CATARATA E UVEÍTE FACOCLÁSTICA SECUNDÁRIA À INFECÇÃO POR ENCEPHALITOZOON CUNICULI EM COELHO: RELATO DE DOIS CASOS

Isabela Vieira Coutinho Massi; Úrsula Chaves Guberman

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Trabalho

Título do Trabalho

CATARATA E UVEÍTE FACOCLÁSTICA SECUNDÁRIA À INFECÇÃO POR ENCEPHALITOZOON CUNICULI EM COELHO: RELATO DE DOIS CASOS

Autores

Isabela Vieira Coutinho Massi
Úrsula Chaves Guberman

Modalidade

Resumo - Relato de caso

Área temática

Medicina de Pets Não Convencionais

Data de Publicação

25/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congressoabravas/385968-catarata-e-uveite-facoclastica-secundaria-a-infeccao-por-encephalitozoon-cuniculi-em-coelho--relato-de-dois-casos

ISBN

978-65-5941-428-4

Palavras-Chave

encefalitozoonose, microsporídios, microsporídioses

Resumo

O Encephalitozoon cuniculi é um microsporídio intracelular obrigatório, que causa alterações oculares, renais, neurológicas e hepáticas, principalmente em coelhos. É uma doença com significativa importância zoonótica, principalmente em humanos imunossuprimidos, porém é subdiagnosticada. Objetiva-se relatar dois casos de uveíte facoclástica secundária à infecção por E. cuniculi em coelhos. Caso 1: coelho, macho, 11 anos, raça Lion Red, devido a queixa de leucocoria e cegueira com início há aproximadamente 30 dias. O paciente havia sido internado há três meses, devido a ataxia e paresia de membros posterior. No exame oftálmico, a pressão intraocular foi de 11 e 10 mmHg, no olho direito e esquerdo, respectivamente. Observou-se moderada hiperemia conjuntival, resistência a colírio midriático e opacidade lenticular total com fratura em núcleo bilateral. Caso 2: coelho, fêmea, 1 ano e 8 meses, raça Netherland, devido a queixa de opacidades com progressão há aproximadamente 45 dias, sem queixas de alterações neurológicas e de visão. Ao exame oftálmico, foi constatada pressão intraocular de 7 e 8 mmHg, no olho direito e esquerdo, respectivamente. Além disso, foi observada hiperemia conjuntival, lesão proliferativa esbranquiçada subiridiana, sinéquia posterior, opacidade da cápsula anterior da lente bilateral. Ambos os pacientes foram submetidos ao exame sorológico, teste de ELISA, para E. cuniculi, e apresentaram resultado positivo. Os tutores foram orientados a realizar acompanhamento e tratamento sistêmico com Médico Veterinário especializado em Silvestres. Além disso, indicou-se a realização de facoemulsificação bilateral, porém os tutores optaram pela não realização. Para ambos os pacientes foi prescrito prednisolona 0,12% colírio 1 gota em ambos os olhos, a cada 12 horas. O caso 1 retornou após 30 dias, tendo realizado o tratamento sistêmico com fenbendazole (20mg/kg/dia/28 dias). Detectou-se mineralização distrófica hepática e infarto cortical no rim esquerdo em exame ultrassonográfico abdominal e azotemia em exame bioquímico hematológico. Não foram observadas alterações do quadro ocular nesse período. Suspeita-se que as alterações hepáticas e renais sejam decorrentes da infecção por E. cuniculi. O paciente segue acompanhado pelo clínico há 10 meses, sem evolução do quadro. O Caso 2, o tutor optou por retornar para atendimento oftálmico após 6 meses, sem queixas oftálmicas e neurológicas. No exame oftálmico, observou-se presença de discreta progressão das lesões proliferativas esbranquiçadas subiridianas, sinéquia posterior e rubeosis iridis. Indicou-se o tratamento e acompanhamento clínico e oftálmico, devido a se tratar de uma zoonose e ao risco de desenvolver alterações neurológicas, renais e hepáticas, além das oculares, como glaucoma. Conclui-se que coelhos com catarata, associada ou não a outras manifestações sistêmicas, devem ser submetidos a avaliação sorológica para E. cuniculi, a fim de que recebam o tratamento específico para a afecção e por se tratar de uma zoonose. Referências bibliográficas: 1. Csokai J, et al Encephalitozoonosis in pet rabbits (Oryctolagus cuniculus):pathohistological findings in animals with latent infection versus clinical manifestation, 2009, 104:629–635. 2. M. Felchle L, R L. SiglerPhacoemulsification for the management of Encephalitozoon cuniculi-induced phacoclastic uveitis in a rabbit , 2002, 5, 3, 211–215. 3. Kunzel F, et al Clinical symptoms and diagnosis of encephalitozoonosisin pet rabbits, 2008, 115–124

Título do Evento: XXIX Encontro e XXIII Congresso ABRAVAS
Título dos Anais do Evento: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MASSI, Isabela Vieira Coutinho; GUBERMAN, Úrsula Chaves. CATARATA E UVEÍTE FACOCLÁSTICA SECUNDÁRIA À INFECÇÃO POR ENCEPHALITOZOON CUNICULI EM COELHO: RELATO DE DOIS CASOS.. In: Anais do XXIX Encontro e XXIII Congresso da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens - ABRAVAS. Anais...Sâo Paulo(SP) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congressoabravas/385968-CATARATA-E-UVEITE-FACOCLASTICA-SECUNDARIA-A-INFECCAO-POR-ENCEPHALITOZOON-CUNICULI-EM-COELHO--RELATO-DE-DOIS-CASOS. Acesso em: 25/05/2025