A ENFERMAGEM E A APLICABILIDADE DO REIKI COMO TERAPIA COMPLEMENTAR DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE SUS

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
A ENFERMAGEM E A APLICABILIDADE DO REIKI COMO TERAPIA COMPLEMENTAR DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE SUS
Autores
  • Maisa Chimrnez ribeiro
  • Maura Figueira
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/364289-a-enfermagem-e-a-aplicabilidade-do-reiki-como-terapia-complementar-de-assistencia-a-saude-na-rede-sus
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Reiki, Sistema Único de Saúde, Terapias Complementares e Integrativas e Enfermagem.
Resumo
INTRODUÇÃO: Existe no contexto doutrinário um número considerável de obras que detalham estudos sobre a evolução na medicina, principalmente sobre como o avanço tecnológico tem propiciado novos patamares na assistência à saúde. O Reiki, oficialmente denominado Shin Shin Kaizen Usui Reiki Ryoho, que em japonês remete a tradução simples de “energia universal’, podendo ser compreendido como uma prática terapêutica não invasiva, segura, suave, realizada através da colocação das mãos, onde se utiliza a energia universal para tratar problemas de ordem física, sem recorrer a pressão, manipulação ou massagem na pessoa atendida (COUTINHO, 2017; SOUZA, SEVERINO e VIEIRA, 2011; JAQUES NETO e KESSLER, 2016). Esta técnica não é uma terapêutica física, é considerado um sistema holístico que trata, equilibra e restaura a harmonia de todas as dimensões do indivíduo, ou seja, o corpo, a mente e as emoções, podendo também ser utilizado para incrementar o conhecimento e o crescimento pessoal. O Brasil, por meio do Ministério da Saúde, editou em 2006 as Portarias nº 971 e nº 1.600, aprovando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2015) atendendo as recomendações internacionais estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares passou a disciplinar sobre a interação entre os sistemas médicos complexos e os recursos terapêuticos que já estavam estabelecidos na comunidade científica. A utilização do método Reiki na rede SUS, as ações de promoção sobre os conceitos, as técnicas, e a disseminação do conhecimento sobre a importância e os benefícios ainda caminham de forma progressiva. OBJETIVO: Conhecer a importância e a efetividade do Reiki na assistência à saúde proposta na rede SUS. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura a partir da seleção de obras elaboradas entre os anos de 2012 e 2021 e como critérios de inclusão dos estudos consideraram-se publicações em base de dados científicos disponíveis em português e com texto completo. Nas consultas on line foram utilizados descritores extraídos do Descritores em Ciência da Saúde: “Enfermagem”, “Reiki”, “ Sistema Único de Saúde” e “Terapias Complementares e Integrativas”, sendo realizadas associações por meio do operador booleano AND buscando assim uma maior abrangência no número de obras. RESULTADOS: Para a realização deste estudo foram selecionados 12 artigos escolhidos de acordo com a afinidade temática, que difundem estudos sobre a utilização do Reiki como prática terapêutica nos serviços de saúde e a importância de sua utilização como Prática Integrativa e Complementar. DISCUSSÕES: No início deste século houve um aumento no interesse pelas Terapias Não Convencionais (TNC) por parte de ciências como a Medicina, a Psicologia, a Fisioterapia e a Enfermagem, que tem apresentado dentre as suas intervenções específicas e peculiares da profissão, no caso da Enfermagem, novas vertentes de atuação, como a consolidação de práticas baseadas no toque, na assistência à pessoa que precisa de cuidados e intervenções clínicas, fazendo com que o aprendizado contínuo, o aperfeiçoamento técnico dos conhecimentos científicos, sejam fundamentais para que a atenção e a assistência à saúde seja eficaz e integral. O Reiki é uma prática terapêutica que utiliza da imposição das mãos para canalizar a energia vital aspirando à promoção do equilíbrio energético essencial para o bem- estar físico e mental, buscando fortalecer os pontos onde se encontram bloqueios ou “nós energéticos” para assim eliminar toxinas e equilibrar o funcionamento celular de forma plena para reestabelecer o fluxo de energia vital do indivíduo. A terapia Reiki como Prática Integrativa Complementar (PICs) dentro da rede SUS traz como característica marcante um atendimento humanizado voltado de forma holística para o paciente que é assistido em sua totalidade. A aplicação do Reiki seja de forma isolada ou realizada em conjunto com outras técnicas, ou associada a tratamento medicamentoso, provoca respostas positivas em várias situações relacionadas ao cuidado, como por exemplo, na redução de dores, no controle de estados de ansiedade, stress e depressão como uma opção de cuidado que pode ser usada para reequilibrar o receptor, contribuindo para o enfrentamento de doenças, melhorando o estado físico, emocional, mental e espiritual, e ainda a restauração do equilíbrio energético da pessoa em tratamento, estabilizando as condições do organismo e, influenciando na qualidade de vida e no bem estar como um todo (FREITAG, ANDRADE E BADKE, 2015). Há evidências sobre os benefícios do Reiki no alívio dos efeitos colaterais gerados pela quimioterapia, na redução da ansiedade, depressão, dor, estresse, fadiga, angustia, além de uma significativa melhora na qualidade do sono, melhor relaxamento e a elevação do bem-estar espiritual (BEULKE et al, 2019). Por meio da constatação de inúmeros benefícios alcançados com a aplicação da terapia Reiki foi sugerido que a prática pode ser introduzida ou recomendada a pacientes submetidos à quimioterapia ambulatorial. A utilização da técnica na Atenção Primária à Saúde (APS) de forma singular potencializa o cuidado, a assistência à saúde, beneficiando tanto o paciente quanto o profissional que está aplicando a técnica, ou seja, os profissionais acabam aprimorando a percepção do autocuidado impactando em resultados positivos nas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e também nas espirituais das pessoas, por exemplo, para a diminuição da ansiedade e da intensidade da dor (EUGENIO, 2019). Batista e Borges (2020) também concluíram por meio de estudo de intervenção que a prática do Reiki pode ser utilizada como uma intervenção de enfermagem na qualidade de prática integrativa complementar em saúde, uma vez que possui ação positiva na redução da dor e em alguns casos eliminando-a completamente. Fato esse que pode ser elucidado pelos desbloqueios energéticos que são realizados durante uma sessão no qual o paciente se sente mais relaxado e com a musculatura corporal menos contraída. Em levantamento realizado em pacientes atendidos com o Reiki em unidades do SUS, 55% apresentaram melhora considerável nas queixas iniciais que tinham, ou seja, as sessões de Reiki contribuíram para a redução das dores, para a diminuição do inchaço nas pernas e pés, para melhora na sensação de cansaço, ansiedade, para o controle dos níveis de glicemia e até para ao tratamento da depressão (DACAL e SILVA, 2018). O empoderamento e autonomia da enfermagem são de suma importância no que diz respeito à realização das PICs na assistência, mas para que isso ocorra são necessários o conhecimento e a profissionalização em torno das práticas integrativas e complementares dentro do contexto de trabalho, gerando assim autonomia dos pacientes e redução de custos ao SUS. Tais práticas seguem uma forma diferenciada na assistência prestada que abrange uma dimensão espiritual, propiciando a formação de vínculos empáticos entre pacientes, profissionais e família. Tem-se que o não conhecimento dos enfermeiros quanto à legislação e a falta de qualificação específica geram uma barreira para a atuação profissional dentro da área das práticas integrativas, assim sendo é imprescindível a inclusão de disciplinas de terapia alternativas dentro da graduação e após a conclusão os enfermeiros devem buscar pós-graduações na área (PENNAFORT e FREITAS, 2019). Os estudos elencados demonstram que a utilização do Reiki é uma técnica que é usada na rede SUS, tendo grande eficácia na redução de dores, estresse, ansiedade, depressão, podendo ser utilizada no tratamento complementar da hipertensão arterial, auxiliando na manutenção do equilíbrio físico, mental e espiritual. A terapia Reiki tem caráter preventivo e age na causa dos problemas, demonstrando desfecho satisfatório ao ser utilizado como intervenção de enfermagem, posto que em sua totalidade podemos perceber que as experiências referentes a utilização desta terapia são compostas por diversas dimensões do ser humano e cumpre a função de terapia integrativa na prática do cuidado. CONCLUSÃO: Por meio dos achados utilizados na elaboração deste artigo foi possível afirmar que o Reiki como terapia complementar integrativa atua como procedimento preventivo, além ter a possibilidade de agir na causa do problema. Os dados apontam impactos positivos na saúde dos usuários e a técnica pode ser utilizada em várias situações abrangendo dimensões físicas, emocionais e psicológicas. Constatou-se que pesquisas sobre a utilização do Reiki pela Enfermagem, como Terapia Complementar de assistência à saúde na rede SUS, são realizadas de forma gradual, sendo escassas e contribuindo timidamente para a sua disseminação e popularização terapêutica na prática do cuidado. Mais estudos precisam ser realizados e divulgados, principalmente demonstrando sua eficácia tanto para conhecimento de profissionais como dos usuários. Considera-se que a prática do Reiki propicia dentro da rede SUS um atendimento humanizado onde o individuo é tratado como um ser integral e não apenas como sintomatologia de uma doença, agregando novas formas do cuidar. Ademais é uma terapia de baixo custo e com grandes benefícios tanto para quem recebe como para quem aplica. Palavras chave: Reiki, Sistema Único de Saúde, Terapias Complementares e Integrativas e Enfermagem. REFERÊNCIAS BATISTA, Karla de Melo; BORGES, Lavinia Moreira. Terapia Reiki como estratégia de intervenção na dor e no estresse em estudantes de enfermagem. REVISA (Online) 9(1): 109-117, jan-mar.2020.Disponivel em http://bvsalud.org/. Acesso em: 26 abr. 2021. BEULKE, Sieglinder Larissa; VANUCCI, Luciana; SALLES, Leia Fortes; TURRINI Ruth Natalia Teresa. Reiki no alívio de sinais e sintomas biopsicoemocionais relacionados à quimioterapia. Revista Cogitare Enferm, nº 24, e56694, 2019. Disponível em Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v24i0.56694. Acesso em: 18 out. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2º. ed. Brasília DF: Ministério da Saúde, 2015. COUTINHO, Maria Isabel Monsanto Pombas de Souza. Reiki: Jikiden Reiki. Relatório, 2017,55f. Instituto Politécnico de Lisboa. Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa. Lisboa, 2017 DACAL, Maria del Pilar Ogando; SILVA, Irani Santos. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Revista Saúde em Debate, v. 42, n. 118, p. 724-735, jul-set 2018, Rio de Janeiro. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-042018000300724&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 25 abr. 2021. EUGENIO, Clara Beatriz dos Santos. A experiência do uso da técnica Reiki como ferramenta promotora do cuidado: uma revisão integrativa da literatura. 2019, 15f. Porto Alegre; s.n; 2020. 13 p. BR1751.1; 614(81 (043), E87e. Disponível em https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1152260. Acesso em: 27 abr. 2021. FREITAG, Vera Lucia; ANDRADE, Andressa de; BADKE, Marcio Rossato. O Reiki como forma terapêutica no cuidado à saúde: uma revisão narrativa da literatura. Revista Eletrônica Enfermería Global, nº 38, abril/2015, ISSN.16956141. Disponível em http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v14n38/pt_revision5.pdf. Acesso em: 20 abr. 2021. JAQUES NETO, Eduardo Francisco; KESSLER, Adriana Silveira. Reiki: da teoria do método às constatações científicas sobre os resultados positivos na saúde integral. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) XXI Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 2016, pp. 282-293. [ISBN – 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm. Acesso em: 4 set.2020. PENNAFORT, Viviane Peixoto dos Santos; FREITAS, Consuelo Helena Aires de; JORGE, Maria Salete Bessa; QUEIROZ, Maria Veraci Oliveira; AGUIAR, Clayre Anne de Araújo. Práticas Integrativas e o empoderamento da enfermagem. Rev. Min. Enferm.;16(2): 289-295, abr./jun., 2012. Disponível em http://bvsalud.lilacs.org/. Acesso em: 18 abr. 2021. SOUZA, Luís Manuel Mota de; SEVERINO, Sandy Silva Pedro; VIEIRA, Cristina Maria Alves Marques. O Reiki como um Contributo para a Prática de Enfermagem: Revisão Sistemática da Literatura. Artigo 2011, 29f. Universidade Católica Portuguesa. Associação Portuguesa de Reiki. Disponível em https://www.associacaoportuguesadereiki.com/wp-content/uploads/2014/10/42_2012-com-revisao-revisto-luis-sousa.pdf. Acesso em :4 set. 2020.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RIBEIRO, Maisa Chimrnez; FIGUEIRA, Maura. A ENFERMAGEM E A APLICABILIDADE DO REIKI COMO TERAPIA COMPLEMENTAR DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE SUS.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/364289-A-ENFERMAGEM-E-A-APLICABILIDADE-DO-REIKI-COMO-TERAPIA-COMPLEMENTAR-DE-ASSISTENCIA-A-SAUDE-NA-REDE-SUS. Acesso em: 16/07/2025

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