BIOMARCADORES MOLECULARES NO DIAGNOSTICO DO CÂNCER

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

Título do Trabalho
BIOMARCADORES MOLECULARES NO DIAGNOSTICO DO CÂNCER
Autores
  • Caio Vinicius Ibanhes Funes
  • Carolini da Silva Nabuco
  • FABRICIO GARMUS SOUSA
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/359922-biomarcadores-moleculares-no-diagnostico-do-cancer
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Biomarcadores, câncer, diagnostico, marcadores molecurares e tratamento
Resumo
O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que possuem o comum crescimento desordenado das células que podem invadir os tecidos e órgãos, essas células tem a capacidade de divisão acelerada, sendo muito agressivas e incontroláveis, que podem futuramente determinar a formação de tumores que se espalham para ouras regiões do corpo (INCA, 2020). Apesar das alterações genéticas serem frequentes, as que são encontradas em fases pré-malignas tem uma probabilidade elevada de determinar eventos causas que podem acarretar o desenvolvimento do câncer (GARNIS et al., 2004). Garnis et al. (2004) ainda relaciona que tais eventos podem estar encobertos pelo padrão complexo que possui as alterações genéticas frequentemente relacionadas à instabilidade genética em estágios futuros da doença, tendo isso em vista, todos os estágios de desenvolvimento devem ser considerados para se compreender completamente como os tecidos malignos se desenvolvem Os marcadores tumorais são macromoléculas que estão presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo aparecimento e ou alterações em suas concentrações estão relacionados com a gênese e o crescimento de células neoplásicas (CAPELOZZI, 2001., apud ALMEIDA et al).O termo biomarcador ficou conhecido para qualquer molécula ou característica biológica que possa ser detectada e medida mostrando os processos biológicos normais, patogênicos ou a resposta farmacológica após intervenção terapêutica. Com isso tal termo deve evidenciar alterações do estado fisiológico normal para o patológico ou de mudanças no ambiente corporal interno ou no meio ambiente (CARVALHO et al., 2006). Independentemente de qualquer classificação feita relacionada aos marcadores moleculares serão irremediavelmente simplificadas e sempre estarão longe de confinar o foco principal que cada alteração molecular desempenha no processo de carcinogênese. Os biomarcadores têm sido resumidos em três tipos principais: de exposição, de suscetibilidade e de resposta. Os biomarcadores de exposição condizem à expressão de um agente ambiental ou de seus metabólitos no meio interno dos indivíduos, os de suscetibilidade mostram indivíduos de certo modo propensos a desenvolver câncer quando estiverem em contato com substancias cancerígenas, e por fim os biomarcadores de efeito ou de resposta sugere alterações presentes em tumores; são tardios e permitem avaliar o prognóstico da doença (WÜNSCH.; FIGARO, 2001).O marcador ideal ou universal é algo que e medicina tenta alcançar, pelo fato da maioria dos marcadores encontrados em utilização na rotina laboratorial não serem determinantes no diagnóstico de um tumor, algumas características indispensáveis para o marcador ideal seriam, ter relação direta com o processo maligno, se correlacionar com a massa tumoral, adquirindo assim uma caracterização do tipo de tumor identificado, localização, estadiamento do tumor. Denomina-se como marcador ideal aquele produzido por neoplasias de uma mesma linhagem e seus níveis são mensuráveis mesmo na presença de pequenas quantidades de células. Os níveis séricos devem refletir com precisão a evolução clínica e a regressão da doença, e sua remoção deve estar associada à cura. Mas no momento nenhum marcador estudado até o momento contém todas essas características, com isso acabam deixando a desejar pela falta de especificidade e sensibilidade, por isso muitas vezes terminam não sendo utilizados como diagnóstico definitivo para o câncer (OLIVEIRA.; FONSECA, 2011). No momento atual, sabemos identificar diversos tipos de câncer na sua fase pré- sintomática utilizando métodos bioquímicos para apresentar a presença de alteração de concentração dessas proteínas. (ALMEIDA et al., 2006). Com isso alguns marcadores tumorais foram escolhidos para serem estudados para a conclusão deste trabalho como: Calcitonina, PSA, CA 19-9, e AFP, CA 125, Tiroglobulina, e CEA. Sendo assim o objetivo deste trabalho é apresentar os biomarcadores citados e discorrer sobre suas características e seu uso no diagnóstico para o câncer e como podem auxiliar para identificar o tratamento ideal. Nesta revisão bibliográfica foram utilizadas as bases de dados online, INCA, Google Scholar, SciELO e PubMed com o período de pesquisa de 2001 a 2020. Inicialmente foi feito um levantamento de dados de referenciais com o intuito de compor conhecimento sobre como o câncer se manifesta, carcinogênese e seus estágios, como ocorrem as alterações relacionadas ao câncer, analisando assim algumas destas alterações serem associadas ao uso de marcadores tumorais para diagnostico prévio de câncer. Para a estrutura dessa revisão, foram utilizadas as seguintes etapas: seleções de questões temáticas, estabelecimento dos critérios para a seleção de materiais, representação das características da pesquisa original, análise de dados, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Sendo os descritores empregados no estudo: biomarcadores, marcadores moleculares, câncer, diagnóstico e tratamento. Os biomarcadores são determinantes no diagnóstico de certas neoplasias por estarem presentes em seus estágios iniciais, em relação ao acompanhamento e a sua utilização está relacionada devido á alguns marcadores não estarem presentes no início da patologia, entretanto estando presente em sua progressão a longo prazo, para que assim se tenha uma ideia de como prosseguir com a terapia mais adequada para cada paciente. Os usos dos marcadores possuem uma diversidade em sua aplicação clinica desde a triagem populacional, o diagnóstico diferencial em certos pacientes sintomáticos, o estadiamento clínico, dentre as mais importantes estão a localização de metástase, monitoração da eficiência da terapia, tratamento e as utilizações na detecção precoce da recorrência do câncer. Hoje estão em destaque dois principais tipos de marcadores tumorais que fazem diferentes usos no diagnostico ou tratamento de câncer, estes são os marcadores circulantes e os marcadores de tecido tumoral. Os marcadores circulantes podem ser entendidos como qualquer material coletado de sangue, fezes, urina, ou fluidos corporais de pacientes com câncer, são muito utilizados como estimativa do prognostico, avaliar a resposta do tratamento e monitorar se a neoplasia se tornou resistente à terapia escolhida, muitas vezes podem ser medidos regularmente para determinar a eficácia do tratamento como por exemplo uma diminuição de nível do marcador podem significar uma resposta de recuo do câncer para o tratamento. (National Cancer Institute, 2019). Aqueles que localizados normalmente em amostras de biópsia do próprio tumor, são os marcadores de tecido tumoral, que em sua grande maioria acabam tendo como função diagnosticar ou classificar o câncer, determinar um prognóstico, e auxiliar na escolha de um tratamento mais adequado. Em certos cânceres os níveis séricos refletem o estágio do resultado provável ou curso da doença. (National Cancer Institute, 2019). Vários marcadores tumorais diferentes foram demonstrados e estão sendo utilizados na pratica clínica. Certos estão relacionados a apenas um tipo especifico de câncer, ao mesmo tempo outros estão associados a uma variedade de diferentes tipos de câncer. Até o momento não foi identificado nenhum marcador tumoral ideal ou universal no qual pudesse mostrar claramente sem mais falhas a presença de qualquer tipo de câncer. Além disso também oferecer uma avaliação do prognostico do tumor, com isso pode ser conceituado como ideal aquele que fosse produzido pelo tumor ou o organismo em resposta ao mesmo, especifico para determinado tipo de célula e sensível o bastante para se conseguir localizar pequenas massas tumorais e assim se ter um diagnóstico para uma potencial cura da enfermidade (ARAÚJO, 2013). O ideal seria que um marcador tumoral somente se elevar no sangue de pacientes com tumores malignos, e não em indivíduos saudáveis com doenças inflamatórias ou infecciosas. Além disso, um marcador tumoral deveria aumentar no estágio inicial da doença, permitindo a detecção do tumor e a implantação da terapia adequada (SEDREZ et al., 2007 apud ARAÚJO, 2013). Alguns dos que estão em uso atualmente não contem essas características, em sua maioria podem ser encontrados tanto em células benignas quanto em malignas sem se ter um valor de referência claro no qual se possa fazer uma diferenciação entre as duas situações, outros possuem seu valor significativamente alterado somente em casos em que o processo maligno das células já em estado avançado, por isso seu uso acaba sendo mais direcionado para casos de monitoramento, detecção de recidivas e prognostico (ARAÚJO, 2013).Oliveira e Fonseca (2011) relacionam que mesmo não apresentando muita especificidade os marcadores tumorais sendo utilizados no direcionamento de tratamentos contra o câncer e muito importante pelo fato de quando os marcadores forem identificados em determinada neoplasia, possibilitam ao médico definir o tratamento mais adequado para o determinado tipo de câncer, assim aumentando as chances do paciente de controlar e até mesmo se curar do câncer. A ideia de marcador universal sempre é relacionada com qualquer marcador utilizado na pratica clínica, por serem características que sempre são usadas como referências para determinar um marcador utilizável ou não , mas nem por isso significa que seu uso pode ser considerado inviável para a análise de diagnóstico de câncer, partindo disso podemos fazer uma análise da utilização dos marcadores tumorais dentre suas diversas finalidades, uma das que se pode pontuar e a triagem na população de grande risco em grupos de alto risco. Como a indicação de dosagem de PSA para homens acima de 40 anos, que até recentemente ainda era utilizado como exame de rotina para rastreamento de câncer, mas como já observado níveis desta proteína elevada podem ser apresentados em neoplasias benignas, com isso fazendo muitas vezes se ter um número excessivo de diagnósticos deixando assim de ser usado como rotina, mas sim em monitoração de pacientes que já tiveram câncer de próstata. Outra utilização que podemos observar e a localização do tumor como acontece com o CA-125, que em casos de se mostrar elevado pode determinar onde se encontra o tumor mesmo sem a necessidade de biopsia para indicar a origem, assim dando uma visão para o médico tomar uma decisão em relação ao tratamento. De acordo com o levantamento de dados realizado neste trabalho, será necessário um desenvolvimento maior em estudos que correlacionam os biomarcadores no diagnóstico de câncer, assim como uma ampliação na pesquisa de marcadores tumorais mais efetivos no diagnóstico precoce. Entretanto os marcadores utilizados nos dias de hoje desempenham um ótimo papel com relação ao avanço, tratamento e o estadiamento do câncer , mesmo que alguns sejam acompanhados à um bom tempo na área em questão, com o avanço da tecnologia será possível inovações para seu uso, se conseguindo informações mais detalhadas sobre como se comportam em situações adversas, e também como a sua utilização pode ser mais efetiva com exames complementares. Os marcadores tumorais estão tornando com o passar dos tempos, cada vez mais fácil a definição molecular do câncer, devido ao seu potencial em casos de tratamento, estadiamento do câncer e monitoramento. Partindo disso os mais promissores que sejam efetivos nestes três casos apresentados, pelos seus usos em décadas temos a calcitonina, PSA, AFP, e CA 125 que podem ser considerados específicos para as ocasiões que são localizados e assim sendo determinantes para o diagnóstico de suas respectivas neoplasias, mesmo que possam se apresentar presentes em outras ocasiões, não deixam de ser efetivos para determinar o tratamento ideal para o pacientes. Os demais como CEA, Tiroglobulina, e a CA 19, não são deixados de lado para o monitoramento dos canceres em que estes se expressam, sendo ainda promissores para a utilização em uma grande variedade de neoplasias, por se apresentarem em diversos outros órgãos e determinados canceres. Com isso em mente os marcadores tumorais possuem todas as características necessárias para exercerem um papel importante e fundamental no avanço da medicina de tratamento personalizado. ALMEIDA, J. R.C et al. Marcadores tumorais: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Cancerologia v. 53, n.3, p.305-316, 2007. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/site/arquivos/n_53/v03/pdf/revisao1.pdf. ARAUJO, G. H. JESSICA. Principais marcadores tumorais utilizados na pratica: uma revisão bibliográfica, 2013, Disponível em:https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/566/1/JHGA11072014.pdf CARVALHO, P. C et al. Marcadores séricos e espectrometria de massa no diagnóstico do câncer. J. Bras. Patol. Med. Lab. Rio de Janeiro, v.42, n.6, 2006 Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442006000600005. GARNIS, C. et al. Genetic alteration and gene expression modulation during cancer progression. Mol. Cancer v.9, n.3 2004 Disponível em: https://doi.org/10.1186/1476-4598-3-9. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. O que é câncer? Rio de Janeiro: INCA, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer. NATIONAL CANCER INSTITUTE Tumor Markers. Disponível em: https://www.cancer.gov/about-cancer/diagnosis-staging/diagnosis/tumor-markers-fact-sheet OLIVEIRA, G. G, FONSECA, C. A. Uso de marcadores tumorais no diagnóstico e acompanhamento do tratamento do câncer. Revista Eletrônica de Farmácia. Goiânia, v.8 n.2, p.60-74 2011 Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/viewFile/14898/9284 WÜNSCH, VIKTOR.; FIGARO, GILKA. Biomarcadores moleculares em câncer: implicações para a pesquisa epidemiológica e a saúde pública. Disponível em:https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000300003&lng=pt&tlng=pt.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FUNES, Caio Vinicius Ibanhes; NABUCO, Carolini da Silva; SOUSA, FABRICIO GARMUS. BIOMARCADORES MOLECULARES NO DIAGNOSTICO DO CÂNCER.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/359922-BIOMARCADORES-MOLECULARES-NO-DIAGNOSTICO-DO-CANCER. Acesso em: 04/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes