PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS POR PACIENTES COM LUPÚS ERITEMATOSO SISTÊMICO

Publicado em 30/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-071-2

Título do Trabalho
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS POR PACIENTES COM LUPÚS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Autores
  • Thiago Souza Fernandes
  • KARINA MARQUES SANTOS
  • Alcilene Fernandes Garcia de Moraes
  • Janaina Michelle Oliveira do Nascimento
Modalidade
Comunicação oral (Resumo expandido)
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
30/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2020/266003-principais-problemas-enfrentados-por-pacientes-com-lupus-eritematoso-sistemico
ISBN
978-65-5941-071-2
Palavras-Chave
lúpus eritematoso sistêmicos, doença autoimune, relações familiares.
Resumo
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica, de patogênese complexa e heterogênea, caracterizada pela perda da tolerância imunológica e produção de autoanticorpos, deposição de imunocomplexos e ativação do sistema complemento que resulta em lesões celulares e/ou tissulares. Os sintomas podem surgir de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. Sua etiologia contém vários fatores entre os quais se destacam: fatores genéticos, fatores ambientais, especialmente raios ultravioletas, infecções virais, substâncias químicas, hormônios sexuais e fatores emocionais, e embora possa ocorrer em ambos os sexos e em qualquer faixa etária, o LES tem maior incidência em mulheres (10:1), com pico de incidência em torno de 30-40 anos. São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. O LES pode trazer diversas consequências ao paciente fazendo com que ocorra mudança no seu ritmo de vida, podendo gerar possíveis conflitos, angústia, medo, depressão e até mesmo diminuição da capacidade física. Por este motivo é importante manter o acompanhamento clinico-laboratorial dos pacientes portadores do LES, para predizer a atividade da doença e planejar o tratamento individualizado. OBJETIVO: elencar os principais problemas enfrentados por pacientes com LES, destacando os sinais e sintomas mais comuns no dia a dia do paciente com LES e a dinâmica familiar para o enfrentamento desta enfermidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão integrativa (RI) da literatura. Para guiar a RI, formulou-se a seguinte questão norteadora: quais são os principais problemas enfrentados por pacientes com LES? Qual o papel da família do portador lúpico no enfretamento desta enfermidade?. Para seleção dos artigos foram utilizados os seguintes descritores: lúpus eritematoso sistêmicos, doença autoimune e relações familiares. Os critérios de inclusão utilizados neste estudo foram: artigos publicados entre 2010 a 2020, artigos indexados na base de dados Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS), na Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e no Google acadêmico, disponibilizados no idioma português e inglês. Foram excluídos os artigos que não atenderam os critérios de inclusão e os que não apresentavam a sua versão completa. O levantamento bibliográfico foi realizado em março de 2020 e análises foram desenvolvidas no período de março a abril de 2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Mediante a utilização dos descritores estabelecidos, foram encontrados 45 artigos sobre o tema proposto utilizando as bases de dados LILACS, SciELO e o Google Acadêmico, dos quais 25 contemplavam os critérios de inclusão. A sobrevida de pacientes lúpicos aumentou nos últimos 50 anos, no entanto, a qualidade de vida deles permanece baixa. Isso acontece porque ela é prejudicada em diferentes domínios, em comparação à população geral, devido a sinais e sintomas como fadiga, fibromialgia, depressão e alteração cognitiva, além do próprio tratamento que carrega consigo vários efeitos colaterais como hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e neoplasias, entre outros. A patogênese do LES é caracterizada por uma perturbação da homeostase imunológica, que envolve a ativação anormal de células T e B e células apresentadoras de antígenos, o resultado é a indução e produção de autoanticorpos não órgão-específicos, dirigidos especialmente contra antígenos nucleares, ativação do sistema complemento e a entrada de células inflamatórias em órgãos-alvo, assim, danos são comumente encontrados na pele, articulações, vasos sanguíneos e em diversos órgãos como o coração, pulmões, fígado, rins. Os pacientes podem ainda apresentar modificações neuropsiquiátricas, como convulsões, perda de sensibilidade, disfunção de habilidades motoras, psicose e síndrome orgânica do cérebro, sendo esta caracterizada por uma deterioração abrupta ou gradual da memória, da orientação e da concentração. Cerca de 25 a 40% dos pacientes podem desenvolver problemas gastrointestinais que são causados pela atividade da doença ou pelo tratamento, os sintomas mais comuns nesses casos são dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Alterações no trato respiratório podem acometer 50 a 70% dos pacientes com LES, causando pleurite na maioria dos casos, ou em situações mais grave pode ocorrer à hemorragia alveolar. Essas desordens clínicas podem ocasionar dependência e perda de interações sociais, fazendo com que o paciente se sinta ainda mais reprimido e apresente alterações nas relações com cônjuges, com familiares e com a sociedade. O estresse com o enfretamento da doença, a mudança no seu modo de vida e alguns efeitos decorrentes do tratamento podem contribuir para o desenvolvimento de um quadro depressivo. A família configura-se como a primeira e a principal unidade de cuidado para seus membros, favorecendo o equilíbrio físico e mental desses. O amparo familiar faz com que o paciente consiga lidar com a doença e suas consequências sendo um alumbramento para adesão do tratamento e do auto cuidado. Diversos autores citam que quando uma pessoa é diagnosticada com LES ou com outra patologia crônica, a doença passar a fazer parte de toda a família. A estrutura familiar e o amor entre os membros fazem com que todos se envolvam diretamente com a doença, buscando meios de proporcionar uma qualidade de vida melhor ao paciente e aos envolvidos no processo de cuidar. Assim, é de suma importância o cuidado de seus componentes familiares, mantendo o autodomínio físico e mental, visto que são estes que acompanha todo o sofrimento que o ente possui em relação à doença, compartilhando também os sentimentos de dor, ansiedade pelo diagnóstico, medo da perda, estresse, tristeza pelas restrições e impossibilidades impostas pela doença. É importante que os pacientes com LES adquiram informações a respeito da doença e do seu processo de evolução, vale ressaltar ainda a importância do tratamento, pois ele contribui para uma qualidade de vida melhor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante o curso da patologia os pacientes podem apresentar diversas manifestações que interfere na sua qualidade de vida, afetando não só apenas sua dimensão física mais também seu estado mental. Infelizmente por se trata de uma doença crônica aonde seu diagnóstico de cura ainda não foi alcançado os pacientes enfrentam dia após dia as consequências trazidas pela doença. Assim que diagnosticado o paciente com lúpus se vê obrigado a mudar completamente seu estilo de vida para que possa obter uma qualidade de vida melhor, entretanto seu desafio principal é se adaptar totalmente a esse novo estilo. Mudar drasticamente a rotina não é algo fácil, de aceitação imediata pelos pacientes, e isso acaba gerando grandes conflitos que interfere até na sua melhora clínica. A família é a principal fonte de apoio do paciente, aonde o mesmo se fortalece em dias sombrios e consequentemente ele consegue se adequar a um padrão de vida mais tranquilo. REFERÊNCIAS: ALVES, V.L.P. et al. Significados do adoecer para pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: revisão da literatura. Revista Brasileira de Reumatologia, Campinas, v.55, n.6, p.522-527, 2015. CORDEIRO, S.M; ANDRADE, M.B.T. Desvelando a percepção do familiar da pessoa com lúpus eritematoso sistêmico. Revista de Enfermagem UFPE online, v.7, n.2, p.422-9, fev., 2013. SANTOS, I.G.M. et al. Assistência em saúde ao paciente com lúpus eritematoso sistêmico - revisão de literatura. Revista de divulgação Científica Sena Aires, v.5, n.1, p.87-92, jan/jun, 2016. SILVA, A.C. S. et al. Qualidade de vida de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: estudo preliminar comparativo. Revista Brasileira de Clinica Médica, v. 10, n.5, p. 390-, set/out, 2012. SILVA, A.C.S. et al. Lúpus: efeitos nos cuidados de si e nas relações familiares. Revista de Psicologia, v. 19, n.1, p.30-42, abr., 2013.
Título do Evento
CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERNANDES, Thiago Souza et al.. PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS POR PACIENTES COM LUPÚS ERITEMATOSO SISTÊMICO.. In: Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital. Anais...Campo Grande(MS) UNIGRAN Capital, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2020/266003-PRINCIPAIS-PROBLEMAS-ENFRENTADOS-POR-PACIENTES-COM-LUPUS-ERITEMATOSO-SISTEMICO. Acesso em: 15/05/2025

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