“ESTÁ LÁ UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO”: SAMBA, VIOLÊNCIA E CULTURA BRASILEIRA, A PARTIR DO ÁLBUM “PASSARINHO URBANO” (1976), DE JOYCE MORENO

Publicado em 07/10/2021 - ISBN: 978-65-5941-351-5

Título do Trabalho
“ESTÁ LÁ UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO”: SAMBA, VIOLÊNCIA E CULTURA BRASILEIRA, A PARTIR DO ÁLBUM “PASSARINHO URBANO” (1976), DE JOYCE MORENO
Autores
  • Robson Pereira da Silva
Modalidade
Resumo
Área temática
ST 6 - INTERCÂMBIOS ENTRE CORPO, MEMÓRIA E LINGUAGENS ARTÍSTICAS
Data de Publicação
07/10/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/369065-esta-la-um-corpo-estendido-no-chao--samba-violencia-e-cultura--brasileira-a-partir-do-album-passarinho-urban
ISBN
978-65-5941-351-5
Palavras-Chave
Passarinho Urbano, Joyce Moreno, Corpo, MPB, violência
Resumo
Em 1976, a cantora Joyce, agora Joyce Moreno, lançava o álbum “Passarinho Urbano” na Itália pelo selo Fonit Cetera, sob a produção de Sergio Bardotti, na série Folk Internacionale. O disco é composto de canções que caracterizavam o painel de violência, censura e opressão presentes na configuração histórica do Brasil do século XX, a começar da performance do primeiro samba gravado - “Pelo Telefone”, de Donga, a consagrados compositores do Brasil do regime ditatorial militar, como Zé Keti, Caetano Veloso, Chico Buarque de Hollanda, João Bosco, Aldir Blanc, Edu Lobo, Mauricio Tapajós, Paulo César Pinheiro, Vinícius de Moraes, Paulinho da Viola, dentre outros. Desta vez, Joyce aparecia em disco somente como intérprete e instrumentista, não consta composições suas em “Passarinho Urbano”, a cantora e compositora apenas assina a música do poema “Passarinho” de Mário Quintana. Este material fonográfico se apresenta como uma espécie de “almanaque” do Brasil daquele contexto e que deveria ser exposto para o exterior. Os arranjos do disco são voltados para voz, violão e percussão com a valorização e destaque para os sambas gravados de forma contínua, como vinhetas de um país marcado pelos atos de violência, cultura e resistência. O disco produz uma ambiência tendo o carnaval como plataforma política, para pensar o desejo de retomada da democracia no Brasil, na década de 1970. Dessa feita, o presente trabalho busca compreender as figurações da relação corpo e violência na obra de Joyce, sobretudo na análise das canções “De frente para o crime” (João Bosco e Aldir Blanc) e “Joia” (Caetano Veloso), a fim de elucidar essa obra musical, após quarenta e cinco anos de seu lançamento, como um documento de “cultura e barbárie” (BENJAMIN, 2012) capaz de nos localizar diante das permanências e escombros de um país historicamente marcado pela precariedade da vida, "como relação espiritual viva do presente ao passado, do passado ao presente"(GAGNEBIN, 2008).
Título do Evento
I Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade: Identidades Fraturadas, Memória Cultural e Processos Diaspóricos e I Seminário Internacional da Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas Contemporâneas: As Ciências Humanas no Olho do Furacão
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Robson Pereira da. “ESTÁ LÁ UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO”: SAMBA, VIOLÊNCIA E CULTURA BRASILEIRA, A PARTIR DO ÁLBUM “PASSARINHO URBANO” (1976), DE JOYCE MORENO.. In: Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade. Anais...São Paulo(SP) Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas no Mundo Contemporâneo, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/369065-ESTA-LA-UM-CORPO-ESTENDIDO-NO-CHAO--SAMBA-VIOLENCIA-E-CULTURA--BRASILEIRA-A-PARTIR-DO-ALBUM-PASSARINHO-URBAN. Acesso em: 04/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes