OPINIÃO DA PUÉRPERA ACERCA DA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM PRESTADA NO PRÉ-PARTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Ana Neilma Pinheiro Das Neves; Micarla Priscila Silva Dantas; Josivânia Macena de Azevedo; Dannielly Azevedo de Oliveira; Milena Beatiz dos Santos; Cecília Nogueira Valença

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Trabalho

Título do Trabalho

OPINIÃO DA PUÉRPERA ACERCA DA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM PRESTADA NO PRÉ-PARTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores

Ana Neilma Pinheiro Das Neves
Micarla Priscila Silva Dantas
Josivânia Macena de Azevedo
Dannielly Azevedo de Oliveira
Milena Beatiz dos Santos
Cecília Nogueira Valença

Modalidade

Comunicação Coordenada

Área temática

Enfermagem Obstétrica e Neonatal fazendo a diferença no cenário nacional

Data de Publicação

08/05/2018

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/cobeon/63348-opiniao-da-puerpera-acerca-da-assistencia-da-enfermagem-prestada-no-pre-parto-de-um-hospital-universitario

ISSN

2595-3834

Palavras-Chave

Palavras chave: Assistência de Enfermagem, Enfermagem e Obstetrícia.

Resumo

Introdução: A necessidade de uma visão mais ampla acerca da mulher tem estimulado a pensá-la de modo holístico, tendo que ser levado em consideração a fase de desenvolvimento em que se encontram as modificações inerentes ou não a gravidez, como ela se apresenta e sua aceitação para tais alterações, sejam elas físicas (biológicas ou não) e/ ou mentais, e até que ponto uma influi na outra. A gestação está associada a mudanças não só biológicas e somáticas, mas também psicológicas e sociais, que influenciam a dinâmica psíquica individual e relacional da gestante. Além disto, a maneira como a gestante vive estas mudanças repercute intensamente na constituição da maternidade e na relação mãe-bebê1. Desta forma a mulher dentro de sua cultura social, era vista como “fonte” geradora de vidas, e que com isto consideram que tanto a gravidez como o nascimento, fazem parte do processo natural e biológico que é passar do papel de “mulher” para o de “mãe”. Portanto, levando em consideração o processo natural de parir, que se tratando de processo fisiológico do corpo é o mesmo para qualquer mulher independente de qualquer coisa. Este processo estará extremamente associado não somente ao biológico de cada paciente, mas tem completa e importante associação com o contexto social em que esta mulher estará inserida, suas crenças e valores devem ser levados em conta uma vez que o processo de parturição vai diferir de acordo com sua opinião enquanto parturiente. Em todo o mundo observa-se um aumento significativo no número de cirurgias cesáreas comparadas ao número de partos normais realizados². Nesse ponto o Brasil não difere do restante do mundo, na verdade atualmente, devido ao grande aumento desse tipo de parto recebeu o título de campeão mundial na categoria, referente ao descumprimento das recomendações da Organização Mundial de Saúde que desde 1985 preconiza que a incidência desse tipo de parto deve ser menor que 15%, e é indicada somente para os casos de risco, enquanto no Brasil, essa média gira em torno de 50% chegando a 80% na rede hospitalar privada, onde não são justificadas do ponto de vista médico, podendo aumentar os gastos com saúde e a morbimortalidade materna e fetal, fazendo se necessário conhecer os fatores determinantes desta alta incidência de parto cesariana para auxilio no desenvolvimento de programas que possam mudar a situação atual.³ Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar a opinião das puérperas sobre a assistência prestada pela Enfermagem durante o trabalho de parto. Método: Trata-se de um estudo de caráter descritivo e exploratório, com natureza quantitativa, desenvolvida no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), localizado no município de Santa Cruz, interior do Rio Grande do Norte e há 121 km da capital, Natal. Participou da pesquisa mulheres durante o período do puerpério imediato de parto eutócico, sendo que este tenha acontecido no estabelecimento e que permaneceram em Alojamento Conjunto de baixo- risco. Foram incluídas na pesquisa mulheres com faixa etária entre 18 e 35 anos, puérperas com 12 horas ou mais de pós-parto, por via vaginal, direcionadas ao alojamento conjunto de baixo risco do HUAB e que passaram pelo atendimento da equipe de enfermagem no pré-parto e que após consentimento, aceitaram participar do estudo. Como critério de exclusão do estudo selecionamos mulheres que não tiveram seu parto por via vaginal, que não corresponderem à faixa etária citada, aquelas que não entenderam a pesquisa ou que desistiram após ter-se iniciado a aplicação do instrumento, bem como mulheres com a capacidade cognitiva afetada. Após a coleta de dados, estes foram digitados em tabelas de Excel, após isso foram submetidos à análise dos dados pelo programa de estatística SPSS 13.0. Para posterior elaboração de tabelas e gráficos. Os dados foram coletados mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE: 30997114.7.0000.5568 e da autorização do Hospital Universitário Ana Bezerra para realização do estudo. Resultados: Encontrou-se como resultado que das 30 puérperas (100%) entrevistadas em alojamento conjunto de baixo risco, destas 96,7% se submeteram somente a partos do tipo vaginal (n=61) e que 66,7% não tiveram preparação para parto no pré-natal (n=20). Mostraram ainda que a maioria das mulheres se sentem satisfeitas com a assistência ao parto, determinada principalmente pelo diálogo com a enfermagem (96,7%), e pelo sentimento de confiança, conforto e apoio (90%). Quanto aos métodos não farmacológicos de alivio da dor, 73,3% (n=22) receberam orientações quanto aos métodos e relataram serem acompanhadas sempre por um profissional durante a realização dos exercícios. Quanto ao tipo de parto, 83,3% (n=25) das mulheres referiram o parto normal como sendo a melhor via de parto, enquanto 16,7% (n=5) disseram que apesar da via de parto ter sido por via vaginal, em caso de poderem escolher, preferia que tivesse sido realizado a cesariana. Destas 73,3% (n=22) referiu que o parto vaginal foi uma experiência prazerosa, enquanto que 26,7% (n= 8) consideraram traumático. Conclusão: O conhecimento sobre a opinião das mulheres quanto à assistência de enfermagem no pré-parto contribuiu para o esclarecimento e reflexão da população e até mesmo das próprias parturientes, sobre como o cuidado de enfermagem pode ser essencial se feito de maneira correta. Ao concluir o estudo percebeu-se que ele causou impacto positivo, pois as mulheres se mostraram satisfeitas com a assistência de Enfermagem, sendo esta indispensável para que as parturientes sejam cuidadas integralmente e que possam conceber seus filhos de forma mais segura, além da presença em tempo integral deste profissional. A Enfermagem conseguiu auxiliar essas mulheres no aspecto psicológico com o apoio emocional e à formação de vínculos. E durante o período parturitivo, proporcionando conforto, alívio da dor, e compartilhando e promovendo mudanças significativas nesse processo. Portanto, é um profissional que reconhece os aspectos fisiológicos, emocionais e culturais envolvidos no processo da gestação, que não realiza intervenções desnecessárias e que garante os direitos da mulher e da família, promovendo a humanização e o acolhimento nesse momento. Além disso, a pesquisa contribuiu com a reflexão de outros profissionais sobre uma melhor assistência à parturiente na fase de pré-parto, bem como mostrar o quanto é indispensável o trabalho do enfermeiro nessa fase. Portanto, identificar os componentes da satisfação das mulheres a partir de suas opiniões a cerca da assistência ao parto é uma etapa fundamental no sentido de estender a cobertura e melhorar a qualidade da atenção à saúde materna, notadamente ao parto normal, visando à pretendida humanização da atenção ao parto e ao nascimento. Palavras chave: Assistência de Enfermagem, Enfermagem e Obstetrícia. Referência: Piccinini CA, Gomes AG, Nardi T, Lopes RS. Gestação e a constituição da maternidade. Psicologia em estudo, Maringá, V.13, n. 1, p. 63-72, jan./mar. 2008. Patah LEM, Malik AM. Modelos de Assistência ao parto e taxa de Cesária em diferentes países. Rev Saúde Pública, [Periódico em internet] 2011. 45(1):185-94 Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v45n1/1759.pdf. Pádua KS, Osis MJD, Faúndes A, Barbosa AH, Morais Filho OB. Fatores associados à realização de cesariana em hospitais brasileiros. Rev. Saúde Pública, vol.44, n.1 São Paulo, 2010. Ministério da Saúde (BR). Pré-natal e puerpério: Atenção qualificada e humanizada. Manual técnico. Brasília (DF): MS; 2006. Milbrath VM, Amestoy SC, Soares DC, Siqueira HCH. Vivências maternas no processo de parturição. Esc Anna Nery (impr.) 2010 jul-set; 14 (3): 462-467.

Título do Evento: X COBEON - Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
Cidade do Evento: Campo Grande
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

NEVES, Ana Neilma Pinheiro Das et al.. OPINIÃO DA PUÉRPERA ACERCA DA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM PRESTADA NO PRÉ-PARTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal. Anais...Campo Grande(MS) CCARGC, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cobeon/63348-OPINIAO-DA-PUERPERA-ACERCA-DA-ASSISTENCIA-DA-ENFERMAGEM-PRESTADA-NO-PRE-PARTO-DE-UM-HOSPITAL-UNIVERSITARIO. Acesso em: 29/06/2025