POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS FRUTAS E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE

Juliana Maria Antenor dos Santos Pezzi; Isis de Oliveira Paulino; Natally Covo Da Silva; ANDREIA DE OLIVEIRA MASSULO

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Trabalho

Título do Trabalho

POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS FRUTAS E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE

Autores

Juliana Maria Antenor dos Santos Pezzi
Isis de Oliveira Paulino
Natally Covo Da Silva
ANDREIA DE OLIVEIRA MASSULO

Modalidade

Comunicação oral (Resumo expandido)

Área temática

Nutrição

Data de Publicação

30/12/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conigran2020/249764-potencial-antioxidante-das-frutas-e-sua-relacao-com-a-saude

ISBN

978-65-5941-071-2

Palavras-Chave

Atividade antioxidante, Frutas, Antocianinas, Propriedade funcional

Resumo

Introdução De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, o consumo de frutas deve ser a base da alimentação, juntamente com outros alimentos in natura (BRASIL, 2014). Algumas frutas apresentam, em sua composição, propriedades denominadas funcionais, que além da função básica de nutrir o corpo, afetam metabólica e/ou fisiologicamente o organismo, produzindo efeitos benéficos à saúde (ANVISA, 1999). A propriedade funcional de um alimento é conferida por compostos bioativos, que são constituintes extra nutricionais não indispensáveis e não sintetizados pelo organismo humano (COZZOLINO, 2016). Entre os principais compostos bioativos estão as antocianinas e os carotenóides ? substâncias que apresentam alta atividade antioxidante. Estas podem ser encontradas em frutas com cascas violetas, vermelhas e amareladas. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo investigar os benefícios que o açaí, acerola, jabuticaba, mirtilo e a pitanga podem exercer no tratamento e/ou prevenção das doenças crônicas. Objetivo Geral Realizar uma revisão de literatura sobre as propriedades funcionais das frutas relacionadas às doenças crônicas. Específicos Estudar as propriedades funcionais das substâncias presentes nos frutos. Conhecer o potencial das frutas selecionadas para a manutenção da saúde. Metodologia Foi realizada uma revisão de artigos científicos indexados nos sites SciELO, Lilacs, PubMed e Google Acadêmico. As palavras chaves utilizadas foram Eugenia uniflora L.; Euterpe oleracea; Malpighia emarginata; Myrciaria cauliflora; Vaccinium myrtillus; Foram selecionados 15 artigos, datados entre 2010 a 2020, publicados nos idiomas português e inglês. O critério de inclusão foi selecionar artigos originais, que apresentassem análises laboratoriais ou estudos experimentais. O critério de exclusão foi artigos classificados como artigos de revisão. Resultados e Discussões Estudos indicam que o consumo de alimentos que contém propriedades antioxidantes pode estar relacionado com a prevenção de diversas doenças crônicas, tais como diabetes mellitus, hipertensão arterial, cânceres, dislipidemia, entre outras (BACCHETTI et al, 2019; ADISAKWATTANA et al, 2011). Acerola Em um estudo realizado com extrato de acerola (Malpighia emarginata) foi identificada alta capacidade antioxidante devido aos diversos compostos fenólicos presentes. Mesmo quando administrado em altas concentrações (50 e 25 µg/mL), o extrato não apresenta toxicidade para as células esplênicas de camundongos Balb/c e ainda promove alta proliferação de linfócitos na concentração de 12.5 µg/mL (BARROS et al, 2019). Ao avaliar a ingestão de suco de acerola por ratos submetidos a dieta de cafeteria, Dias et al (2014) encontraram uma redução nos níveis de proteínas inflamatórias e estímulo à lipólise, amenizando o aumento da massa adiposa. Durante o tratamento da prole de ratos diabéticos com suco de Malpighia emarginata, obteve-se resultados positivos para redução da glicemia e colesterol total e aumento dos níveis de HDL (BARBALHO et al, 2011). Açaí De acordo com Carvalho et al (2018), o açaí (Euterpe oleracea) atua como um antioxidante e as antocianinas presentes nele regulam o metabolismo lipídico. Além disso, sua pesquisa mostrou um resultado positivo do uso do açaí no tratamento de doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas (DHGNA), reduzindo a massa hepática e o número de células inflamatórias. O uso de extrato de açaí no tratamento da diabetes tipo 2 em ratos apresenta aumento da sensibilidade à insulina e redução dos níveis de glicose circulante quando administrado sozinho ou associado a exercícios físicos (DE BEM et al, 2018). Em um estudo sobre os efeitos do açaí contra a carcinogênese mamária induzida por DMBA (7,12 dimetilbenzantraceno), foi encontrado que ele pode diminuir os níveis de inflamação, angiogênese e crescimento do tumor mamário (PERINI et al, 2018). Jabuticaba Um estudo realizado sobre os efeitos do extrato de jabuticaba (Myrciaria cauliflora) na nefropatia diabética sugere o uso dessa fruta no tratamento da diabetes tipo 2 associada a lesões nos rins, devido ao seu potencial hipoglicemiante e antioxidante (HSU et al, 2016). De acordo com Andrade et al (2015), devido às altas concentrações de compostos fenólicos presentes em sua composição, o extrato de jabuticaba exerce efeito hipotensivo associado à vasodilatação sistêmica. O extrato de casca de jabuticaba apresenta efeito antiproliferativo sobre células tumorogênicas da leucemia e câncer de próstata. O teste foi realizado in vitro e os autores sugerem que a presença de compostos como antocianinas pode ser responsável por tal efeito. No teste in vivo nas células da medula óssea de ratos, o extrato não induziu dano ao DNA e não causou efeitos mutagênicos (LEITE-LEGATTI et al, 2012). Mirtilo A ingestão de mirtilo (Vaccinium myrtillus) pode auxiliar na prevenção de doenças associadas à inflamação, como diabetes, câncer e distúrbios neurodegenerativos, tais efeitos se devem às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes uma vez que ele reduz os danos mediados por espécies reativas de oxigênio (EROs) (NARDI et al, 2016). Segundo Liu et al (2019), a suplementação de mirtilos na dieta humana é capaz de prevenir a resistência à insulina induzida pela obesidade, através da melhora da sensibilidade à insulina, proteção das células ß pancreáticas e aumento da tolerância à glicose. Jeyabalan et al (2014) demonstraram em seu estudo os efeitos do mirtilo no tratamento do câncer de mama mediado por estradiol, e o apontaram como possível recurso na prevenção de recaídas e metástases, uma vez que seu efeito fitoquímico inibiu a conversão de células normais em tumores pré-cancerosos. Pitanga De acordo com Celli (2011), a pitanga (Eugenia uniflora L.) apresenta alta atividade antioxidante, sendo que os frutos da variedade roxa apresentam valores maiores de compostos fenólicos e maior capacidade antioxidante em relação às demais variedades. Já o conteúdo de flavonóides se mostra superior em frutos menos maduros de qualquer variedade. Estudo realizado com óleo essencial de E. uniflora, demonstrou efeito hipotensor pela redução da pressão arterial (SOUZA et al, 2018). O extrato aquoso puro de pitanga demonstra potencial antineoplásico no câncer cervical ao impedir a adesão e migração das células cancerosas e induzir sua apoptose, sem afetar a viabilidade das células de defesa antitumorais (NUNEZ et al, 2018). O estudo dos artigos publicados revelou uma série de propriedades funcionais com destaque para a alta atividade antioxidante, presente em todas as frutas selecionadas. A função anti-inflamatória foi encontrada nas frutas acerola, açaí e mirtilo. O efeito hipotensor foi associado, principalmente, à pitanga e à jabuticaba. Com relação ao processo de prevenção e tratamento de cânceres, mostram-se efetivos o açaí, jabuticaba, mirtilo e a pitanga. A respeito da regulação do metabolismo lipídico destacam-se a acerola, açaí e mirtilo. A capacidade hipoglicemiante foi relacionada às frutas acerola, açaí, jabuticaba e mirtilo. Conclusão A presença de compostos bioativos confere propriedades funcionais a frutas como acerola, açaí, jabuticaba, pitanga e mirtilo e é de extrema importância para a manutenção da saúde. Sendo assim, uma alimentação rica em frutas diversas, sobretudo as com tonalidade violeta, vermelha e amarela, deve ser estimulada para que se tenha uma alimentação saudável. Referências ADISAKWATTANA, Sirichai et al. Cyanidin-3-rutinoside alleviates postprandial hyperglycemia and its synergism with acarbose by inhibition of intestinal a-glucosidase. J. Clin. Biochem. Nutr. v. 49, n.1, p. 36-41. 2011. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3128364/. Acesso em: 13 maio 2020. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGIL NCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução - Res N° 18, de 30 de Abril de 1999. 1999. 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Título do Evento: CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PEZZI, Juliana Maria Antenor dos Santos et al.. POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS FRUTAS E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE.. In: Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital. Anais...Campo Grande(MS) UNIGRAN Capital, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2020/249764-POTENCIAL-ANTIOXIDANTE-DAS-FRUTAS-E-SUA-RELACAO-COM-A-SAUDE. Acesso em: 04/05/2025