ENRIQUECIMENTO PARA RÉPTEIS: COMO É A PRÁTICA POR CLÍNICOS DE ANIMAIS EXÓTICOS NO BRASIL?

Publicado em 25/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-428-4

Título do Trabalho
ENRIQUECIMENTO PARA RÉPTEIS: COMO É A PRÁTICA POR CLÍNICOS DE ANIMAIS EXÓTICOS NO BRASIL?
Autores
  • Iandara Gouvea Gonçalves
  • Daniel Magalhães Lima
  • Elisa Müller
  • LAURA RAQUEL RIOS RIBEIRO
  • CARLA FORTE MAIOLINO MOLENTO
Modalidade
Resumo Científico
Área temática
Comportamento e Bem-estar de Animais Silvestres e Exóticos
Data de Publicação
25/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/390359-enriquecimento-para-repteis--como-e-a-pratica-por-clinicos-de-animais-exoticos-no-brasil
ISBN
978-65-5941-428-4
Palavras-Chave
Bem-estar animal; comportamento animal; serpentes
Resumo
Embora haja vasta literatura sobre enriquecimento ambiental (EA) para animais selvagens sob cuidados humanos, os répteis são um grupo negligenciado (1, 2). O cenário é ainda mais crítico para répteis mantidos como animais de estimação. Esse estudo investigou aspectos da recomendação de EA por clínicos para répteis mantidos como animais de estimação. Um questionário online foi utilizado para coletar respostas de clínicos de animais de estimação não convencionais no Brasil com um total de 52 respondentes. Os resultados demonstraram que a maioria dos clínicos (46) recomendava EA para répteis: 90.4% dos clínicos recomendavam para testudines, 67.3% para lagartos, 48.1% para serpentes e 19.2% para crocodilianos. Tais porcentuais estão influenciados pelo conjunto de pacientes de cada clínico. O EA alimentar foi mais frequente (100% para crocodilianos, 90.9%, para lagartos e 90.5% para testudines), seguido por físico (63.6% para lagartos, 61.9% para testudines e 30% para crocodilianos) e sensorial (21.2% para lagartos e 14.3% para testudines); para serpentes o padrão quanto aos tipos de EA foi diferente dos outros grupos (84% físico, 60% sensorial e 32% alimentar). Enriquecimento social foi citado uma única vez e não houve menção a enriquecimento cognitivo para nenhum grupo. Quando questionados se os tutores relatavam alterações no comportamento dos animais após o oferecimento de EA 61.5% (32) responderam sim, 32.7% (17) não tinham essa informação e 5.8% (3) responderam não. Embora a maioria dos respondentes tenha afirmado recomendar EA para répteis de estimação e todos os respondentes afirmarem acreditar que a oferta de enriquecimento melhora a qualidade de vida dos animais, os resultados apontam a importância de investigar como o EA para répteis é entendido pelos clínicos, uma vez que as respostas sugerem uma confusão com aspectos básicos do manejo dos animais, como por exemplo as citações de gradiente de temperatura e toca. A ausência de recomendação de enriquecimento cognitivo e uma única resposta para enriquecimento social podem estar relacionadas à falta de embasamento sobre as características sociais e cognitivas dos répteis, áreas em que houve grande avanço de pesquisas na última década, em geral demonstrando características e necessidades mais complexas que anteriormente suposto (1). A maioria de respostas positivas para alteração comportamental devido ao EA era esperada, uma vez que há evidências de interação de répteis com enriquecimentos em literatura (2). Por outro lado, a falta de tal informação aponta para uma prática incompleta por parte dos clínicos. De forma geral os clínicos demonstraram preocupação com o bem-estar de répteis, embora dentre as limitações e problemas existentes, alguns podem ser resolvidos pelo aprofundamento do conhecimento sobre comportamento e bem-estar de répteis, por meio do avanço de pesquisas e capacitação de clínicos. Referências bibliográficas: 1. Burghardt GM. Environmental enrichment and cognitive complexity in reptiles and amphibians: Concepts, review, and implications for captive populations. Applied Animal Behaviour Science; 2013; 147(3-4):286–298. 2. Rosier RL, Langkilde T. Does environmental enrichment really matter? A case study using the eastern fence lizard, Sceloporus undulatus. Applied Animal Behaviour Science; 2011; 131(1-2):71-76.
Título do Evento
XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento
Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GONÇALVES, Iandara Gouvea et al.. ENRIQUECIMENTO PARA RÉPTEIS: COMO É A PRÁTICA POR CLÍNICOS DE ANIMAIS EXÓTICOS NO BRASIL?.. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/390359-ENRIQUECIMENTO-PARA-REPTEIS--COMO-E-A-PRATICA-POR-CLINICOS-DE-ANIMAIS-EXOTICOS-NO-BRASIL. Acesso em: 20/05/2025

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