USO DE ENDOSCOPIA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA TRAUMÁTICA ESOFÁGICA EM JIBÓIA (BOA CONSTRICTOR): RELATO DE CASO.

Giulianna Obeid; João Victor Pessoa Fernandes; Adrielly Lorena Rodrigues de Oliveira; Dara Evely Vieira da Costa; Dandara Franco Ferreira da Silva; Bruno Lemos da Silva; João Ricardo Nadortto; Betânia Pereira Borges

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Trabalho

Título do Trabalho

USO DE ENDOSCOPIA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA TRAUMÁTICA ESOFÁGICA EM JIBÓIA (BOA CONSTRICTOR): RELATO DE CASO.

Autores

Giulianna Obeid
João Victor Pessoa Fernandes
Adrielly Lorena Rodrigues de Oliveira
Dara Evely Vieira da Costa
Dandara Franco Ferreira da Silva
Bruno Lemos da Silva
João Ricardo Nadortto
Betânia Pereira Borges

Modalidade

Resumo - Relato de caso

Área temática

Diagnóstico por Imagem em Animais Silvestres e Exóticos

Data de Publicação

25/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/389050-uso-de-endoscopia-para-diagnostico-de-ruptura-traumatica-esofagica-em-jiboia-(boa-constrictor)--relato-de-caso

ISBN

978-65-5941-428-4

Palavras-Chave

serpentes, diagnóstico por imagem, gastroscopia

Resumo

As alterações ambientais ocasionadas pela expansão urbana e aumento da população demográfica dos seres humanos afetam a fauna silvestre por causar fragmentação de habitat, perda de indivíduos por atropelamentos e eventos traumáticos associados à perseguição e violência humana contra algumas espécies, em particular as serpentes (1). Há poucos relatos sobre o uso da endoscopia em répteis, porém os procedimentos mais comumente realizados são: celioscopia, gastroscopia, cloacoscopia, traqueoscopia e pulmonoscopia (2). O presente trabalho tem como objetivo documentar o uso de endoscopia para diagnóstico de ruptura esofágica em jibóia (Boa constrictor) após atropelamento. Em março de 2021, um exemplar da espécie Boa constrictor, macho, de 2,3 kg, com histórico de atropelamento, foi resgatado pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental e recebido pelo Hospital Veterinário da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, em parceria com o setor de Clínica e Cirurgia de Animais Silvestres da Universidade de Brasília. Ao exame clínico, apresentava lesão lacerativa profunda de pele em terço cranial com exposição de traquéia e esôfago. Foi realizada sedação para limpeza e correção cirúrgica, seguido de hospitalização para analgesia, tratamento suporte e antibioticoterapia. Quinze dias após, notou-se total cicatrização em pele permitindo a realização de alimentação forçada via sonda esofágica de alimento pastoso. Em um intervalo de trinta minutos, o animal apresentou-se apático, com reflexo de endireitamento ausente, aumento de volume subcutâneo local e dispnéia. Para estabilização, realizou-se oxigenioterapia e aquecimento. O animal permaneceu em terapia intensiva por duas horas obtendo resolução total do quadro ao final desse período. Devido ao quadro de dispnéia, suspeitou-se de ruptura esofágica com extravasamento de conteúdo alimentar para cavidade celomática e compressão de pulmões e sacos aéreos. O animal foi submetido à sedação para realização de endoscopia gástrica, na qual foi observada extensa lesão com sinais de comunicação com subcutâneo - comprovando extravasamento de conteúdo alimentar e celomite inicial, focos de necrose na mucosa, áreas com fibrina próxima à lesão e lúmen parcialmente obstruído por edema focal (Figura 1). O animal foi mantido em aquecimento por três dias para realização da correção cirúrgica da lesão e limpeza de cavidade (Figura 2). Após 73 dias, o paciente apresentou comportamento normal para a espécie, ausência de tumefação subcutânea após alimentação e a ferida cirúrgica totalmente cicatrizada. Repetiu-se o exame para reavaliação da lesão e observou-se tecido cicatricial com viabilidade de mucosa esofágica, o que denota o sucesso do procedimento corretivo. Portanto, o uso da endoscopia contribuiu positivamente para conclusão diagnóstica sucedendo em planejamento clínico-cirúrgico adequado, possibilitando rápida intervenção e resolução do caso, a fim de que o animal fosse reabilitado e reintroduzido na natureza. Referências bibliográficas: 1. Carmo, CC et al. Atropelamento de serpente Boa constrictor: ameaça à manutenção do ambiente selvagem no Campus do Itaperi. Ciência Animal, Ceará, 2018; 3(28).89-98.. 2. Proença, LM. Endoscopia em Répteis e Mamíferos Exóticos de Companhia. In: Cubas, ZS; Silva, JCR; Catão-Dias, JL (editor). Tratado de Animais Silvestres – Medicina Veterinária. 2. ed. São Paulo: Roca, 2014. cap.91, p.1885-1910.

Título do Evento: XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

OBEID, Giulianna et al.. USO DE ENDOSCOPIA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA TRAUMÁTICA ESOFÁGICA EM JIBÓIA (BOA CONSTRICTOR): RELATO DE CASO... In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/389050-USO-DE-ENDOSCOPIA-PARA-DIAGNOSTICO-DE-RUPTURA-TRAUMATICA-ESOFAGICA-EM-JIBOIA-(BOA-CONSTRICTOR)--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 23/06/2025