MEDICINA VETERINÁRIA DE DESASTRES: CONSEQUÊNCIAS DA TORMENTA QUE ATINGIU ESPÉCIMES DE GARÇAS-BRANCAS-PEQUENAS (EGRETTA  THULA) EM REBOUÇAS-PR

Caroline Yonaha; Carina Bortoletto; Larissa Rossato Oliveira; Marco Antônio Staudt; Julio Cesar Fernandes de Lima; Wagner Andrade de Oliveira; Rodrigo Antonio Martins de Souza; Debora Cristine Levandoski

Título do Trabalho

MEDICINA VETERINÁRIA DE DESASTRES: CONSEQUÊNCIAS DA TORMENTA QUE ATINGIU ESPÉCIMES DE GARÇAS-BRANCAS-PEQUENAS (EGRETTA THULA) EM REBOUÇAS-PR

Autores

Caroline Yonaha
Carina Bortoletto
Larissa Rossato Oliveira
Marco Antônio Staudt
Julio Cesar Fernandes de Lima
Wagner Andrade de Oliveira
Rodrigo Antonio Martins de Souza
Debora Cristine Levandoski

Modalidade

Resumo - Relato de caso

Área temática

Medicina da Conservação

Data de Publicação

25/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391889-medicina-veterinaria-de-desastres--consequencias-da-tormenta-que-atingiu-especimes-de-garcas-brancas-pequenas-(eg

ISBN

978-65-5941-428-4

Palavras-Chave

Temporal, conservação, cirurgia

Resumo

A Garça-branca-pequena, Egretta thula (Pelecaniformes, Ardeidae) vive à beira de lagos, rios e banhados. São animais sensíveis a intempéries devido à sua constituição delicada. Os desastres de massas são acidentes coletivos que envolvem grande número de vítimas graves ou fatais¹. Catástrofes de origem natural são fenômenos imprevisíveis, porém há condutas que podem se repetir e serem previstas com relação a assistência veterinária aos animais acometidos². O presente resumo relata o caso de duas garças-brancas-pequenas que foram encaminhadas para o CAFS (Centro de Apoio a Fauna Silvestre) da UNICENTRO-PR em maio de 2021. Elas foram recolhidas pelo IAT (Instituto Água e Terra) após uma tempestade que durou cerca de 11 horas na região da cidade de Rebouças, na qual os ventos chegaram a mais de 100 km/h. Havia aproximadamente 20 garças na área atingida, mas apenas duas sobreviventes. As aves foram estabilizadas em uma clínica não especializada e permaneceram lá por três dias até serem encaminhadas. Uma das aves estava com avulsão completa do membro torácico na altura do terço médio da diáfise do úmero direito (Figura 1), arrancado pela alta velocidade e força dos ventos. A outra ave apresentava fratura exposta de tibiotarso direito. O prognóstico dos casos era desfavorável e a eutanásia era uma opção viável, porém o tratamento cirúrgico foi optado pela possibilidade de manter os animais na universidade e na tentativa de implementar possíveis tratamentos para futuros desastres. A terapêutica instituída se deu com tramadol, dipirona, meloxicam, enrofloxacina, fluidoterapia e administração de complexos multivitamínicos; além de aquecimento, ambiente calmo e confortável. O manejo alimentar foi de difícil aceitação pois eram animais de vida livre, contudo aceitavam peixes frescos. No 3º dia após a entrada dos animais no CAFS, a garça com perda total do membro torácico direito foi a óbito. Para o animal submetido ao procedimento de osteossíntese de tibiotarso foi utilizado o tramadol 5 mg/kg como medicação pré-anestésica; e a indução e manutenção se deram com isoflurano. Além disso, foi realizado bloqueio anestésico local no nervo isquiático com bupivacaína 1 mg/kg. Um pino intramedular de 1,4mm foi colocado no tibiotarso direito (Figura 2). No pós-operatório, a analgesia procedeu-se com tramadol 3 mg/kg BID, associado ao meloxicam 0,5 mg/kg SID, por 3 dias. Também foi implementado a suplementação vitamínica a base de cálcio e vitamina D3; e banhos de sol para auxiliar na formação de calo ósseo e consolidação da fratura. Diariamente era realizada a manutenção da bandagem e do ambiente em que a ave estava alojada. Alguns dias após a cirurgia, a segunda garça também foi a óbito. Por este motivo, é essencial que se tenham equipes preparadas e treinadas tanto nos locais de desastres, como para atendimentos posteriores, a fim de classificar os casos e encaminhar o mais rápido possível para atendimento veterinário especializado. Referências bibliográficas: 1. De Souza MV. Medicina veterinária de mega catástrofes no Brasil: história e despreparo repetidos. PUBVET; 2019; 13(6):1-7. 2. Gomes LB, et al. Plano nacional de contingência de desastres em massa envolvendo animais. 1ª ed. CFMV; 2020.

Título do Evento: XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

YONAHA, Caroline et al.. MEDICINA VETERINÁRIA DE DESASTRES: CONSEQUÊNCIAS DA TORMENTA QUE ATINGIU ESPÉCIMES DE GARÇAS-BRANCAS-PEQUENAS (EGRETTA THULA) EM REBOUÇAS-PR.. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391889-MEDICINA-VETERINARIA-DE-DESASTRES--CONSEQUENCIAS-DA-TORMENTA-QUE-ATINGIU-ESPECIMES-DE-GARCAS-BRANCAS-PEQUENAS-(EG. Acesso em: 11/08/2025