PERFIL DE PESSOAS IDOSAS QUE FREQUENTARAM DISCIPLINAS ISOLADAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL NA UFMS: ELEMENTOS PARA SE PENSAR A INTERSECCIONALIDADE

Publicado em 07/10/2021 - ISBN: 978-65-5941-351-5

DOI
10.29327/138628.4-13  
Título do Trabalho
PERFIL DE PESSOAS IDOSAS QUE FREQUENTARAM DISCIPLINAS ISOLADAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL NA UFMS: ELEMENTOS PARA SE PENSAR A INTERSECCIONALIDADE
Autores
  • Eduardo Ramirez Meza
  • Prof. Dr. Marcelo Victor Rosa (PPGCULT/UFMS)
Modalidade
Resumo
Área temática
ST 2 - INTERSECCIONALIDES E MARCADORES SOCIAIS DA DIFERENÇA: ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES
Data de Publicação
07/10/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/363089-perfil-de-pessoas-idosas-que-frequentaram-disciplinas-isoladas-de-graduacao-presencial-na-ufms--elementos-para-se
ISBN
978-65-5941-351-5
Palavras-Chave
Pessoas Idosas, Universidade, Marcadores Sociais da Diferença, Interseccionalidade
Resumo
Este trabalho é um relato da pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais (Mestrado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O objetivo é analisar o perfil sociológico das pessoas idosas participantes de disciplinas isoladas de graduação presencial da UFMS, por meio do Programa de Extensão “Universidade Aberta à Pessoa Idosa”. Este recorte de cunho qualiquantitativo analisa o perfil das 69 pessoas idosas que frequentaram os semestres 2018.2 e 2019.1. A maioria destes sujeitos foi composta por mulheres (82,6%) e estava na faixa de 60-65 anos (75,36%), corroborando a perspectiva de que o envelhecimento é também uma questão de gênero, enquanto marcador social da diferença que se faz presente nestes processos. O estado civil predominante foi casado/a (43,48%) e, sendo a maioria composta por mulheres, verificou-se que seus esposos não participaram do projeto. Outro ponto relevante é que 100% das pessoas viúvas era composta por mulheres, novamente chamando a atenção para a questão de gênero. Com relação à ocupação, 68,12% era aposentada/o enquanto 21,74% continuavam exercendo atividades laborais remuneradas. Com relação à renda, 46,38% recebia entre dois e três salários mínimos, 37,68% acima de três salários mínimos e 15,94% com renda inferior a um salário mínimo ou sem renda. Neste perfil, a classe social aparece como elemento importante na constituição destes sujeitos, sobretudo quando se constata que uma parcela significativa continuava exercendo atividades remuneradas. Quanto à escolarização, 42,03% possuíam ensino médio (condição mínima para participar do projeto) e, para estas, pode ter sido a primeira oportunidade de frequentar o espaço universitário na condição de estudante. Já 57,97% deste grupo possuíam nível superior completo ou mais (sendo 14,49% com especialização e 7,25% com mestrado). Quanto às questões de raça/etnia, constatou-se que 57,97% declararam ser brancos/as, 26,09% pardos/as, 7,25% negros/as, 2,9% indígenas e 0,58% de amarelos/as, o que nos faz pensar que o acesso à escolarização e ao Programa é feito majoritariamente por pessoas brancas. Assim, o quadro apresentado demonstra a relevância de quatro marcadores sociais da diferença que se articulam com o marcador geração na constituição destes sujeitos: gênero, classe social, escolarização e raça/etnia. Como resultados constata-se que a maioria das pessoas idosas foi composta por mulheres brancas, seguidas por mulheres pardas e homens brancos. Com relação à classe social e gênero, constata-se pouca diferença na distribuição percentual entre homens brancos e mulheres brancas (em ambos o maior grupo encontra-se na faixa de renda superior a dois salários mínimos). Por outro lado, houve diferença significativa entre mulheres negras e homens negros: embora 50% destas mulheres já possuíssem curso superior e o homem negro possuísse apenas o ensino médio, a maioria das mulheres negras percebia até um salário mínimo e o homem negro percebia mais de três salários mínimos. Outro dado relevante sobre gênero e escolaridade foi que somente pessoas brancas informaram possuir mestrado, sendo a maior proporção presente dentre os homens brancos. O presente estudo parte do reconhecimento de que estabelecer “chaves de leitura” a partir do perfil destes sujeitos não pretende invisibilizar a concretude e complexidade da vida vivida pelos mesmos. De todo modo, estes primeiros dados articulados entre si, ainda sem colocar em pauta outras nuances da realidade, oferecem pistas investigativas quanto à importância de se problematizar o contexto do micro (pessoa idosa) ao macro (práticas regulatórias que envolvem a velhice).
Título do Evento
I Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade: Identidades Fraturadas, Memória Cultural e Processos Diaspóricos e I Seminário Internacional da Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas Contemporâneas: As Ciências Humanas no Olho do Furacão
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

MEZA, Eduardo Ramirez; (PPGCULT/UFMS), Prof. Dr. Marcelo Victor Rosa. PERFIL DE PESSOAS IDOSAS QUE FREQUENTARAM DISCIPLINAS ISOLADAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL NA UFMS: ELEMENTOS PARA SE PENSAR A INTERSECCIONALIDADE.. In: Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade. Anais...São Paulo(SP) Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas no Mundo Contemporâneo, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/363089-PERFIL-DE-PESSOAS-IDOSAS-QUE-FREQUENTARAM-DISCIPLINAS-ISOLADAS-DE-GRADUACAO-PRESENCIAL-NA-UFMS--ELEMENTOS-PARA-SE. Acesso em: 25/08/2025

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