ESTOMATITE EM PACIENTE PÓS-TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Publicado em 12/01/2021 - ISBN: 978-65-5941-083-5

Título do Trabalho
ESTOMATITE EM PACIENTE PÓS-TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Autores
  • Aline Marques Ferreira
  • FRANCINE TROMMER MARTELLI
  • Letícia Rodrigues Pereira
  • Bruno Klaudat
  • Karen Loureiro Weigert
  • Edela Puricelli
Modalidade
RELATOS DE CASO
Área temática
02.h. INTERDISCIPLINARIDADE E EQUIPE DE TRANSPLANTES: Odontologia
Data de Publicação
12/01/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/conalto2020/305321-estomatite-em-paciente-pos-transplante-de-orgaos
ISBN
978-65-5941-083-5
Palavras-Chave
Estomatite, transplante de órgão, imunossupressão, assistência odontológica para doentes crônicos
Resumo
INTRODUÇÃO: O transplante é considerado o tratamento mais eficaz para as crianças que estão no estágio final da doença renal, causada principalmente por anomalias urológicas congênitas e por glomerulosclerose. O tratamento imunossupressor pós-transplante que é indicado para evitar a rejeição do enxerto aumenta o risco de infecções. RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 9 anos, histórico de insuficiência renal crônica, transplante renal bilateral e em uso de medicação imunossupressora (Tacrolimus, Micofenolato e Prednisona) foi internado por febre prolongada e lesões orais. As queixas eram de intensa sintomatologia dolorosa, dificuldade de alimentação e higienização oral. Ao exame clínico observou-se múltiplas úlceras em mucosa oral. A hipótese diagnóstica foi de ulceração aftosa maior e iniciou-se aplicação diária de laserterapia de baixa intensidade 2J/cm², com finalidade analgésica e de reparo tecidual, bem como bochechos com antissépticos. Sem apresentar resposta ao tratamento odontológico, novas hipóteses diagnósticas foram consideradas: infecção viral e reação medicamentosa. Exames laboratoriais identificaram citomegalovírus, o qual foi tratado pela equipe médica com Ganciclovir por 20 dias demonstrando bom resultado e possibilitando a alta hospitalar. Após 25 dias, o paciente retornou com reativação do quadro. Realizou-se, então, biópsia da lesão de lábio superior, que revelou processo inflamatório inespecífico. Devido à sintomatologia e dificuldade de higiene oral preconizou-se sessões intercaladas de laserterapia e terapia fotodinâmica, para redução da contaminação, e manutenção dos bochechos. A instabilidade das lesões, o aspecto clínico e a sintomatologia levaram as equipes médica e odontológica a considerarem a hipótese de reação medicamentosa ao Micofenolato, o qual foi suspenso e após uma semana a febre cessou e as lesões orais apresentaram remissão gradual até a cicatrização completa. Atualmente o paciente se mantém estável, sem novas lesões. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A imunossupressão prolongada e a associação medicamentosa ocasionam lesões orais, nas quais frequentemente pela estruturação celular da mucosa o aspecto clínico não é padrão. Diante do quadro de progressão do número de transplantados renais e da sobrevida destes, torna-se necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar especializada para o tratamento e acompanhamento desses pacientes.
Título do Evento
II Congresso Brasileiro das Ligas de Transplante
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Brasileiro das Ligas de Transplante: CONALTO-ABTO 2020
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Aline Marques et al.. ESTOMATITE EM PACIENTE PÓS-TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS.. In: Anais do II Congresso Brasileiro das Ligas de Transplante: CONALTO-ABTO 2020. Anais...São Paulo(SP) ABTO online, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conalto2020/305321-ESTOMATITE-EM-PACIENTE-POS-TRANSPLANTE-DE-ORGAOS. Acesso em: 15/05/2025

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