FILARIOSE BANCROFTIANA E INTERVENÇÃO CIRÚRGICA DE LINFEDEMA PENOESCROTAL

Renato Mataveli Ferreira Filho; Lívia Mattos Martins

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

FILARIOSE BANCROFTIANA E INTERVENÇÃO CIRÚRGICA DE LINFEDEMA PENOESCROTAL

Autores

Renato Mataveli Ferreira Filho
Lívia Mattos Martins

Modalidade

Resumo Simples

Área temática

Parasitologia

Data de Publicação

12/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/codersil21/347618-filariose-bancroftiana-e-intervencao-cirurgica-de-linfedema-penoescrotal

ISBN

978-65-5941-412-3

Palavras-Chave

Filariose, Cirurgia, Escrotoplastia

Resumo

INTRODUÇÃO: O linfedema penoescrotal é uma condição limitante da qualidade de vida entre, precipuamente, pacientes com câncer de pênis e filariose bancroftiana, afetando a micção, a estética, a atividade sexual e a higiene local. A filariose bancroftiana é transmitida pela picada de insetos-vetores do gênero Culex, a qual promove a infiltração do agente Wuchereria bancrofti – nematoides – na pele, dirigindo-se aos canais linfáticos. A migração dos nematoides defenestra processos inflamatórios com recrutamento de linfócitos, monócitos e fibroblastos ao passo que a conspurcação fisiológica da drenagem linfática é manifestada com o acúmulo de linfa, causando edema indolor na região penoescrotal. Nesse parêntese, a resposta inflamatória estimula a síntese de colágeno; como supramencionado, o recrutamento de fibroblastos inaugura fibrose, estimulando deposição de colágeno em um mecanismo compensatório às perdas de fibras elásticas. É de comum ocorrência a lipodistrofia ginoide, que acentua ainda mais o processo fibrótico. OBJETIVO: Objetiva-se com o presente trabalho avaliar as medidas de intervenção cirúrgica do linfedema penoescrotal de etiologia parasitária, precipuamente daquele causado por Wuchereria bancrofti, bem como seu êxito e segurança. METODOLOGIA: Realizou-se revisão sistemática nas bases de dados MEDLINE e SCIELO. A estratégia de busca compreendeu a combinação dos termos “elefantíase”, “linfedema penoescrotal”, “cirurgia”, “filariose”, “escrotoplastia”. O resumo selecionou artigos que abordavam bases para o tratamento clínico e cirúrgico da ocorrência de linfedema penoescrotal entre pacientes com filariose bancroftiana. RESULTADOS: Foram selecionados quatro artigos, dentre os quais três versam sobre a fisiopatologia da filariose bancroftiana e um sobre a escrotoplastia na fase crônica da doença. DISCUSSÃO: O linfedema afeta apenas a pele e o tecido subcutâneo, não comprometendo estruturas profundas à fáscia de Buck e à fáscia espermática e sua fisiopatologia compromete as cadeias linfáticas inguinais bilateralmente. O tratamento deve ser combinado com medidas clínicas e cirúrgicas e pode ser recidivo, sendo esse caso de recorrência mais comum em pacientes com descontinuidade com os medicamentos antifilariais. Após diagnóstico de filariose como doença de base, a intervenção cirúrgica objetiva extirpação de Wuchereria bancrofti a fim da retomada fisiológica da drenagem linfática, sendo a escrotoplastia a cirurgia de eleição na fase crônica da doença – com edema irreversível – atuando na exérese do tecido com edema, sem comprometer uretra, testículos ou funículo espermático, preservando as funções sexual e reprodutiva; o prepúcio é mantido como retalho da cobertura peniana, e a própria pele da região inguinal tende a se esticar e formar as laterais externas do escroto; outra alternativa é a utilização de pele da face medial da coxa como avanço de retalho na confecção cirúrgica do novo saco escrotal. No pós-operatório, a hidrocele e a deiscência são ocorrências comuns, devendo-se, respectivamente, excisar o excesso da túnica vaginal e fazer uso de ciproterona por 7 dias, a fim de evitar ereções nos primeiros dias após a cirurgia. CONCLUSÃO: Apesar da escrotoplastia ser eletiva, destaca-se como alternativa segura e eficaz no tratamento do linfedema penoescrotal, ao passo que se apresentaram resultados estéticos satisfatórios. Contudo, a efetividade do tratamento a longo prazo não foi bem acompanhada, carecendo de estudos prospectivos.

Título do Evento: II CONGRESSO DE DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DO BRASIL
Título dos Anais do Evento: ANAIS DO II CONGRESSO DE DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DO BRASIL
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

FILHO, Renato Mataveli Ferreira; MARTINS, Lívia Mattos. FILARIOSE BANCROFTIANA E INTERVENÇÃO CIRÚRGICA DE LINFEDEMA PENOESCROTAL.. In: ANAIS DO II CONGRESSO DE DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DO BRASIL. Anais...Vitória de Santo Antão(PE) Evento Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/CODERSIL21/347618-FILARIOSE-BANCROFTIANA-E-INTERVENCAO-CIRURGICA-DE-LINFEDEMA-PENOESCROTAL. Acesso em: 02/05/2025