LEVANTAMENTO DOS ABALROAMENTOS DE TARTARUGAS MARINHAS (REPTILIA: TESTUDINES) NO PERÍODO DE 2015 A 2019 NO LITORAL PAULISTA

Publicado em 25/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-428-4

Título do Trabalho
LEVANTAMENTO DOS ABALROAMENTOS DE TARTARUGAS MARINHAS (REPTILIA: TESTUDINES) NO PERÍODO DE 2015 A 2019 NO LITORAL PAULISTA
Autores
  • Isabella Bergantin
  • Carla Gomes Bantel
  • Bruno Braga
  • Fábio Teles de Santana
  • Manuel da Cruz Albaladejo
  • Carla Beatriz Barbosa
  • Hugo Gallo Neto
Modalidade
Resumo Científico
Área temática
Medicina da Conservação
Data de Publicação
25/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391199-levantamento-dos-abalroamentos-de-tartarugas-marinhas-(reptilia--testudines)-no-periodo-de-2015-a-2019-no-litoral
ISBN
978-65-5941-428-4
Palavras-Chave
Palavras-chave: Quelônios, colisões, fraturas.
Resumo
Embarcações próximas à costa podem afetar as populações de tartarugas marinhas com acidentes resultantes de fraturas pelo impacto com quilha de um barco (Figura 1) ou uma série de cortes e/ou fraturas paralelos causados por hélice (Figura 2). O prognóstico, em sua maioria é desfavorável. As fraturas profundas de carapaça também podem expor os pulmões e/ou a cavidade celomática. Entretanto, a exposição não interfere na respiração, uma vez que os quelônios não requerem pressão negativa dentro da cavidade celomática para mantê-la. Por essa razão, se os ferimentos não levarem a tartaruga a óbito imediatamente, eles podem causar debilitação, desorientação e déficits persistentes, dificultando a capacidade do animal em se alimentar ou escapar de predadores. O objetivo desse estudo foi avaliar a frequência dos abalroamentos em tartarugas no litoral paulista, no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Santos (1). Tal projeto é desenvolvido em atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, e tem como objetivo avaliar os possíveis impactos sobre os tetrápodes marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. Os dados coletados são referentes às tartarugas marinhas mortas que passaram por exame anatomopatológico entre 2015 e 2019, no litoral paulista, com interação antrópica, envolvendo fraturas e/ou amputações sugestivas de abalroamentos. Levantamos o total de 193 indivíduos que sofreram colisão com embarcações no período do estudo e os resultados apontaram que 55,4% desse total esteve concentrado apenas no trecho 10, referente a área de atuação do Instituto Argonauta (São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba); 21,2% no Trecho 9 – Gremar (Bertioga, Guarujá, São Vicente e Santos); 10,8% no Trecho 8 – Biopesca (Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) e 12,4% no Trecho 7 – IpeC (Ilha do Cardoso, Ilha Comprida e Juréia-Iguape). A espécie Chelonia mydas teve o maior registro de encalhes (n=177/91,7%), sendo em sua quase totalidade juvenis, considerando-se a região como uma importante área de alimentação da espécie nessa fase de vida. Também foram registradas Caretta caretta (n=11/5,7%), Lepidochelys olivacea (n=2/1%) e Dermochelys coreacea (n=2/1%). Os períodos em que ocorreram um aumento no número de encalhes por colisões corresponderam aos meses de setembro, dezembro e janeiro (período de férias e veraneio), na região de São Sebastião e Ilhabela, onde registramos o maior número das ocorrências (53,8%). Dentre os casos relatados nesse estudo encontramos 52 indivíduos (27%) com a presença de resíduos sólidos antropogênicos em seu trato digestivo, cuja ingestão pode causar flutuabilidade positiva, dificultando o mergulho, natação e fuga. Devido ao número de colisões se faz importante a realização de ações de Educação Ambiental junto às marinas e usuários de embarcação, orientando sobre possíveis acidentes com os animais, estimulando sua colaboração na conservação das espécies e a fiscalização das embarcações em regiões costeiras, direcionada à proteção da vida marinha. 1. PETROBRAS. Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Disponível em: https://comunicabaciadesantos.petrobras.com.br/programa-ambiental/projeto-de-monitoramento-de-praias-pmp.html
Título do Evento
XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento
Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BERGANTIN, Isabella et al.. LEVANTAMENTO DOS ABALROAMENTOS DE TARTARUGAS MARINHAS (REPTILIA: TESTUDINES) NO PERÍODO DE 2015 A 2019 NO LITORAL PAULISTA.. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/391199-LEVANTAMENTO-DOS-ABALROAMENTOS-DE-TARTARUGAS-MARINHAS-(REPTILIA--TESTUDINES)-NO-PERIODO-DE-2015-A-2019-NO-LITORAL. Acesso em: 08/05/2025

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