimamente Invasivos em Cirurgia Plástica. 2.ed. Nova Odessa - SP: Napoleão, 2020, p.46-55-57-63-67-69-98-104. 4. SOUZA, A. Prevenção e Manejo das Complicações em Harmonização Facial. 1ª edição. Nova Odessa – SP: Napoleão, 2020. 5. TEDESCO, A. Harmonização Facial a nova face da odontologia. 1ª ed. Nova Odessa – SP: Napoleão, 2019, p. 188-189-204-432-438-442.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BARCELOS, Patricia Goncalves da Silva; TEIXEIRA, THABATA ATHAYDE. COMPLICAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE PREENCHIMENTO FACIAL.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/374249-COMPLICACOES-NOS-PROCEDIMENTOS-DE-PREENCHIMENTO-FACIAL. Acesso em: 27/05/2025

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