INFLUÊNCIA DA GERMINAÇÃO DAS LINHAÇAS DOURADA E MARROM (LINUN USITATISSIMUN L.) NA BIOACESSIBILIDADE E BIODISPONIBILIDADE DE CÁLCIO

Publicado em 22/08/2019 - ISSN: 22362495

Título do Trabalho
INFLUÊNCIA DA GERMINAÇÃO DAS LINHAÇAS DOURADA E MARROM (LINUN USITATISSIMUN L.) NA BIOACESSIBILIDADE E BIODISPONIBILIDADE DE CÁLCIO
Autores
  • Alexandre Vinco Pimenta
  • Thaisa Agrizzi Verediano
  • Neuza Maria Brunoro Costa
  • André Gustavo Vasconcellos Costa
Modalidade
Resumo CONAN
Área temática
CONAN - Nutrição Básica e Experimental
Data de Publicação
22/08/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conan/142513-influencia-da-germinacao-das-linhacas-dourada-e-marrom-(linun-usitatissimun-l)-na-bioacessibilidade-e-biodisponi
ISSN
22362495
Palavras-Chave
linhaça, cálcio, germinação, biodisponibilidade, bioacessibilidade
Resumo
Introdução: A germinação de sementes ocasiona a síntese de novos fitoquímicos bioativos, os quais são envolvidos nos mecanismos de proteção da planta. As sementes germinadas vêm recebendo atenção de pesquisadores e indústria alimentícia devido aos benefícios nutritivos em comparação às sementes não germinadas. A linhaça é conhecida por ser uma semente rica em ácido alfa-linolênico, fibras alimentares, fitoestrógenos e minerais. A literatura científica é carente de estudos que avaliam as características nutricionais da linhaça germinada. Objetivo: Verificar a influência da germinação na bioacessibilidade e biodisponibilidade de cálcio das linhaças dourada e marrom. Métodos: As linhaças foram germinadas em laboratório por 48h, a 26 ± 2º C, com adição de água ultrapura duas vezes ao dia. Após, foram elaboradas as farinhas das linhaças germinadas e não germinadas, as quais foram analisadas quanto a composição centesimal e determinação de cálcio, para o planejamento das dietas. No estudo in vitro, as farinhas foram submetidas à digestão gastrointestinal simulada, para avaliar a bioacessibilidade do cálcio. Para o estudo in vivo, foram utilizados 40 ratos machos Wistar divididos em 5 grupos: controle (CT), linhaça dourada (LD), linhaça marrom (LM), linhaça dourada germinada (LDG) e linhaça marrom germinada (LMG). O grupo CT recebeu carbonato de cálcio e demais grupos receberam 10% de farinha de linhaça. Foi fornecido aos animais um total de 50% das necessidades diárias de cálcio. O balanço de cálcio foi realizado após 6 semanas, sendo calculado pela subtração do cálcio consumido pelo cálcio excretado (urinário e fecal). Para as análises estatísticas, empregou-se ANOVA “two-way”, acompanhada pelo teste de Tukey (p=0,05). Resultados: A concentração de cálcio na linhaça marrom foi menor que a variedade dourada (p=0,05). No estudo in vitro, as linhaças germinadas apresentaram um percentual de cálcio bioacessível estatisticamente superior (LDG 41,45 ± 2,30%; LMG 38,84 ± 2,04%) às respectivas amostras não germinadas (LD 36,6 ± 2,44%; LM 31,01 ± 1,51%). Em relação ao estudo in vivo, verificou-se que o consumo alimentar, ganho de peso e coeficiente de eficiência alimentar foi semelhante para todos os grupos (p>0,05). Não foram observadas diferenças na ingestão e excreção (urinário e fecal) diária de cálcio. A germinação da linhaça dourada não influenciou o balanço de cálcio (mg/dia), sendo observada 47,22 ± 5,94 para CT; 42,70 ± 4,54 para LD e 39,55 ± 6,28 para LDG (p>0,05). Porém, a germinação da linhaça marrom apresentou uma redução no balanço de cálcio, sendo 41,76 ± 8,11 para LM e 37,97± 6,34 para LMG (p=0,05). Não foram observadas diferenças estatísticas na retenção de cálcio dos fêmures (p>0,05). Conclusão: A germinação da linhaça apresenta-se como uma potencial forma de melhorar a bioacessibilidade do cálcio, como evidenciado no estudo in vitro. Por outro lado, o estudo in vivo não revelou que a germinação promova aumento da biodisponibilidade de cálcio. Destaca-se que a oferta das linhaças, com exceção da linhaça marrom germinada, não apresentou diferenças em relação ao grupo controle, que recebeu carbonato de cálcio. Dessa forma, o uso da linhaça dourada germinada pode contribuir para aumentar o valor nutricional da dieta, sem prejuízos na homeostase de cálcio.
Título do Evento
IV Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição
Cidade do Evento
Ouro Preto
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PIMENTA, Alexandre Vinco et al.. INFLUÊNCIA DA GERMINAÇÃO DAS LINHAÇAS DOURADA E MARROM (LINUN USITATISSIMUN L.) NA BIOACESSIBILIDADE E BIODISPONIBILIDADE DE CÁLCIO.. In: Anais do Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição. Anais...Ouro Preto(MG) Centro de Artes e Convenções da UFOP, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CONAN/142513-INFLUENCIA-DA-GERMINACAO-DAS-LINHACAS-DOURADA-E-MARROM-(LINUN-USITATISSIMUN-L)-NA-BIOACESSIBILIDADE-E-BIODISPONI. Acesso em: 21/05/2025

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