PRIMEIRO REGISTRO BRASILEIRO DE SUCESSO DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (MYRMECOPHAGA TRIDACTYLA) CRIADO, REABILITADO E SOLTO COM MONITORAMENTO GPS – IRIDIUM

Publicado em 25/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-428-4

Título do Trabalho
PRIMEIRO REGISTRO BRASILEIRO DE SUCESSO DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (MYRMECOPHAGA TRIDACTYLA) CRIADO, REABILITADO E SOLTO COM MONITORAMENTO GPS – IRIDIUM
Autores
  • Juliana Macedo Magnino Silva
  • Victor Gonçalves Castro
  • Liria Queiroz Luz Hirano
  • Alessandra Bertassoni
  • Daniela Caixeta Oliveira
  • Débora Regina Yogui - Instituto de Conservação de Animais Silvestres – ICAS, Campo Grande, Brasil; Nashville Zoo, Nashville, USA.
  • Danilo Kluyber
  • Arnaud Léonard Jean Desbiez
Modalidade
Resumo Científico
Área temática
Medicina da Conservação
Data de Publicação
25/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/388839-primeiro-registro-brasileiro-de-sucesso-de-tamandua-bandeira-(myrmecophaga-tridactyla)-criado-reabilitado-e-solt
ISBN
978-65-5941-428-4
Palavras-Chave
Xenarthra, reabilitação, soltura branda
Resumo
O projeto TamanduASAS do Instituto Estadual de Florestas-MG, desde 2017, cria, reabilita, e realiza solturas monitoradas de tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Essas atividades objetivam destinação responsável no hábitat natural da espécie, contribuindo com sua conservação. Um filhote de tamanduá-bandeira (1,2 Kg) foi resgatado em 29/05/2018, após o atropelamento da mãe. Ele recebeu cuidados parentais com manejo direcionado à reabilitação. Ao atingir 9 meses, o animal foi transferido para um recinto de 300m² em área de soltura previamente aprovada. Os exames pré-soltura realizados foram hemograma, bioquímica sérica, coproparasitológico, investigação de patógenos causadores de brucelose, leishmaniose, erliquiose, parvovirose, coronavirose e cinomose, além de análise comportamental. No dia 10/06/2019 foi realizada a soltura do espécime, com um ano e 28,5 Kg. O animal foi monitorado por telemetria GPS - Iridium, em parceria com o Projeto Bandeiras & Rodovias. Armadilhas fotográficas foram instaladas próximas ao recinto e aos comedouros. Estes receberam mesma suplementação oferecida na reabilitação, composta por ração de gato e água, na quantidade de 1 L/dia. Projetos de reabilitação são importantes na recuperação populacional de fauna nativa e como fonte de conhecimento dos exemplares (1). A metodologia utilizada foi eficaz na reabilitação do tamanduá e a análise comportamental mostrou que o colete-GPS teve influência na execução dos comportamentos do animal, porém, o padrão geral do repertório comportamental permaneceu o mesmo. Também, não foram verificadas posturas atípicas (2). O tamanduá estabeleceu sua área de uso próximo ao recinto de reabilitação (Figura 1) corroborando o comportamento de dispersão dos tamanduás soltos e monitorados no Projeto Esteros del Iberá-Argentina, no qual a maioria dos animais permaneceu dentro dos limites da área de soltura (3). Já em vida-livre, houve registros da alimentação nos comedouros e da entrada do tamanduá no recinto (Figura 2), o que reforça que a soltura branda foi relevante para a adaptação do espécime. O GPS foi retirado após seis meses da soltura, porém o monitoramento com as armadilhas fotográficas foi intensificado. O último registro desse animal foi feito dois anos após sua soltura, próximo ao recinto de reabilitação. Com a ideia de proteção do hábitat, o projeto TamanduASAS fomentou a criação de uma Unidade de Conservação, cuja área foi delimitada considerando a área de uso do tamanduá solto. O monitoramento pós-soltura é extremamente importante para avaliar a eficácia das técnicas de reabilitação e soltura utilizadas, buscando o aprimoramento das metodologias, a análise das chances de sobrevivência, e a avaliação do comportamento e dispersão de tamanduás reabilitados ou criados em cativeiro. Estudos a médio e longo prazo, são necessários para obter-se respostas sobre a viabilidade destas solturas. 1- Pérez AJ, et al. Reintroducción del hormiguero gigante (Myrmecophaga tridactyla) en la Reserva Natural Iberá (Argentina): ¿misión cumplida? Edentata. 2015;16:11–20. 2- Caixeta-Oliveira D, et al. Do GPS-harness influence the behavior of giant anteaters (Myrmecophaga tridactyla)? In: Anais do Congresso Internacional de Conservação de Xenarthra; [Internet]; 2020, Nov 30 – Dez 3 Parnaíba, Brasil. Piauí. 3- Di Blanco YEI, et al. Habitat selection in reintroduced giant anteaters: the critical role of conservation areas. J. Mammal. 2015;96:1024–1035.
Título do Evento
XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento
Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Juliana Macedo Magnino et al.. PRIMEIRO REGISTRO BRASILEIRO DE SUCESSO DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (MYRMECOPHAGA TRIDACTYLA) CRIADO, REABILITADO E SOLTO COM MONITORAMENTO GPS – IRIDIUM.. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/388839-PRIMEIRO-REGISTRO-BRASILEIRO-DE-SUCESSO-DE-TAMANDUA-BANDEIRA-(MYRMECOPHAGA-TRIDACTYLA)-CRIADO-REABILITADO-E-SOLT. Acesso em: 15/06/2025

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