ÓLEO DE COCO PROMOVE SÍNDROME METABÓLICA E ESTEATOHEPATITE NÃO-ALCOÓLICA

Sheila Cristina Lima Sanches; Fernando Silva Ramalho; Maria Cristina Foss de Freitas; Marlei Josiele Augusto; Deisy Mara da Silva Longo; Leandra Naira Zambelli Ramalho

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

ÓLEO DE COCO PROMOVE SÍNDROME METABÓLICA E ESTEATOHEPATITE NÃO-ALCOÓLICA

Autores

Sheila Cristina Lima Sanches
Fernando Silva Ramalho
Maria Cristina Foss de Freitas
Marlei Josiele Augusto
Deisy Mara da Silva Longo
Leandra Naira Zambelli Ramalho

Modalidade

Resumo CONAN

Área temática

CONAN - Nutrição Básica e Experimental

Data de Publicação

22/08/2019

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/conan/142748-oleo-de-coco-promove-sindrome-metabolica-e-esteatohepatite-nao-alcoolica

ISSN

22362495

Palavras-Chave

óleo de coco, síndrome metabólica, esteatohepatite não-alcoólica, Dieta Ocidental

Resumo

Atualmente, a promessa de perda de peso, diminuição do colesterol e outros benefícios cardiovasculares supostamente saudáveis levaram muitas pessoas a cozinhar com óleo de coco, a adicioná-lo ao café ou a consumi-lo com outros alimentos. Além disso, a substituição de gorduras trans por óleo de coco em produtos de padaria, como bolachas recheadas e biscoitos, vem sendo uma prática muito comum, principalmente no Brasil. A síndrome metabólica (SM) e a esteatohepatite não-alcoólica (EHNA) estão associadas aos maus hábitos alimentares observados no consumo da Dieta Ocidental, caracterizada pelo consumo de alimentos ricos em gorduras e carboidratos. A suplementação com óleo de coco tem sido proposta para o controle dessas condições, porém pouco se sabe sobre o desenvolvimento de SM e EHNA em modelo de Dieta Ocidental cuja fonte de gordura é o óleo de coco. Este estudo teve como objetivo investigar a implicação do consumo de óleo de coco associado à Dieta Ocidental. Camundongos C57BL6 receberam dieta padrão (SD), dieta padrão com xarope de frutose (SDF) ou dieta rica em gordura saturada proveniente do óleo de coco com xarope de frutose (HDF) por 8 ou 16 semanas. Foram analisados padrões morfológicos e histológicos, além de análises bioquímicas e moleculares para avaliação dos pesos, da formação de esteatose e fibrose, dos perfis lipídicos e glicêmicos, da resposta inflamatória e do estresse oxidativo destes animais. Após 8 semanas, os animais HDF já apresentaram características de SM e EHNA, como aumento do peso corporal, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hiperglicemia, altos níveis de aminotransferases, esteatose, inflamação e fibrose, além de intenso estresse oxidativo, sendo que estas alterações foram exacerbadas após 16 semanas, enquanto que os animais do grupo SDF apresentaram somente hiperglicemia moderada e os animais do grupo SD não apresentaram nenhuma alteração significativa (p<0,05). Recentemente, de acordo com a compilação de vários estudos que demonstraram forte associação da utilização o óleo de coco com doenças cardiovasculares, a Associação Cardíaca Americana (AHA) desaconselhou a utilização do óleo de coco. Além disso, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) se posicionaram contra o uso terapêutico do óleo de coco para fins de perda de peso, considerando que tal conduta não possui evidências científicas de eficácia e por apresentam riscos potenciais à saúde, além de não recomendar o uso regular do óleo de coco como óleo de cozinha, pelo mesmo possuir alto teor de gorduras saturadas e pró-inflamatórias. Os resultados deste estudo corroboram com as posições da AHA, da SBEM e da ABESO por mostrar que o óleo de coco pode ser potencialmente prejudicial à saúde, sendo capaz de conduzir experimentalmente à síndorme metabólica e à esteatohepatite não-alcoólica, podendo ser significativamente nocivo ao fígado, principalmente em associação com o uso de frutose industrializada, presente em bebidas adocicadas como refrigerantes. Dessa forma, este estudo comprova cientificamente que o óleo de coco não deve ser indicado para a perda de peso, para fins terapêuticos e tampouco na produção de bolachas recheadas e biscoitos.

Título do Evento: IV Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição
Cidade do Evento: Ouro Preto
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SANCHES, Sheila Cristina Lima et al.. ÓLEO DE COCO PROMOVE SÍNDROME METABÓLICA E ESTEATOHEPATITE NÃO-ALCOÓLICA.. In: Anais do Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição. Anais...Ouro Preto(MG) Centro de Artes e Convenções da UFOP, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CONAN/142748-OLEO-DE-COCO-PROMOVE-SINDROME-METABOLICA-E-ESTEATOHEPATITE-NAO-ALCOOLICA. Acesso em: 21/06/2025