ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO: ATIVIDADE CORPORATIVA COM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE.

Publicado em 30/12/2020 - ISBN: 978-65-5941-071-2

Título do Trabalho
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO: ATIVIDADE CORPORATIVA COM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE.
Autores
  • Aline Da Fonseca
  • Natália Araújo Lino
  • Maria Izabel De Souza Nunes
  • Mariane Moreira Ramiro do Carmo
Modalidade
Comunicação oral (Resumo expandido)
Área temática
Nutrição
Data de Publicação
30/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conigran2020/249224-estagio-supervisionado-de-nutricao--atividade-corporativa-com-funcionarios-da-area-da-saude
ISBN
978-65-5941-071-2
Palavras-Chave
Saúde Pública; Nutrição; estágio
Resumo
1. Introdução Corroborando, o estágio, enquanto atividade pedagógica, busca relacionar os conhecimentos teóricos à sua aplicação prática no mundo do trabalho, sendo um momento de reflexão sobre a aprendizagem vivenciado nas disciplinas durante o curso de graduação e onde a identidade profissional do aluno é construída (SILVA; GASPAR, 2018). A Lei Federal nº 11.788/2008, conhecida como lei do estágio, estabelece a normatização dos estágios de alunos nos diferentes níveis de educação, em todo o território nacional. Neste sentido, cabe às Instituições de Ensino Superior (IES) se orientar quanto aos artigos da lei para a regulamentação de seus próprios estágios (BRASIL, 2008). Evidências científicas têm demonstrado a ascensão das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em decorrência de um conjunto de fatores de risco, dentre os quais a alimentação, que muitas vezes é também parte do tratamento não farmacológico de várias dessas enfermidades, salientando assim a sua importância. Além disso, tem se observado significativas modificações no padrão alimentar da população em muitos países inclusive no Brasil, onde se destaca o consumo excessivo de açúcares, gorduras, produtos industrializados e preparações ricas em sódio, a redução da ingestão do feijão com arroz e a insuficiência de frutas e hortaliças. (LINDEMANN; OLIVEIRA; MENDOZA- SASSI et al, 2016). O SUS e a Estratégia Saúde da Família (ESF) são reconhecidos no contexto nacional e internacional como importante contribuição para reforma de sistemas de saúde que respondam de forma pertinente, tanto na dimensão tecnológica como ética, às necessidades de saúde das populações1,2. Estudo do impacto da ESF mostra o sucesso da abordagem integral que articula ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde3, o que requer atuação integrada e colaborativa de um amplo elenco de profissionais de saúde para além do médico: agentes comunitários de saúde, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, cirurgiões dentistas, auxiliares e técnicos de saúde bucal e os profissionais inseridos nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, psicólogos e outros - daí o caráter eminentemente interprofissional da atenção à saúde e da formação dos profissionais. (PEDUZZI, 2016) Considerando o contexto da atenção básica em saúde no Brasil, em que as políticas públicas têm enfatizado a promoção da alimentação saudável e reafirmado a responsabilidade dos profissionais, especialmente os vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), mais especificamente os que atuam na atenção básica, é importante que, além de orientar, se conheçam as dificuldades dos usuários para terem uma alimentação saudável, para que de posse dessas informações seja possível adequar as estratégias de intervenção. (LINDEMANN; OLIVEIRA; MENDOZA-SASSI et al, 2016). O intuito deste trabalho é apresentar aos funcionários da área da saúde sobre alimentação saudável por meio de uma roda de conversa, onde os alunos podem avaliar também o conhecimento sobre o assunto dos mesmos. 2. Objetivo Este trabalho consiste em um relato da experiência vivenciada por alunos de nutrição na UBSF – Jardim Botafogo, em Campo Grande - MS, durante a realização do estágio de nutrição em saúde pública, apresentando uma atividade realizada com os funcionários do local e a análise da importância dessa atividade. 3. Metodologia O presente trabalho faz parte do estágio supervisionado de nutrição do Centro Universitário UNIGRAN CAPITAL onde foi organizado uma roda de conversa com os funcionários, e foi exposto e esclarecido algumas dúvidas pertinentes a alimentação saudável e estilo de vida. Para dar início a conversa, partimos da questão do que os presentes sabiam sobre alimentação saudável e se os mesmos conseguiam incorporar uma rotina de alimentação adequada. Logo após iniciou-se a roda de conversa, onde eles explanaram sobre suas dúvidas e também compartilharam relatos de suas experiências de vida e no trabalho na área da saúde. Todas as dúvidas foram sanadas conforme o guia alimentar do Ministério da Saúde. 4. Resultados e Discussões Com as dúvidas dos funcionários durante a roda de conversa, pode-se constatar que os funcionários compreendiam sobre alimentação saudável, de forma ampla e sucinta, contudo 80% dos presentes afirmou que não praticam em sua rotina uma alimentação saudável. Sabe-se que as recomendações em termos do que se configura uma alimentação saudável, oficiais ou não, por razões ligadas à saúde ou não, são divulgadas à população de forma ampla e diversa, incluindo, políticas, programas e campanhas do MS, profissionais de saúde e mídia, o que leva a crer que, de uma forma ou de outra, a maior parte das pessoas tem acesso a esse conhecimento. No entanto, conforme mencionado anteriormente, as pesquisas continuam demonstrando que a alimentação habitual do brasileiro segue um padrão considerado não saudável. (LINDEMANN; OLIVEIRA; MENDOZA-SASSI et al, 2016). Conseguimos explanar de forma sucinta sobre trocas saudáveis dos alimentos, sobre a pirâmide alimentar, a inserção de frutas e legumes, e a importância de manter bons hábitos alimentares para se obter uma melhor qualidade de vida, principalmente para os indivíduos que já possuem alguma doença de base. Estudo realizado na Espanha apontou prevalência de dificuldades para alimentação saudável em torno de 80%. As principais barreiras citadas foram horário irregular de trabalho, falta de força de vontade, custo dos produtos e necessidade de abrir mão de alimentos de que gosta. Entre a população Romena, os principais motivos foram ligados ao custo e à necessidade de abrir mão de determinados alimentos. (LINDEMANN; OLIVEIRA; MENDOZA-SASSI et al, 2016). A maioria dos participantes relataram que apesar de possuir conhecimento, principalmente dos alimentos que se devem evitar de consumir, eles preferiram continuar a consumi-los sabendo de possíveis efeitos prejudiciais a saúde do que mudar sua alimentação. Um dos fatores que enfatizaram é que alimentos saudáveis na maioria das vezes possuem um valor financeiro maior e referente ao sabor por não quererem abandonar hábitos alimentares. 5. Considerações finais Conclui-se de que os ouvintes tinham uma pré conscientização sobre todo assunto abordado, tendo a maioria dificuldade implementação em sua rotina por variantes pessoais e motivos variados, como falta de tempo, financeiro, falta de hábito. Também se pode observar a importância do profissional nutricionista a atenção básica de saúde não apenas para auxiliar nos tratamentos de doenças, como prevenir e promover a saúde da população através da alimentação saudável. O nutricionista possui conhecimento para melhorar a qualidade de vida das pessoas, melhorar o perfil epidemiológico, promover ações para a população que procura atendimento pelo SUS. 6. Referências BRASIL. Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 248, seção 1, 26 set. 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. º 5, de 7 de novembro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. Diário Oficial da União, 09 nov. 2001. LINDEMANN, Ivana Loraine; OLIVEIRA, Riceli Rodeghiero; MENDOZA-SASSI, Raúl Andres. Dificuldades para alimentação saudável entre usuários da atenção básica em saúde e fatores associados. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 599-610, fev. 2016. PEDUZZI, Marina. O SUS é interprofissional. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, [s.l.], v. 20, n. 56, p. 199-201, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO). SILVA, Haíla Ivanilda; GASPAR, Mônica. Estágio supervisionado: a relação teórica e prática reflexiva na formação de professores do curso de Licenciatura em Pedagogia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.99, n.251, p.205- 221, 2018.
Título do Evento
CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Cidade do Evento
Campo Grande
Título dos Anais do Evento
Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FONSECA, Aline Da et al.. ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO: ATIVIDADE CORPORATIVA COM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE... In: Anais do CONIGRAN 2020 - Congresso Integrado UNIGRAN Capital. Anais...Campo Grande(MS) UNIGRAN Capital, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conigran2020/249224-ESTAGIO-SUPERVISIONADO-DE-NUTRICAO--ATIVIDADE-CORPORATIVA-COM-FUNCIONARIOS-DA-AREA-DA-SAUDE. Acesso em: 23/06/2025

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