TUMORES GINECOLÓGICOS PRIMÁRIOS E SINCRÔNICOS: UM RELATO DE CASO

Publicado em 12/02/2025 - ISBN: 978-65-272-1187-7

Título do Trabalho
TUMORES GINECOLÓGICOS PRIMÁRIOS E SINCRÔNICOS: UM RELATO DE CASO
Autores
  • Gabriela Gomes Pimentel de Castro
  • Larissa Paola Ferreira Figueiredo
  • Thandara Mara Batista dos Santos Resende
Modalidade
Temas Livres
Área temática
Cirurgia Oncológica
Data de Publicação
12/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/934853-tumores-ginecologicos-primarios-e-sincronicos--um-relato-de-caso
ISBN
978-65-272-1187-7
Palavras-Chave
Colo do útero, ovário, oncologia
Resumo
Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras ao se excluir os tumores de pele não melanoma, sendo observado aumento dos casos de adenocarcinoma cervicouterino nas últimas décadas. Outro tipo de neoplasia ginecológica são as ovarianas, cujo diagnóstico ocorre, geralmente, em estágios avançados pelo caráter silencioso da doença. Objetivos: Relatar o diagnóstico e a conduta terapêutica de dois tipos de cânceres ginecológicos primários, sendo estes de ovário do subtipo mucinoso e de colo de útero do tipo adenocarcinoma endocervical, que ocorreram de forma sincrônica na mesma paciente. Métodos: Relato de caso formulado por meio de informações obtidas a partir de revisão sistemática de prontuário e discussão com a equipe cirúrgica, além de consulta às bases de dados. Resultados: Paciente, sexo feminino, 42 anos, G2PN1A1, ex-tabagista há 1 ano e meio, com histórico de depressão em tratamento, anorexia e bulimia de longa data, procurou atendimento devido à presença de “caroço na barriga”, associada a corrimento vaginal fétido e sinusorragia, que persistiam por 3 meses. Referiu estar em amenorreia nesse ínterim, menarca aos 11 anos, sexarca aos 14 anos e realização de colpocitologia oncótica cervical há 19 anos. Ao exame especular, foi identificado colo uterino com lesão nodular de cerca de 3 cm, e, ao exame de toque, detectou-se massa endurecida em colo de útero, móvel e indolor à mobilização, útero e anexos livres. Foi solicitado, na consulta, o exame de ultrassonografia transvaginal, cujo resultado indicava a presença de massa multiloculada de componente sólido com volume aproximado de 1764,4 cm3, que se estendia da da região anexial direita até a esquerda, além de ascite acentuada. O exame de tomografia abdominal e pélvica confirmou a massa anexial a esclarecer. A paciente foi encaminhada para a realização de uma laparotomia exploratória para avaliação de massa ovariana bilateral. Na cirurgia, foram feitas exéreses das massas compatíveis com os ovários e múltiplas biópsias, que no anatomopatológico indicaram neoplasia mucinosa ovariana de alto grau bilateral, estágio IIIC, com infiltração angiolinfática, de cápsulas internas e externas e de vasos de tecido adiposo do omento. Sob indicação posterior, foi feita a histerectomia ampliada em oncologia, além de linfadenectomia pélvica bilateral, omentectomia infracólica e apendicectomia. No colo uterino foi diagnosticado um segundo tumor primário sincrônico, adenocarcinoma endocervical, grau II invasivo, extensão horizontal de 3,8 cm e extensão vertical de 1,5 cm, que infiltra istmo e focalmente o miométrio, além da invasão angiolinfática e perineural. O tratamento do tumor da paciente, após a cirurgia citorredutora sem intercorrências, foi de quimioterapia, com uso de platina, concomitantemente à radioterapia. Conclusões: Evidencia-se um caso raro em que a paciente é portadora de dois tumores primários sincrônicos, apontando para a necessidade de manutenção de métodos de rastreio, como o exame citopatológico para o câncer cervicouterino. A abordagem cirúrgica faz-se necessária para o estadiamento do câncer de ovário, prognóstico e definição de quimioterapia neoadjuvante. A partir do relato, reforça-se a demanda por estudos direcionados ao diagnóstico e tratamento do adenocarcinoma, sendo usado neste caso a histerectomia ampliada em oncologia como terapêutica inicial, seguida do tratamento quimioterapia adjuvante. Referências: INSTITUTO NACIONAL DE C NCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2023: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/ptbr/assuntos/cancer/numeros/estimativa Acesso em: 25 novembro 2023. OLIVEIRA, L. de F. et al. Adenocarcinoma mucinoso com alto grau de malignidade - relato de caso / High grade mucinous adenocarcinoma - case report. Brazilian Journal of Development, 7(8), 76790–76797. https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-074 MACHADO, C. C.; BRANDÃO, C. A.; ROSA, K. M. da; LEMIESZEK, M. B.; ANSCHAU, F. Câncer de Ovário. Acta méd. (Porto Alegre); 38(2): [7], 2017. SILVA, A. de O. Adenocarcinomas do colo uterino, de endométrio e seus principais diagnósticos diferenciais benignos. Rio de Janeiro, 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Citopatologia) - Instituto Nacional de Câncer; Escola Politécnica Joaquim Venâncio, 2016. TEIXEIRA, J. C.; CARVALHO, N. S. de; ESTEVES, S. C. B.; ZEFERINO, L. C. Particularização do adenocarcinoma do colo frente ao conhecimento atual. Femina; 40(5)set.-out. 2012.
Título do Evento
I Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Cidade do Evento
Uberlândia
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CASTRO, Gabriela Gomes Pimentel de; FIGUEIREDO, Larissa Paola Ferreira; RESENDE, Thandara Mara Batista dos Santos. TUMORES GINECOLÓGICOS PRIMÁRIOS E SINCRÔNICOS: UM RELATO DE CASO.. In: Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro. Anais...Uberlândia(MG) UFU, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/934853-TUMORES-GINECOLOGICOS-PRIMARIOS-E-SINCRONICOS--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 05/07/2025

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