CORPO, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA: OPRESSÕES INTERSECCIONAIS EM “A PROSTITUTA RESPEITOSA” (1946), DE JEAN-PAUL SARTRE

Jessica Alves

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Título do Trabalho

CORPO, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA: OPRESSÕES INTERSECCIONAIS EM “A PROSTITUTA RESPEITOSA” (1946), DE JEAN-PAUL SARTRE

Autores

Jessica Alves

Modalidade

Resumo

Área temática

ST 6 - INTERCÂMBIOS ENTRE CORPO, MEMÓRIA E LINGUAGENS ARTÍSTICAS

Data de Publicação

07/10/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/362002-corpo-sexualidade-e-violencia--opressoes-interseccionais-em-a-prostituta-respeitosa-(1946)-de-jean-paul-sartr

ISBN

978-65-5941-351-5

Palavras-Chave

Sartre, representação, classe, gênero, raça, dramaturgia

Resumo

O presente trabalho busca compreender as representações do feminino e a violência racial presentes na obra do dramaturgo e filósofo Jean-Paul Sartre, utilizando como objeto de pesquisa a peça teatral Prostituta Respeitosa, escrita no ano de 1946. A trama se passa no sul dos Estados Unidos, tendo como protagonista a personagem Lizzie, uma prostituta que viajava em um trem e acaba presenciando um crime, no qual dois negros e um grupo de homens brancos estão envolvidos, resultando na morte de um dos negros e na fuga do outro. O autor do crime é tido como um homem de bem, seu nome é Tomaz, ele é descrito como militar, um homem que vem de uma família de posses. A trama gira em torno da pressão recaída em cima da mulher, para que ela preste o depoimento favorável a Tomaz, e assim culpabilizando o negro, sendo que este se quer recebe um nome na peça. O foco da obra em questão está nas questões raciais em uma época em que o racismo era um ponto de segregação e violência, além disso, o aspecto individual do existencialismo ganha ainda mais força ao analisarmos como a personagem age diante de determinada situação, sobretudo nesta por se tratar do contexto de segregação racial nos EUA. Sartre (1905-1980), como um dos precursores do existencialismo na França, utiliza-se de diversas linguagens para expressar sua filosofia e engajamento político, como o texto dramatúrgico em questão. Portanto, ao analisarmos a situação do personagem negro na peça, o qual terá seu destino definido por Lizzie ao dizer a verdade ou não em seu depoimento, é importante observar os apontamentos contidos nos estudos de Angela Davis (2016), sobre o mito do estuprador negro em seu lastro histórico vinculado a escravidão e práticas de linchamentos injustos sobre homens negros que historicamente nos EUA, podemos observar que Sartre faz de Prostituta Respeitosa uma representação decantada de determinada realidade histórica, acerca dos sujeitos negros tidos como alvos de estereótipos que racializam seus corpos e os vinculam arbitrariamente a violência e sexualidade. Sendo assim, investigamos os aspectos éticos e estéticos na peça de Sartre, fazendo uso da perspectiva interssecional para compreender os debates que os personagens sartreanos expressam acerca das tensões e limites entre liberdade e opressão.

Título do Evento: I Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade: Identidades Fraturadas, Memória Cultural e Processos Diaspóricos e I Seminário Internacional da Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas Contemporâneas: As Ciências Humanas no Olho do Furacão
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ALVES, Jessica. CORPO, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA: OPRESSÕES INTERSECCIONAIS EM “A PROSTITUTA RESPEITOSA” (1946), DE JEAN-PAUL SARTRE.. In: Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade. Anais...São Paulo(SP) Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas no Mundo Contemporâneo, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoestudosculturais2021/362002-CORPO-SEXUALIDADE-E-VIOLENCIA--OPRESSOES-INTERSECCIONAIS-EM-A-PROSTITUTA-RESPEITOSA-(1946)-DE-JEAN-PAUL-SARTR. Acesso em: 21/07/2025