HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL SECUNDÁRIO ASSOCIADO À FALÊNCIA OSMORREGULATÓRIA EM AXOLOTES (AMBYSTOMA MEXICANUM)

Publicado em 25/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-428-4

Título do Trabalho
HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL SECUNDÁRIO ASSOCIADO À FALÊNCIA OSMORREGULATÓRIA EM AXOLOTES (AMBYSTOMA MEXICANUM)
Autores
  • Renata Tempski Fiedler
  • Thayaná Teixeira Barchi Severo
  • Cássio Ribeiro Ramos
  • Rebeca Victoria Galvão Donizetti
Modalidade
Resumo - Relato de caso
Área temática
Medicina de Organismos Aquáticos
Data de Publicação
25/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391554-hiperparatireoidismo-nutricional-secundario-associado-a-falencia-osmorregulatoria-em-axolotes-(ambystoma-mexicanu
ISBN
978-65-5941-428-4
Palavras-Chave
radiologia, anfíbios, doença osteometabólica
Resumo
O hiperparatireoidismo nutricional secundário (HSN) corresponde a hipersecreção de paratormônio secundária à deficiência de cálcio no organismo, seja absoluta ou relativa (1). Este quadro é frequentemente descrito em répteis e anuros, levando a letargia, deformidades ósseas, fraturas patológicas, ascite e tetania (1). No entanto, são escassos os relatos em salamandras aquáticas, possivelmente devido ao uso de rações peletizadas e à dificuldade de reconhecimento dos sinais clínicos. Este resumo retrata um caso de HSN em uma axolote (Ambystoma mexicanum) fêmea, de 9 meses, atendida sob queixa de anorexia, letargia e distensão abdominal, com histórico de manejo inadequado: dieta composta por filé de pescado e larvas de tenébrio, capacidade de filtragem insuficiente e variação de temperatura no aquário. A avaliação da qualidade de água acusou valores discretamente elevados de compostos nitrogenados, além de dureza e pH baixos para a espécie. Ao exame físico, observou-se distensão abdominal de consistência fluida, edema subcutâneo, eritema generalizado, ulcerações em arcos branquiais e excesso de muco. Foram realizados exames de raspado cutâneo e biópsia de brânquia, sem alterações, e radiografia simples, que demonstrou osteopenia poliostótica, especialmente evidente em extremidades distais de membros e em processos transversos vertebrais. Foi efetuada tentativa de coleta de sangue sob contenção física, porém com o volume disponível somente foi possível a confecção de lâmina de extensão sanguínea, onde observaram-se bactérias extracelulares. Devido aos achados radiográficos e aos fatores de risco evidenciados na anamnese estabeleceu-se o diagnóstico de HSN, provavelmente associado à infecção bacteriana sistêmica, considerando-se os sinais clínicos compatíveis e a presença de bactérias na extensão sanguínea (1). Instituiu-se tratamento com enrofloxacina (5mg/kg IM SID), gluconato de cálcio (100mg/kg IM SID) e meloxicam (0.5mg/kg IM SID). Como tratamento de suporte, foi utilizada alteração de salinidade, com uso de sal marinho artificial, através de banhos (3g/L durante 30 minutos) e imersão prolongada (0,6g/L). Apesar do tratamento, o animal foi a óbito e os achados macroscópicos em necropsia foram compatíveis ao diagnóstico previamente estabelecido. Em anfíbios, o tegumento está diretamente relacionado à osmorregulação e à manutenção da concentração sérica de minerais, portanto, além dos fatores etiológicos clássicos, a baixa dureza da água pode estar envolvida na patogênese do HSN (1). Anfíbios aquáticos são submetidos constantemente a um ambiente hiposmótico, e possuem mecanismos ativos para absorção de íons e eliminação do excesso de água absorvidos. Assim, doenças sistêmicas, como HSN e sepse, frequentemente levam à falência osmorregulatória, com sinais como ascite e edema subcutâneo (1). Como terapêutica, para estas espécies, é preconizada a imersão em soluções hipertônicas, além da manutenção prolongada em solução isotônica e de dureza adequada (1,2). Apesar de infrequente, o HSN pode ocorrer em axolotes, relacionado principalmente ao manejo inadequado, e devem ser levadas em consideração características particulares à espécie para o estabelecimento do diagnóstico e da terapêutica. Referências bibliográficas: 1. Divers Stephen J., Stahl Scott J. Mader's Reptile and Amphibian Medicine and Surgery E-book. 3rd ed. Elsevier Health Sciences; 2019. 2. Parker-Graham Christine, et al. Amphibian renal disease. Veterinary Clinics: Exotic Animal Practice; 2020; v. 23, n. 1, p. 215-230.
Título do Evento
XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento
Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FIEDLER, Renata Tempski et al.. HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL SECUNDÁRIO ASSOCIADO À FALÊNCIA OSMORREGULATÓRIA EM AXOLOTES (AMBYSTOMA MEXICANUM).. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391554-HIPERPARATIREOIDISMO-NUTRICIONAL-SECUNDARIO-ASSOCIADO-A-FALENCIA-OSMORREGULATORIA-EM-AXOLOTES-(AMBYSTOMA-MEXICANU. Acesso em: 04/05/2025

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