DESIGUALDADES REPRODUTIVAS NA PRÁTICA DA LAQUEADURA ENTRE MULHERES NEGRAS E BRANCAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Publicado em 02/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-125-2

Título do Trabalho
DESIGUALDADES REPRODUTIVAS NA PRÁTICA DA LAQUEADURA ENTRE MULHERES NEGRAS E BRANCAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Autores
  • Angela Maria Bacha
  • Stéfanni Cristina Magdalena
Modalidade
Bolsa Auxílio Estudo e Formação
Área temática
Saúde
Data de Publicação
02/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressosae/308606-desigualdades-reprodutivas-na-pratica-da-laqueadura-entre-mulheres--negras-e-brancas--uma-revisao--da-literatura
ISBN
978-65-5941-125-2
Palavras-Chave
Métodos Contraceptivos, Laqueadura Tubária, Raça, Saúde da Mulher
Resumo
Resumo: Introdução: A ligadura tubária é o segundo método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres brasileiras. No entanto, é escasso o número de pesquisas sobre o uso desse método de acordo com a raça. Visto que mais da metade da população brasileira é negra (54,9%), é importante que as pesquisas sobre métodos contraceptivos e saúde reprodutiva tenham um recorte étnico-racial. Justificativa: A história da população negra no Brasil é permeada por condições de discriminação racial e a saúde reprodutiva não é uma exceção. A partir do levantamento de dados sobre laqueadura é possível avaliar a dimensão da variável raça no determinismo das escolhas (ou das práticas - nem sempre livremente escolhidas) reprodutivas e compreender as causas de adesão à laqueadura tubária entre mulheres negras e brancas. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre a prevalência do uso de laqueadura em mulheres brasileiras, especificamente entre negras e brancas, no período histórico de 1990-2016. Atividades: Para isso, foi necessário que a bolsista realizasse as etapas de uma pesquisa: levantamento bibliográfico, resumos dos trabalhos acadêmicos, análise e interpretação dos dados/resultados e escrita da revisão em artigo científico. Resultados e Conclusões: As mulheres negras, principalmente as mais pobres, são as que mais utilizam a laqueadura tubária. Em 1998, em São Paulo, dentre as mulheres com renda per capita mais baixa , as mulheres negras eram as mais esterilizadas (27,4% vs 20,5% , negras e brancas respectivamente , com renda per capita de 0 a ¼ do salário mínimo; 28,2% vs 21,6% entre ¼ e ½ salário mínimo). A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2010 mostra que a prevalência de esterilização era de 35,1% para mulheres negras e de 26,3% para brancas. Essas diferenças sugerem que a falta de acesso aos métodos contraceptivos reversíveis, baixa escolaridade e baixa renda são determinantes importantes dessa situação. Tal resultado sugere a necessidade da ampliação e implementação de políticas públicas no âmbito educacional, da saúde reprodutiva e de redistribuição de renda para ampliação do acesso e da liberdade de escolha dos métodos contraceptivos pela população em geral e pelas mulheres negras em particular.
Título do Evento
III Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp - PAPE-G
Título dos Anais do Evento
Caderno de Resumos: III Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp - PAPE-G
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BACHA, Angela Maria; MAGDALENA, Stéfanni Cristina. DESIGUALDADES REPRODUTIVAS NA PRÁTICA DA LAQUEADURA ENTRE MULHERES NEGRAS E BRANCAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.. In: Caderno de Resumos: III Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp - PAPE-G. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressosae/308606-DESIGUALDADES-REPRODUTIVAS-NA-PRATICA-DA-LAQUEADURA-ENTRE-MULHERES--NEGRAS-E-BRANCAS--UMA-REVISAO--DA-LITERATURA. Acesso em: 17/07/2025

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