“OH METADE ARRANCADA DE MIM”: O LUTO NA PERSPECTIVA DA INTERCOPOREIDADE DE MERLEAU-PONTY

Publicado em 26/09/2021 - ISSN: 2446-578X

Título do Trabalho
“OH METADE ARRANCADA DE MIM”: O LUTO NA PERSPECTIVA DA INTERCOPOREIDADE DE MERLEAU-PONTY
Autores
  • Camila do Vale Almeida
  • Lucia Cecilia da Silva
Modalidade
Resumo
Área temática
Estudos teóricos sobre fenomenologia, existencialismo e humanismo
Data de Publicação
26/09/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cifp_2021/371181-oh-metade-arrancada-de-mim--o-luto-na-perspectiva-da-intercoporeidade-de-merleau-ponty
ISSN
2446-578X
Palavras-Chave
Luto; Intercorporeidade; Fenomenologia.
Resumo
Na sociedade atual persiste a ideia de que o enlutado deve ser discreto e guardar suas dores para si, dando para este um tempo cada vez menor para voltar ao trabalho e à rotina do seu cotidiano, ou seja, pretende-se uma vivência do luto da forma menos perceptível possível. Entretanto, os sentimentos em relação à perda em decorrência da morte de uma pessoa se impõe com intensidade ao enlutado, há uma radicalidade nesta perda que é a perda da corporeidade dessa pessoa. Neste trabalho, temos por objetivo apresentar os resultados parciais de um estudo de mestrado que estamos realizando sobre o luto na perspectiva fenomenológica. Aqui, temos o propósito de privilegiar a intercorporeidade, noção presente no pensamento de Merleau-Ponty, para investigar o fenômeno do luto por morte. A noção de intercorporeidade é tida pelo autor como a primeira troca com o outro, e é nesta relação que podemos perceber a nós mesmos. Portanto, o luto pode ser definido como a vivência sofrida em decorrência do rompimento da relação Eu-Tu na qual a perda é radicalmente a da intercorporeidade; perde-se a presença do corpo da pessoa que morre e a possibilidade de relação com ele, que é todo um campo de expressividade. Perder uma pessoa significativa com quem se relaciona é perder um espaço expressivo de si mesmo, pois a abertura de mundo que era específica com aquela pessoa, desaparece. Consequentemente, perder alguém significativo é também perder parte de si, uma forma singular de ser, exclusiva daquela relação, morre também um “nós”. Não à toa, os enlutados referem que “um pedaço de mim se foi”. Pensa-se então, que na visão fenomenológica, o luto seria o enfrentamento de uma perda irreversível, é a angústia frente à supressão do “tu” e de sua corporeidade, e a vivência desta perda é compatível com o sentido e o significado da relação.
Título do Evento
III Congresso Internacional de Fenomenologia & Psicologia e V Congresso Brasileiro de Psicologia & Fenomenologia
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Psicologia & Fenomenologia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALMEIDA, Camila do Vale; SILVA, Lucia Cecilia da. “OH METADE ARRANCADA DE MIM”: O LUTO NA PERSPECTIVA DA INTERCOPOREIDADE DE MERLEAU-PONTY.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Psicologia & Fenomenologia. Anais...Curitiba(PR) Online, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cifp_2021/371181-OH-METADE-ARRANCADA-DE-MIM--O-LUTO-NA-PERSPECTIVA-DA-INTERCOPOREIDADE-DE-MERLEAU-PONTY. Acesso em: 06/05/2025

Trabalho

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