EXISTENCIALISMO E DEPRESSÃO: UMA COMPREENSÃO DO FENÔMENO A PARTIR DE HEIDEGGER

Publicado em 02/12/2024 - ISBN: 978-65-272-0873-0

Título do Trabalho
EXISTENCIALISMO E DEPRESSÃO: UMA COMPREENSÃO DO FENÔMENO A PARTIR DE HEIDEGGER
Autores
  • Amanda Requião Teixeira
Modalidade
RESUMO (práticas profissionais ou estudos teóricos)
Área temática
Sofrimento psíquico na atualidade e Psicopatologia Fenomenológica
Data de Publicação
02/12/2024
País da Publicação
Portugal | Portugal
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congresso-internacional-de-psicologia-fenomenologico-existencial/853381-existencialismo-e-depressao--uma-compreensao-do-fenomeno-a-partir-de-heidegger
ISBN
978-65-272-0873-0
Palavras-Chave
Heidegger, depressão, fenomenologia, existência inautêntica
Resumo
A depressão pode ser considerada como um fenômeno multifacetado e passível de análise de diversas óticas nas ciências contemporâneas, no qual os meios sociais e culturais do indivíduo são refletidos em suas dimensões biológicas, psicológicas e sociais. As discussões acerca das causalidades e dos prognósticos relacionados à depressão enquanto transtorno ascendem nas últimas décadas a medida em que os percentuais de diagnósticos crescem no mundo. Uma via importante para sua compreensão é a da psicopatologia fenomenológica, pelo entendimento da condição ontológica do homem e de como se dão seus processos pela via da consciência. Nesse sentido, Heidegger se destaca no contexto ao entender o homem como um ser-no-mundo, lançado às possibilidades e limitações norteadas por suas condições históricas, econômicas e pelos acontecimentos da vida cotidiana, os quais experimenta e orienta-se em sua existência. Heidegger aborda a contemporaneidade enquanto era da técnica, que diz respeito a um modo de ser baseado num meio para um fim, desprendido da essência. Nesse viés, o ser é lançado em um mundo que o convoca cada vez mais a impessoalidade, a banalidade, a perda de si. Assim, sem entender ou distinguir o que vem do mundo e o que vem de si, o ser passa pela inapropriação dos sentidos de sua própria existência, tornando-a inautêntica. A depressão pode ser trabalhada pela fenomenologia heideggeriana, nesse sentido, ao observarmos a concomitância da sua sintomatologia com o modo de ser inautêntico. Privado do horizonte de sentido genuíno que norteia seus modos de ser, o sujeito experimenta uma falta de conexão com o mundo, um vazio dentro de si próprio, e a decorrente incapacidade no aqui e agora de transitar na temporalidade da sua existência. Por esse viés, na literatura fenomenológica clínica, são frequentes os estudos de caso em que o sujeito deprimido relata sentimentos de solidão e desamparo. Estes podem ser relacionados com o decaimento, o ser lançado na perda de si, no vazio, residindo na incapacidade de se conectar com o mundo, trazendo a experiência de distância e não pertencimento, bem como a dificuldade de visualizar perspectivas para o futuro. A inautenticidade da existência, portanto, se torna uma via de compreensão para o fenômeno da depressão, trabalhando-a a partir de uma impossibilidade do sujeito de se presentificar na própria existência, experimentando uma alteração do tempo vivido.
Título do Evento
Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial
Cidade do Evento
Lisboa
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial: Reflexões sobre os fundamentos e a práxis clínica: entre a ciência e a arte do saber-fazer
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TEIXEIRA, Amanda Requião. EXISTENCIALISMO E DEPRESSÃO: UMA COMPREENSÃO DO FENÔMENO A PARTIR DE HEIDEGGER.. In: Anais do Congresso Internacional de Psicologia Fenomenológico-Existencial: Reflexões sobre os fundamentos e a práxis clínica: entre a ciência e a arte do saber-fazer. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Instituto NUCAFE, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congresso-internacional-de-psicologia-fenomenologico-existencial/853381-EXISTENCIALISMO-E-DEPRESSAO--UMA-COMPREENSAO-DO-FENOMENO-A-PARTIR-DE-HEIDEGGER. Acesso em: 02/08/2025

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