RELAÇÕES FAMILIARES PÓS LAUDO: PAIS FILHOS E DIAGNÓSTICO

Publicado em 04/08/2021 - ISBN: 978-65-5941-292-1

DOI
10.29327/144454.2-5  
Título do Trabalho
RELAÇÕES FAMILIARES PÓS LAUDO: PAIS FILHOS E DIAGNÓSTICO
Autores
  • Marcelo Gonçalves da Silva
  • Eduardo Henrique Loreti
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
04/08/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2021/351288-relacoes-familiares-pos-laudo--pais-filhos-e-diagnostico
ISBN
978-65-5941-292-1
Palavras-Chave
Família, Acompanhamento, Psicológico.
Resumo
RELAÇÕES FAMILIARES PÓS LAUDO: PAIS FILHOS E DIAGNÓSTICO Introdução: A criança com deficiência, para suprir ou amenizar seus déficits, é submetida a tratamento reabilitador conduzido por uma equipe composta por vários profissionais entre eles, o psicólogo. Esses profissionais, na condução terapêutica do tratamento reabilitador da criança, necessitam manter vínculos com os pais, para que, dentro de suas áreas de atuação, possam orientá-los (LOPES, 2002). O enfrentamento dos pós-diagnóstico é de total relevância nas famílias, pois é a partir daí que se tem um novo ciclo. Trindade (2004) esclarece que, neste momento a família deve se atentar no processo de aceitação e recebimento deste indivíduo, porque estão à espera de uma criança e não de um problema. Quando a família não compreende a natureza do diagnóstico dado, isto gera sofrimento, dor, dúvidas, culpa, uma série de sentimentos distorcidos pela falta de orientação a todos da família e ao paciente. A falta de informação é desesperadora, muitas vezes até mais do que a própria “doença” em si. O desenvolvimento familiar positivo é imprescindível, acarreta novos valores e deveres. A família é o principal terapeuta no dia a dia, mas para que isso ocorra ela precisa estar forte psicologicamente para fazer o que é preciso ser feito no decorrer da sua jornada, buscando amparo não só físico, mas também psicológico, fortalecendo seus laços e contribuindo para um melhor desenvolvimento de ambas as partes. Portanto a relação entre profissionais e os pais torna-se uma adaptação primordial à situação da deficiência, de maneira que os pais possam visualizar nessa relação uma base de apoio, sem tornar a criança com deficiência dependente ou incapaz de enfrentar situações sociais cotidianas (LOPES, 2002). Objetivo: Este estudo tem por objetivo, conscientizar a sociedade sobre o papel do psicólogo no acompanhamento e aconselhamento psicológico de familiares de pessoas com deficiência física ou psíquica. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, composta a partir de estudos e registros disponíveis em pesquisas anteriores, que abrangem a análise e interpretação na leitura de livros e artigos. Ou seja, tem como objetivo avaliar o resultado da pesquisa por meio destes. (TREINTA et. al, 2011). Foram analisados artigos científicos publicados entre os anos de 1998 a 2020. Utilizou-se como parâmetro para escolha dos artigos, trabalhos relacionados com a vivência da família de pessoas com deficiência, pesquisas associadas a famílias que não recebem o apoio para lidar com tal situação, a reação dos pais diante do diagnóstico do filho e dificuldades dos pais na aceitação da deficiência frente à descoberta do diagnóstico. A leitura de livros propiciou a análise sobre o tema do ponto de vista dos autores, entendimento da necessidade de se abordar este assunto e induzir o leitor a refletir sobre o assunto, num âmbito não só restrito ao familiar, mas também social. Através da pesquisa exploratória houve um respaldo na consumação de um estudo para a adaptação do pesquisador com o tema que foi explorado. Segundo Piovesan (1995), o explorador tem como propósito desempenhar a elaboração do levantamento bibliográfico do tema e levantar questões sobre o assunto. Resultados: Os artigos ressaltam que pais e familiares precisam e merecem ser atendidos de forma mais dedicada e especial pelos profissionais que atendem seus filhos, pois a família é onde a criança vai adquirir toda sua primeira formação cultural. Segundo Dessem e Polonia (2007), a família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influências culturais. Batista e França (2007) mostram como é difícil para os pais e familiares aceitarem o indivíduo deficiente, os autores destacam que mesmo antes do bebê nascer ele já está idealizado, fantasiado nos pensamentos de seus pais. Esta idealização inclui também padrões que a sociedade impõe, de bonito, inteligente, saudável e perfeito. Diante disso, os pais e familiares passam por um período de superação até que aceitem a deficiência. Buscaglia (2016) enfatiza que mesmo depois do impacto inicial, esse processamento pode durar dias, meses ou anos e irá mudar a forma de vida dessa família, seus conceitos, ações e cotidiano. Ferrari e Morete (2004) nos atenta, portanto, a atenção a esses cuidadores, pais, irmão, avós, familiares num geral, tem que ser tratado de modo especial. O cuidado na hora de falar do diagnóstico é importante, o profissional deve enfatizar aspectos positivos da criança. A contribuição de um psicólogo para se lidar com sentimentos nem sempre é aceito por todos os membros, mas é fundamental insistir em um tratamento para melhor qualidade de vida de todos, a fim de atender e corresponder positivamente no seu cotidiano, lembrando que todos têm suas limitações e acima de tudo são seres humanos. É muito importante que a família compreenda que cada indivíduo mesmo ele sendo portados de qualquer que seja a deficiência, continua sendo único, com suas individualidades, e mesmo após o diagnostico a ‘’ideia’’ de limite para cada sujeito não se aplica de forma igual. A terapia para pais excepcionais tem crescido, pois de nada adianta os melhores benéficos para o sujeito se não tiverem o apoio dos pais e da família, ou seja, a família em geral necessita desse acompanhamento. Conclusão: De modo geral, pode-se afirmar que o psicólogo possui um papel relevante frente ao apoio e aconselhamento familiar de pessoas com deficiência. Pais e familiares precisam e merecem ser atendidos de forma mais dedicada e especial por esses profissionais. Pais estruturados, com apoio e amparo, se tornam engajados para o cuidado e incentivo a seu filho, sem se cobrar ou ter algum sentimento de culpa. Faz-se necessário, portanto, um programa de intervenção para os pais e toda família, com foco no apoio, informação, equilíbrio e sensibilidade às dificuldades e recursos, assim diminuindo as possibilidades de apresentarem stress emocional, ansiedade e depressão. REFERÊNCIAS BATISTA, S. M.; FRANÇA, R. M. Família de pessoas deficiência: Desafios e superação. Blumenau, 2007. BUSCAGLIA, L., Os deficientes e seus pais: Um desafio ao aconselhamento. Rio de Janeiro: Record, 2006. DESSEN, M. A.; POLONIA, A. C. Família e a Escola como contexto de desenvolvimento humano. Ribeirão Preto, v.17. 2007. FERRARI, J. P.; MORETE, M. C. Reações dos pais diante do diagnóstico de paralisia cerebral em crianças com até 4 anos. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 4, 2004. LOPES, G. B.; KATO, Lucila S.; CORRÊA, Patricia R. C. Os pais das crianças com deficiência: reflexões acerca da orientação em reabilitação motora. Psicologia teoria e pratica. São Paulo, v. 4, n. 2, 2002. TRINDADE, Franciele de Souza. Dificuldades encontradas pelos pais de crianças especiais. 2004.
Título do Evento
2º CONIGRAN - Congresso Integrado UNIGRAN Capital 2021
Título dos Anais do Evento
Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

SILVA, Marcelo Gonçalves da; LORETI, Eduardo Henrique. RELAÇÕES FAMILIARES PÓS LAUDO: PAIS FILHOS E DIAGNÓSTICO.. In: Anais do 2º CONIGRAN - Congresso Integrado Unigran Capital. Anais...Campo Grande(MS) Unigran Capital, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2021/351288-RELACOES-FAMILIARES-POS-LAUDO--PAIS-FILHOS-E-DIAGNOSTICO. Acesso em: 19/06/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes